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Com investimento de US$ 7,5 milhões, iFood quer acelerar produção de motos elétricas no Brasil com meta de 600 mil unidades por ano

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 16/04/2025 às 12:03
Com investimento de US$ 7,5 milhões, iFood quer acelerar produção de motos elétricas no Brasil com meta de 600 mil unidades por ano
Foto: Divulgação

iFood anuncia fundo de US$ 7,5 milhões para acelerar produção de motos elétricas no Brasil e reduzir custos

O iFood deu início a um projeto ambicioso para transformar a mobilidade urbana no Brasil. Em parceria com a YvY Capital, a empresa lançou um fundo de investimento com aporte inicial de US$ 7,5 milhões. O objetivo é acelerar a produção de motos elétricas em território nacional, mirando uma fabricação de 600 mil unidades por ano até 2035.

A ação visa criar um novo ecossistema voltado à eletromobilidade, com foco em veículos de duas rodas. O fundo recebeu o nome de FIP YvY Fábrica de Negócios e já começa a atrair olhares de investidores corporativos e financeiros interessados em inovação no setor de transportes e entregas.

Mudança na frota: menos gasolina, mais energia limpa

Hoje, o iFood possui mais de 360 mil entregadores de aplicativo cadastrados em sua plataforma. Grande parte utiliza motos a combustão, que têm custos elevados de manutenção e consumo de combustível. Essa realidade também contribui para o aumento das emissões de carbono nas cidades brasileiras, onde os efeitos da poluição afetam diretamente a saúde pública.

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Com a produção em escala de motos elétricas, o iFood quer facilitar o o dos entregadores a veículos movidos por energia limpa. Segundo a empresa, os profissionais poderão economizar nos gastos diários e aumentar a renda com menos despesas fixas.

A estimativa é que essa mudança reduza em até 14,25 milhões de toneladas de CO2 por ano no futuro, caso a meta de 600 mil unidades produzidas anualmente seja atingida.

Projeto vai além das motos elétricas: infraestrutura e bateria no plano

O Fundo FIP YvY Fábrica de Negócios não está focado apenas na linha de montagem. Ele deve abranger toda a cadeia envolvida na produção no Brasil de motos elétricas, incluindo a fabricação de baterias, o desenvolvimento de infraestrutura para recarga e a expansão do uso de fontes de energia limpa.

Essa estrutura será articulada por meio da chamada classe E2Ws do fundo, dedicada exclusivamente a veículos de duas rodas. O modelo busca atrair empresas e especialistas com know-how em engenharia, tecnologia e soluções energéticas voltadas ao transporte sustentável.

Com esse ecossistema, o Brasil pode avançar em áreas como industrialização e modernização da frota urbana, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.

Mobilidade urbana ganha novo foco com veículos elétricos

A aposta em motos elétricas não se limita à tecnologia. A proposta atinge diretamente a forma como grandes centros urbanos lidam com o deslocamento de mercadorias e serviços. Em vez de priorizar veículos grandes e poluentes, o iFood aposta em uma mobilidade mais enxuta, adaptada ao trânsito intenso e às exigências de eficiência nas entregas rápidas.

mobilidade urbana baseada em veículos de duas rodas movidos à eletricidade pode ajudar a reorganizar o uso das vias e diminuir a pressão sobre o tráfego. Além disso, esse tipo de transporte é mais silencioso, contribuindo para a redução da poluição sonora nas grandes cidades.

Projeto do Ifood prevê investimento total de até US$ 1 bilhão

O aporte inicial de US$ 7,5 milhões é apenas o primeiro o. Projeções internas apontam que o investimento total pode chegar a US$ 1 bilhão nos próximos anos. Essa quantia será distribuída entre etapas de fabricação, pesquisa e estruturação do setor elétrico dentro do universo da mobilidade.

Com o tempo, a iniciativa espera criar um modelo de negócio sustentável, com efeitos também na qualidade de vida dos trabalhadores. Um dos objetivos é aumentar a renda média dos entregadores em até 40%, com a redução de custos de operação. Isso pode contribuir para avanços em outras áreas sociais, como o à moradia e educação.

Benefícios para os entregadores de aplicativo

Além de facilitar o o à tecnologia, o fundo poderá oferecer modelos de financiamento para a aquisição das motos elétricas, facilitando o pagamento em parcelas íveis. A eliminação do gasto com gasolina, somada à diminuição na manutenção do veículo, cria uma margem maior de lucro para quem depende da entrega como principal fonte de renda.

Para muitos profissionais autônomos, o uso de motos elétricas pode ser um diferencial competitivo, oferecendo mais eficiência nas rotas e menor tempo de parada por falhas mecânicas.

Produção no Brasil pode impulsionar indústria nacional

Um ponto importante do plano do iFood é priorizar a produção no Brasil. Isso pode gerar empregos em diversas áreas da economia, desde fábricas de peças até fornecedores de energia. Com a crescente demanda por veículos elétricos, o país pode se posicionar como protagonista no setor de transporte leve sustentável.

A produção local também reduz custos de importação e favorece a criação de tecnologias próprias adaptadas à realidade brasileira, como resistência a terrenos irregulares, clima tropical e grandes distâncias urbanas.

O movimento do iFood segue uma tendência mundial de transição para frotas limpas e soluções menos poluentes no transporte urbano. Cidades em todo o mundo estão impondo limites para veículos movidos a combustíveis fósseis e incentivando alternativas sustentáveis.

No Brasil, a iniciativa chega em um momento em que se discute com mais intensidade o futuro das entregas, o uso do solo urbano e os caminhos para uma economia verde. A entrada de grandes empresas nesse debate é um indicativo de que o tema está ganhando mais espaço nas decisões estratégicas do setor privado.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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