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Nos últimos meses, o mercado de metais viu uma reviravolta inesperada: o manganês, muitas vezes deixado de lado em relação ao cobre e ao ouro, teve uma valorização recorde em 2024. O preço desse metal disparou, dobrando em um curto período de tempo, e a principal razão para isso foi a escassez global causada por eventos climáticos adversos.
A Austrália, um dos maiores produtores mundiais de manganês, enfrentou um sério contratempo quando um ciclone atingiu uma de suas principais minas em março, interrompendo a produção e as exportações. Esse colapso no fornecimento levou a uma alta expressiva nos preços, impactando toda a cadeia produtiva que depende do metal.
O que fez o manganês dobrar de preço em 2024?
O grande responsável por essa valorização foi um evento climático extremo que atingiu a Austrália, impactando diretamente a Groote Eylandt Mining Co. (GEMCO). A mina, que é a segunda maior produtora de manganês do mundo, precisou interromper suas operações devido aos danos causados pelo ciclone.
Além da destruição na infraestrutura de transporte e portos, as exportações de manganês de alto teor foram suspensas, criando um desequilíbrio na oferta global. A previsão é que a recuperação completa da produção só aconteça em 2025. Isso significa que, pelo menos até lá, o mercado continuará enfrentando restrições de fornecimento, sustentando os preços elevados do metal.
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Por que o manganês é um metal essencial?
Apesar de ser menos conhecido pelo público em geral, o manganês tem um papel crucial em diversas indústrias. Na siderurgia, ele é essencial para a produção de aço de alta qualidade, ajudando a fortalecer o material e reduzir sua fragilidade.
O manganês é um elemento-chave na fabricação de baterias e ligas de alumínio, ampliando sua relevância para os setores de tecnologia e energia. Com a escassez do metal, empresas que dependem dele para a produção de aço e baterias já sentem os impactos da alta nos preços, tornando o cenário ainda mais desafiador.
Como as empresas estão lidando com a escassez de manganês?
Diante da falta de oferta e da alta nos preços, mineradoras e indústrias tiveram que se adaptar para minimizar os prejuízos e continuar operando. Algumas empresas do setor optaram por comercializar manganês de qualidade inferior para aproveitar o momento de valorização do metal.
A Element 25 Ltd., por exemplo, viu nessa crise uma oportunidade e começou a explorar seu projeto Butcherbird, um grande depósito de manganês na Austrália. Essa movimentação demonstra como as mineradoras estão sendo flexíveis e buscando alternativas para contornar a escassez global.
Enquanto isso, empresas que utilizam o manganês em suas produções estão enfrentando desafios para manter os custos sob controle. O impacto dessa valorização já pode ser sentido no mercado de aço e baterias, aumentando o custo de produção de diversos produtos que dependem do metal.
