Com a população envelhecendo rapidamente, a inteligência artificial surge como solução para suprir a escassez de cuidadores e oferecer assistência personalizada.
A China está enfrentando um dos maiores desafios demográficos da sua história: o envelhecimento acelerado da população. Com 216,76 milhões de pessoas com 65 anos ou mais, o país está lidando com uma escassez de cuidadores de idosos que ameaça o bem-estar de milhões. A solução? Robôs cuidadores equipados com inteligência artificial e automação avançada. Essa abordagem não só visa suprir a falta de profissionais, mas também oferecer um cuidado mais eficiente e personalizado para os idosos.
O envelhecimento da população e a escassez de cuidadores de idosos
A China está envelhecendo rapidamente. Em 2023, 15,4% da população tinha 65 anos ou mais, o que representa mais de 216 milhões de pessoas. Esse cenário coloca uma pressão enorme no sistema de cuidados geriátricos, que já é insuficiente. Atualmente, o país conta com apenas 8,2 milhões de leitos para serviços geriátricos, um número muito abaixo da demanda.
A escassez de cuidadores de idosos também é alarmante. Em 2021, havia apenas 500 mil cuidadores certificados para atender 45 milhões de idosos com deficiência ou demência. Isso significa que, em média, cada cuidador seria responsável por 90 idosos, uma situação insustentável.
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Para piorar, a falta de atratividade da profissão e os baixos salários dificultam a entrada de novos profissionais no mercado. Diante desse cenário, a China decidiu adotar uma solução tecnológica: os robôs cuidadores de idosos.
Robôs cuidadores: a solução tecnológica da China
O governo chinês está investindo pesado em robótica e inteligência artificial para enfrentar a crise no setor de cuidados geriátricos. Em uma diretriz oficial, o Conselho de Estado do país priorizou o desenvolvimento de robôs humanoides, interfaces cérebro-computador e outras tecnologias avançadas para cuidar dos idosos.
A meta é ambiciosa: até 2029, a China pretende ter uma rede nacional de serviços para idosos. E, até 2035, todos os cidadãos mais velhos devem ter o a serviços básicos dentro de um sistema de cuidado “maduro” e adaptado às suas necessidades.
Mas o que esses robôs cuidadores podem fazer? Eles serão capazes de fornecer companhia emocional, monitorar a saúde dos idosos e até realizar tarefas domésticas inteligentes. Províncias como Wuhan já estão desenvolvendo robôs com tecnologia de escaneamento facial 3D, que permitem personalizar a aparência do robô para se parecer com familiares ou versões mais jovens dos próprios usuários.
Entenda o funcionamento dos robôs cuidadores de idosos
Os robôs humanoides projetados para cuidar de idosos são equipados com tecnologias avançadas que os tornam quase humanos. Eles podem:
- Monitorar sinais vitais: Verificar batimentos cardíacos, pressão arterial e outros indicadores de saúde em tempo real;
- Prevenir quedas: Usar sensores para detectar movimentos bruscos e alertar sobre possíveis quedas;
- Oferecer companhia: Conversar, contar histórias e até mesmo reconhecer emoções para proporcionar conforto emocional;
- Realizar tarefas domésticas: Ajudar com limpeza, organização e outras atividades do dia a dia.
Em Pequim, por exemplo, os planos incluem a implementação de robôs que possam atuar em situações críticas, como emergências médicas. Além disso, Xangai publicou diretrizes de governança para garantir que a interação entre humanos e máquinas seja segura e eficiente.
Investimento estrangeiro e capacitação profissional
Além da inovação tecnológica, a China está abrindo o mercado de cuidados geriátricos para investimento estrangeiro. Em novembro de 2023, o país permitiu a criação de hospitais totalmente estrangeiros em nove cidades-chave, uma medida inédita que deve impulsionar o setor.
Paralelamente, o governo está trabalhando para melhorar a capacitação dos cuidadores profissionais. O plano inclui elevar os padrões éticos da profissão e oferecer melhores salários, tornando-a mais atrativa para novos talentos.
Questões éticas e desafios no uso da nova tecnologia
A implementação de robôs cuidadores de idosos não está livre de desafios. Questões éticas, como a segurança e a confiança na interação entre humanos e máquinas, são preocupações legítimas. No entanto, o governo chinês afirma estar desenvolvendo sistemas para garantir que essa tecnologia seja segura e eficaz.
Outro ponto importante é a aceitação cultural. Será que os idosos e suas famílias vão se adaptar à ideia de serem cuidados por robôs? A China está trabalhando para que esses dispositivos sejam vistos como aliados, e não como substitutos frios do contato humano.
Envelhecimento da populacional: um fenômeno global
A China não é o único país a enfrentar o desafio do envelhecimento populacional. Nações como o Japão e a Coreia do Sul também estão investindo em tecnologias similares. No entanto, a China se destaca por sua abordagem abrangente, que combina inovação tecnológica com políticas públicas robustas.
Se o modelo chinês der certo, ele pode servir de exemplo para outros países que enfrentam problemas semelhantes. Afinal, o envelhecimento da população é um fenômeno global, e soluções criativas serão essenciais para garantir um futuro digno para os idosos.
📌E você, o que acha dessa abordagem? Acredita que os robôs podem realmente suprir a falta de profissionais e melhorar a qualidade de vida dos idosos? Compartilhe sua opinião nos comentários e fique de olho nas próximas novidades!
Fonte: Xataka