iFood anuncia fundo de US$ 7,5 milhões para acelerar produção de motos elétricas no Brasil e reduzir custos
O iFood deu início a um projeto ambicioso para transformar a mobilidade urbana no Brasil. Em parceria com a YvY Capital, a empresa lançou um fundo de investimento com aporte inicial de US$ 7,5 milhões. O objetivo é acelerar a produção de motos elétricas em território nacional, mirando uma fabricação de 600 mil unidades por ano até 2035.
A ação visa criar um novo ecossistema voltado à eletromobilidade, com foco em veículos de duas rodas. O fundo recebeu o nome de FIP YvY Fábrica de Negócios e já começa a atrair olhares de investidores corporativos e financeiros interessados em inovação no setor de transportes e entregas.
Mudança na frota: menos gasolina, mais energia limpa
Hoje, o iFood possui mais de 360 mil entregadores de aplicativo cadastrados em sua plataforma. Grande parte utiliza motos a combustão, que têm custos elevados de manutenção e consumo de combustível. Essa realidade também contribui para o aumento das emissões de carbono nas cidades brasileiras, onde os efeitos da poluição afetam diretamente a saúde pública.
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Com a produção em escala de motos elétricas, o iFood quer facilitar o o dos entregadores a veículos movidos por energia limpa. Segundo a empresa, os profissionais poderão economizar nos gastos diários e aumentar a renda com menos despesas fixas.
A estimativa é que essa mudança reduza em até 14,25 milhões de toneladas de CO2 por ano no futuro, caso a meta de 600 mil unidades produzidas anualmente seja atingida.
Projeto vai além das motos elétricas: infraestrutura e bateria no plano
O Fundo FIP YvY Fábrica de Negócios não está focado apenas na linha de montagem. Ele deve abranger toda a cadeia envolvida na produção no Brasil de motos elétricas, incluindo a fabricação de baterias, o desenvolvimento de infraestrutura para recarga e a expansão do uso de fontes de energia limpa.
Essa estrutura será articulada por meio da chamada classe E2Ws do fundo, dedicada exclusivamente a veículos de duas rodas. O modelo busca atrair empresas e especialistas com know-how em engenharia, tecnologia e soluções energéticas voltadas ao transporte sustentável.
Com esse ecossistema, o Brasil pode avançar em áreas como industrialização e modernização da frota urbana, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.
Mobilidade urbana ganha novo foco com veículos elétricos
A aposta em motos elétricas não se limita à tecnologia. A proposta atinge diretamente a forma como grandes centros urbanos lidam com o deslocamento de mercadorias e serviços. Em vez de priorizar veículos grandes e poluentes, o iFood aposta em uma mobilidade mais enxuta, adaptada ao trânsito intenso e às exigências de eficiência nas entregas rápidas.
A mobilidade urbana baseada em veículos de duas rodas movidos à eletricidade pode ajudar a reorganizar o uso das vias e diminuir a pressão sobre o tráfego. Além disso, esse tipo de transporte é mais silencioso, contribuindo para a redução da poluição sonora nas grandes cidades.
Projeto do Ifood prevê investimento total de até US$ 1 bilhão
O aporte inicial de US$ 7,5 milhões é apenas o primeiro o. Projeções internas apontam que o investimento total pode chegar a US$ 1 bilhão nos próximos anos. Essa quantia será distribuída entre etapas de fabricação, pesquisa e estruturação do setor elétrico dentro do universo da mobilidade.
Com o tempo, a iniciativa espera criar um modelo de negócio sustentável, com efeitos também na qualidade de vida dos trabalhadores. Um dos objetivos é aumentar a renda média dos entregadores em até 40%, com a redução de custos de operação. Isso pode contribuir para avanços em outras áreas sociais, como o à moradia e educação.
Benefícios para os entregadores de aplicativo
Além de facilitar o o à tecnologia, o fundo poderá oferecer modelos de financiamento para a aquisição das motos elétricas, facilitando o pagamento em parcelas íveis. A eliminação do gasto com gasolina, somada à diminuição na manutenção do veículo, cria uma margem maior de lucro para quem depende da entrega como principal fonte de renda.
Para muitos profissionais autônomos, o uso de motos elétricas pode ser um diferencial competitivo, oferecendo mais eficiência nas rotas e menor tempo de parada por falhas mecânicas.
Produção no Brasil pode impulsionar indústria nacional
Um ponto importante do plano do iFood é priorizar a produção no Brasil. Isso pode gerar empregos em diversas áreas da economia, desde fábricas de peças até fornecedores de energia. Com a crescente demanda por veículos elétricos, o país pode se posicionar como protagonista no setor de transporte leve sustentável.
A produção local também reduz custos de importação e favorece a criação de tecnologias próprias adaptadas à realidade brasileira, como resistência a terrenos irregulares, clima tropical e grandes distâncias urbanas.
O movimento do iFood segue uma tendência mundial de transição para frotas limpas e soluções menos poluentes no transporte urbano. Cidades em todo o mundo estão impondo limites para veículos movidos a combustíveis fósseis e incentivando alternativas sustentáveis.
No Brasil, a iniciativa chega em um momento em que se discute com mais intensidade o futuro das entregas, o uso do solo urbano e os caminhos para uma economia verde. A entrada de grandes empresas nesse debate é um indicativo de que o tema está ganhando mais espaço nas decisões estratégicas do setor privado.