A compra de 16 a 24 caças suecos Saab Gripen E/F marca o maior investimento militar da Colômbia em décadas. Decisão inclui transferência de tecnologia, compensações sociais e entregas previstas a partir de 2026.
Parece cena de filme de espionagem, mas é anúncio oficial: a Colômbia vai modernizar sua Força Aérea com até 24 caças suecos Saab Gripen E/F, colocando fim à era dos velhos Kfir israelenses que já pediam aposentadoria. A notícia foi confirmada no dia 3 de abril de 2025 e representa não só um salto tecnológico, mas também um aceno geopolítico importante da istração Gustavo Petro.
O acordo com a Saab, fabricante sueca dos Gripen, envolve transferência de tecnologia, benefícios sociais em regiões vulneráveis e, claro, aeronaves de última geração com radar AESA, capacidade de guerra eletrônica e prontas para encarar ameaças modernas — sem perder o charme escandinavo.
O que são os caças suecos Saab Gripen E/F?
Para quem não acompanha o mundo da aviação militar de perto, os Gripen E/F são uma evolução dos modelos já utilizados por países como Suécia, Brasil e Tailândia. Eles são leves, extremamente manobráveis e custam menos do que modelos mais parrudos como o F-35. Mas não se engane: em combate, eles têm mordida forte.
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A versão E (monoposto) e F (biposto) que a Colômbia está comprando vem com o radar Raven ES-05 AESA, sensores IRST, integração com armas inteligentes, voo supersônico sustentado e alcance ampliado. Ou seja, é o tipo de avião que se encaixa bem no conceito de “pequeno, ágil e letal”.
Por que a Colômbia escolheu o Gripen?
A escolha dos caças suecos Saab Gripen E/F não foi um impulso de última hora. Desde 2022, o governo colombiano vinha analisando propostas de diversos fabricantes — entre eles, o F-16 da Lockheed Martin (EUA) e o Rafale da Dassault (França). O diferencial do Gripen? Custo-benefício, tecnologia ível e capacidade de customização para as necessidades sul-americanas.
O rompimento diplomático com Israel em 2024 tornou insustentável manter os Kfir operando sem e técnico. A decisão de virar a chave se tornou inevitável.
O que mais vem no pacote?
Sim, os caças Gripen são o destaque, mas o negócio vai muito além das pistas de decolagem. A Saab firmou com o governo colombiano acordos de compensação social, incluindo a instalação de uma fábrica de painéis solares em Córdoba, projetos de fornecimento de água potável em La Guajira e a modernização do hospital San Juan de Dios em Bogotá.
É uma jogada de “soft power” militar que mistura caças com impacto social — uma combinação incomum, mas estratégica.
Quanto custa esse upgrade?
Oficialmente, os valores ainda são discretos. Mas projeções feitas em 2023 indicavam que o pacote para 16 aeronaves Gripen E/F poderia chegar a US$ 3,65 bilhões, incluindo treinamento, armamentos e e logístico. A versão final do contrato será detalhada na F-AIR Colômbia 2025, feira aeronáutica prevista para o segundo semestre deste ano.
As primeiras entregas estão programadas para 2026, com transição completa até 2030. Até lá, a Colômbia se junta ao seleto grupo de países que apostam no Gripen como alternativa moderna, econômica