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Com apoio direto de Xi Jinping, China anuncia medidas para superar a hegemonia de Elon Musk na indústria espacial — seis foguetes reutilizáveis serão lançados em 2025

Publicado em 24/03/2025 às 22:27
Foguetes reutilizáveis
Xi Jinping (Foto: Li Xueren/Agência Xinhua)

Em uma movimentação estratégica, a China anunciou que realizará seis lançamentos de foguetes reutilizáveis ao longo de 2024. A iniciativa mira diretamente o protagonismo da SpaceX de Elon Musk

A indústria espacial comercial da China está crescendo rapidamente. Empresas privadas do país estão investindo pesado para competir com a gigante americana SpaceX. A meta é ousada: lançar pelo menos seis foguetes reutilizáveis ainda em 2025. A iniciativa tem apoio direto do presidente Xi Jinping.

Desde 2014, o governo chinês ou a incentivar a participação de empresas privadas no setor espacial. Antes, o setor era dominado somente por companhias estatais. Essa mudança está gerando uma nova onda de inovação, com projetos ambiciosos e avanço tecnológico acelerado.

LandSpace e Deep Blue lideram avanços tecnológicos

Em 2023, a empresa LandSpace Technology marcou um feito histórico. Ela lançou o primeiro foguete do mundo movido a oxigênio líquido e metano. O marco veio antes da SpaceX conseguir fazer o mesmo com sua nave Starship. Foi a primeira vez que uma companhia chinesa ultraou a empresa americana em um desenvolvimento técnico chave.

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Outra empresa de destaque é a Deep Blue Aerospace. Criada por um ex-engenheiro de foguetes estatal, ela já se prepara para testar um propulsor reutilizável em 2025. Além disso, a companhia pretende oferecer voos de turismo espacial até 2027. O preço por agem deve ultraar US$ 100 mil por pessoa.

O empreendedor Huo, referência no setor aeroespacial chinês, afirma que a China pode alcançar ou até superar a SpaceX nos próximos cinco anos. Ele acredita no potencial das empresas privadas do país.

Foco nos foguetes reutilizáveis: Desafios para alcançar a SpaceX

Mesmo com os avanços, o desafio ainda é grande. A SpaceX domina o mercado global com foguetes reutilizáveis e a sua rede de satélites Starlink, que já conta com mais de 7.000 unidades em órbita.

Especialistas apontam que a China ainda precisa superar obstáculos para reduzir a diferença tecnológica. O professor Lincoln Hines, da Georgia Tech, comentou sobre a dificuldade.

Para ele, enquanto o país mantiver uma estrutura estatal pesada, pode conseguir grandes feitos: “Se a China continuar a ter essa indústria estatal inchada, ela pode fazer feitos enormes como ir para o outro lado da lua ou colocar humanos no espaço, mas pode inovar e competir com os Estados Unidos?

Além disso, nem todos os testes foram bem-sucedidos. Em 2023, um lançamento da empresa Space Pioneer fracassou e causou danos em uma área local. O incidente expôs os riscos dessa indústria em rápido crescimento.

Apoio político e expansão internacional

Em fevereiro, o presidente Xi Jinping se reuniu com CEOs e executivos de tecnologia. Durante o encontro, reforçou a importância de fortalecer o setor privado como motor de crescimento e inovação. Essa diretriz agora se estende também à indústria espacial.

O governo chinês está interessado não só em avanços internos, mas também em conquistar o mercado global. Um exemplo claro disso ocorreu em novembro de 2023. Uma empresa estatal chinesa lançou com sucesso um satélite para Omã, demonstrando a intenção de expandir sua presença no cenário internacional.

Para enfrentar o domínio da Starlink, a China também trabalha em seus próprios projetos de internet via satélite. Dois programas estão em desenvolvimento: Guowang e Thousand Sails. Ambos visam oferecer uma alternativa competitiva ao serviço oferecido pela SpaceX.

Enquanto a China avança, a SpaceX segue na liderança. Na última semana, ela se tornou o ativo mais valioso de Elon Musk, superando até mesmo a Tesla. A cápsula Dragon da empresa também completou com sucesso mais uma missão, retornando astronautas da NASA à Terra após uma longa estadia na Estação Espacial Internacional.

A corrida está em andamento. As empresas espaciais privadas da China demonstram força e ambição. Mas, com a SpaceX constantemente inovando, ainda é cedo para dizer se a China conseguirá igualar o ritmo e desafiar de fato o domínio de Musk até 2030.

Com informações de Interesting Engineering.

Romário Pereira de Carvalho

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