Cientistas brasileiros desenvolvem técnica inovadora para tratar uma das doenças mais comuns no país! Entenda como o congelamento do câncer de mama pode revolucionar a medicina e salvar vidas.
Cientistas brasileiros da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizaram, pela primeira vez em um hospital público brasileiro, um procedimento minimamente invasivo chamado crioablação para tratar o câncer de mama – congelamento de câncer de mama. A técnica consiste na inserção de uma agulha fina na região afetada, por onde é aplicado nitrogênio líquido a aproximadamente -140ºC, formando uma esfera de gelo que destrói as células tumorais. O procedimento é realizado em ambiente ambulatorial, com anestesia local, permitindo que as pacientes retornem para casa no mesmo dia, sem necessidade de internação ou repouso prolongado.
Em estudos iniciais, a crioablação demonstrou 100% de eficácia em pacientes com tumores de até 2 cm. Atualmente, a técnica está em fase de pesquisa e ainda não é amplamente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Os pesquisadores esperam que, com a ampliação do uso, o custo do procedimento diminua, tornando-o mais ível a um maior número de pacientes.
Mais de 700 pacientes participam da pesquisa dos cientistas brasileiros
Em estudo inicial, a crioablação foi realizada após a cirurgia. Esta etapa da pesquisa dos cientistas brasileiros contou com 60 pacientes e obteve eficácia de 100% para tumores menores do que 2 centímetros. Agora, o estudo está comparando um grupo de pacientes que ou pelo procedimento sem a demanda de uma operação com outro grupo em que é feita a cirurgia tradicional.
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Nesta fase, mais de 700 pacientes participam da pesquisa para congelamento de câncer de mama em 15 centros de saúde do Estado de São Paulo, segundo a professora da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp, Vanessa Sanvido. No último dia 13, pela primeira vez em um hospital brasileiro, professores da EPM/Unifesp realizaram a crioablação para tratamento de câncer de mama.
O procedimento para o congelamento de câncer de mama foi realizado na Unidade diagnóstica do ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp).
Foi o primeiro protocolo de pesquisa que utilizou esta técnica para o tratamento da doença na América Latina. Durante o procedimento, os cientistas brasileiros realizaram três ciclos de 10 minutos, alternando o congelamento e o descongelamento do tumor mamário.
Anvisa aprova técnica de cientistas brasileiros
Segundo o professor da EPM/Unifesp, Afonso Nazário, foi inserido o nitrogênio líquido através de uma agulha a uma temperatura de aproximadamente -140°C na região afetada, o que forma uma esfera de gelo, realizando o congelamento de câncer de mama. A incisão deixada pela agulha é igual ou até menor à própria biópsia realizada pela paciente.
O procedimento pode ser realizado em um ambulatório, sem que seja necessária a internação hospitalar, com uso de anestesia local. Segundo os professores, é uma técnica indolor, com alta precisão e relativamente rápida. Esta técnica já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, contudo, ainda não consta no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para o tratamento do câncer de mama.
O procedimento dos cientistas brasileiros realizado no HSP/HU Unifesp tem caráter experimental e marca a continuidade da pesquisa de pós-doutorado da professora Sanvido.
Segundo Nazário, as agulhas usadas no procedimento possuem um valor muito alto. Os cientistas brasileiros estão otimistas de que tudo dará certo e que pode, futuramente, contar com o procedimento no Sistema Único de Saúde. Com a ampliação do uso do congelamento de câncer de mama, acredita-se que o custo da agulha cairá e se tornará mais ível. Seu objetivo é tirar da fila do SUS de 20 a 30% das pacientes.
Entenda a importância da técnica dos cientistas
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres não só do Brasil, mas de todo o mundo, depois do câncer de pele não melanoma. O câncer de mama responde, hoje, a cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres.
O câncer de mama também ocorre em homens, contudo, é raro, representando menos de 1% do total de casos da doença. Relativamente raro aos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.
Fonte: Governo Federal