Falha durante lançamento de destróier norte-coreano danifica navio de guerra; Kim Jong-un culpa negligência e exige reparos antes de reunião do Partido
Um destróier de 5.000 toneladas da Coreia do Norte sofreu um acidente grave durante sua cerimônia de lançamento, realizada no estaleiro de Chongjin, no nordeste do país, em 21 de maio de 2025. O evento contou com a presença do líder Kim Jong-un, que classificou o ocorrido como um “ato criminoso” motivado por “negligência absoluta e empirismo anticientífico”.
Segundo a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), o acidente aconteceu quando o berço de lançamento na popa se soltou antes do previsto.
A falha fez o navio perder o equilíbrio, resultando em danos estruturais na parte inferior do casco. A embarcação permanece parcialmente submersa e inclinada na água.
-
Portos do Sul batem recorde: alta de 7% em março e contêineres disparam 224% em SC — o melhor desempenho em 10 anos
-
Brasil quer voltar ao topo da construção naval, posição que já ocupou no ado
-
Pacote de R$ 2 bilhões vai transformar navegação fluvial na Amazônia com foco no Pará e geração de empregos no setor naval
-
Porta-contêineres de 134 m encalha, quase bate em casa e morador se assusta: “Faltaram poucos metros”
O destróier danificado é o segundo da classe Choe Hyon, uma nova linha de embarcações militares que representa um avanço na capacidade naval do país.
Esses navios são equipados com sistemas de lançamento vertical para mísseis de cruzeiro, balísticos e antiaéreos, além de radares de varredura eletrônica. O primeiro modelo dessa classe foi lançado com sucesso em abril de 2025, no estaleiro de Nampo, e atualmente está em fase de testes.
Diante do incidente, Kim Jong-un determinou que o navio seja reparado antes da reunião plenária do Partido dos Trabalhadores, marcada para junho. O líder destacou a importância política do projeto para a modernização das forças navais norte-coreanas.
A issão pública de falhas por parte do regime é considerada incomum. Observadores acreditam que isso pode refletir uma tentativa do governo de demonstrar seriedade no cumprimento de metas militares e de impor mais disciplina aos responsáveis pelas operações navais.
Com informações de Poder Naval.