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A França apresentou o De Grasse, um submarino de ataque nuclear colossal, com tecnologia de ponta e capacidade de operar por mais de 270 dias ao ano.
Na última terça-feira, 27, o programa Barracuda deu mais um o decisivo com o lançamento do De Grasse, o quarto submarino de ataque nuclear (SSN) da série desenvolvida pela França. A embarcação, fabricada pelo Naval Group, foi oficialmente transferida de seu galpão de construção para o elevador de navios do tipo plataforma flutuante DME, um movimento que antecede a fase de testes e finalizações no cais antes do início das provas no mar, previstas para 2026.
Esse marco reafirma o compromisso da França com a modernização de sua força submarina, substituindo gradualmente os modelos da classe Rubis, operacionais desde a década de 1980.
O De Grasse é parte essencial de um total de seis submarinos planejados até 2030, combinando inovação tecnológica, poder de fogo e capacidade de operações especiais com o máximo de discrição.
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Submarinos nucleares: Avanço estratégico do programa Barracuda
Conduzido pela Direction Générale de l’Armement (DGA), em parceria com a Comissão sa de Energias Alternativas e Energia Atômica (CEA), o programa Barracuda representa um dos maiores investimentos militares da França na atualidade.
O projeto visa não apenas substituir os submarinos da classe Rubis, mas também ampliar significativamente as capacidades da Marinha sa em ambientes de conflito modernos.
Os submarinos da classe Barracuda são considerados elementos centrais da estratégia de dissuasão e ataque da França.
Eles são projetados para operar de forma discreta e eficiente em uma variedade de missões, desde o lançamento de mísseis de cruzeiro até o transporte e desembarque de forças especiais.
Naval Group: pilar da construção e inovação
O Naval Group lidera a fabricação completa dos submarinos Barracuda, desde a engenharia naval até a construção dos componentes mais sofisticados dos sistemas de propulsão nuclear, em parceria com a TechnicAtome.
A empresa também é responsável pelo apoio logístico e pela manutenção dos submarinos em Toulon, garantindo sua operacionalidade por mais de 270 dias ao ano.
“O lançamento do De Grasse é um marco importante para o programa Barracuda”, declarou Pierre Éric Pommellet, Presidente e CEO do Naval Group. “Gostaria de elogiar a dedicação e a expertise das equipes do Naval Group, da TechnicAtome, da DGA, da CEA, da Marinha sa, bem como de todos os nossos parceiros. Alcançar este novo marco é uma prova do know-how da indústria naval sa, que se orgulha de estar a serviço das nossas Forças Armadas”.
Características técnicas do novo submarino nuclear
Com um comprimento de 99 metros e um deslocamento de 5.200 toneladas em mergulho, o De Grasse impressiona por sua robustez e tecnologia embarcada.
A propulsão híbrida é baseada em um reator de água pressurizada, similar ao utilizado nos SSBNs da classe Triomphant e no porta-aviões Charles de Gaulle.
O sistema inclui uma turbina de propulsão, dois turbogeradores e dois motores elétricos.
O armamento do De Grasse é igualmente sofisticado: mísseis de cruzeiro navais (NCM) da MBDA, torpedos pesados F21 guiados por fio – desenvolvidos pelo próprio Naval Group – e mísseis antinavio Exocet SM39 modernizados.
Além disso, a embarcação possui uma escotilha de mergulhadores e capacidade para acoplar um abrigo seco no convés, permitindo o transporte e o lançamento de veículos subaquáticos e comandos especiais.
Um esforço coletivo de milhares de profissionais
A construção dos submarinos Barracuda mobiliza cerca de 2.500 profissionais, dos quais aproximadamente 800 são subcontratados diretamente pelo Naval Group.
O programa se apoia em uma rede ampla de empresas da base industrial e tecnológica de defesa sa, consolidando a França como uma potência naval autônoma e altamente especializada.
Com a entrega do De Grasse, o programa atinge um novo patamar e prepara o terreno para os testes no mar, fase crítica para a avaliação final dos sistemas e desempenho da embarcação.
Até 2030, os seis submarinos da classe Barracuda deverão estar em operação plena, elevando o poderio estratégico francês a um novo nível.
Fonte: Poder Naval
