Cidade se destaca como o maior polo industrial do Paraná, com investimentos bilionários e expansão acelerada que transformam a cidade em um epicentro econômico repleto de inovações, empregos e projetos que surpreendem até os especialistas do setor.
Araucária, cidade localizada na região metropolitana de Curitiba, consolidou-se como o maior polo industrial do Paraná, com cerca de 900 indústrias ativas que movimentam anualmente cerca de R$ 43 bilhões para os cofres estaduais.
Esse valor é quase o dobro do que gera o setor industrial da capital, Curitiba, fato que reforça a importância econômica da cidade para o estado.
Muito além da famosa Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), um dos marcos históricos da indústria local, Araucária apresenta um perfil industrial diverso e robusto.
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De acordo com especialistas e dados locais, o município conta com uma ampla gama de setores produtivos que inclui metalurgia, indústria madeireira, papel e papelão, mecânica, bioquímica, alimentos, plástico, entre outros segmentos.
A constante busca por inovação e competitividade leva essas indústrias a investirem constantemente na modernização de processos e ampliação das suas instalações.
Quem percorre a região industrial da cidade percebe que as obras nunca cessam, reflexo da dinâmica expansão econômica da cidade.
Além do setor industrial tradicional, Araucária também tem se destacado como um polo estratégico para a instalação de centros de distribuição de grandes players do comércio eletrônico, impulsionados pela localização privilegiada dentro da região metropolitana de Curitiba.
Expansão dos centros de distribuição e indústrias
Entre os maiores investimentos em andamento está o novo centro de distribuição do Mercado Livre, localizado no bairro Fazenda Velha, que ocupará uma área de mais de 327 mil metros quadrados, com galpões que somam quase 93 mil metros quadrados de área construída.
Essa é a maior obra em execução na cidade desde a implantação da Repar em 1977.
O espaço terá um pátio de manobra de mais de 100 mil metros quadrados e a expectativa é gerar cerca de 1.100 empregos diretos, podendo chegar a até 4.500 empregos considerando os indiretos.
Outro destaque é a ux, empresa do Grupo Alcast, que adquiriu a antiga planta da Trane na Avenida dos Pinheirais para expandir sua linha de as de pressão.
A unidade terá aproximadamente 20 mil metros quadrados e deve gerar mais de 400 empregos diretos, com previsão de funcionamento já no segundo semestre deste ano.
A multinacional belga Impextraco também está em processo de instalação em Araucária, ocupando uma antiga planta da Alltech na rua Curió.
Com uma área total de 75 mil metros quadrados, a empresa deve expandir a área construída para cerca de 15 mil metros quadrados para produzir aditivos especiais para rações e ingredientes para alimentação animal.
Novos investimentos e setores em crescimento
A FRM (Fábrica de Rolamentos e Mancais), que representa um investimento de cerca de R$ 150 milhões, inicia a construção de sua nova unidade no bairro Chapada, na esquina entre a rua Curió e a Avenida das Nações.
O complexo industrial terá mais de 43 mil metros quadrados de terreno e mais de 25 mil metros quadrados de área construída em três pavimentos.
A empresa promete gerar cerca de 450 empregos diretos e atua fortemente na fabricação de componentes para maquinários do agronegócio brasileiro, com exportação para a América do Norte e Europa.
Outra empresa que recentemente adquiriu área para ampliação é a Agricopel TRR, especializada no fornecimento de óleo diesel para consumidores finais.
Com sede em Jaraguá do Sul (SC), a empresa comprou um terreno de 50 mil metros quadrados no bairro Thomaz Coelho para instalar uma nova unidade, cujo projeto permanece sob sigilo.
A Metalúrgica Pinfer, fabricante de telhas de aço fundada em 2000, também transferirá sua sede para Araucária, após comprar uma área de 110 mil metros quadrados no bairro Thomaz Coelho.
Logística e alimentos impulsionam a cidade
O centro de distribuição da Contabilista, empresa tradicional no fornecimento de suprimentos para escritórios, será transferido de Curitiba para Araucária.
O galpão logístico de mais de 15 mil metros quadrados na rua Albino Ferreira deve ser inaugurado ainda no segundo semestre de 2025.
No setor alimentício, a Cymco Alimentos, com mais de uma década de atuação, produzia salgados congelados em Curitiba, mas recentemente construiu uma nova fábrica de 2.500 metros quadrados no bairro Thomaz Coelho.
Já o BRW Suprimentos, atacadista de materiais escolares, ampliou suas operações com um novo centro de distribuição de 15 mil metros quadrados na mesma região, obra que está em andamento.
A Gelopar, maior fabricante nacional de freezers verticais para panificação, está ampliando suas instalações em 15 mil metros quadrados para manter sua competitividade no mercado.
Expansão contínua na indústria araucariense
Além desses investimentos, outras empresas locais continuam a ampliar suas operações.
A Berneck, empresa de grande porte, planeja construir um centro de distribuição superior a 15 mil metros quadrados ao lado da rua Dr. Valério Sobania.
A Parnaplast também mantém constante expansão em seus terrenos ao longo da Avenida das Araucárias.
Na região do bairro Barigui, a Metalúrgica JKR amplia sua produção com um novo galpão de mil metros quadrados, enquanto a Belemar Logística aumenta seu espaço de armazenagem.
A Metalúrgica Duct, que fabrica máquinas para a indústria alimentícia, a de 500 metros quadrados para 3.000 metros quadrados em suas novas instalações na rua Aldair Miguel Buiar.
Na Avenida dos Pinheirais, a Construtora WP está concluindo um galpão logístico de 7 mil metros quadrados, com classificação J-4, que permite estocagem segura de produtos perigosos — um diferencial importante para o mercado local.
Contexto do setor de combustíveis e mercado
Em outro cenário, o ministro Alexandre Silveira encaminhou ofício ao Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) denunciando que algumas refinarias privatizadas, especialmente a Refinaria da Amazônia (Ream), têm praticado preços significativamente superiores aos demais fornecedores e ao preço de paridade de importação.
A Ream, procurada para esclarecimentos, informou que atua em conformidade com a legislação e que enfrenta desafios logísticos específicos da Região Norte.
O ministro também pediu investigações sobre práticas anticoncorrenciais nos elos de distribuição e revenda de combustíveis, incluindo irregularidades relacionadas à mistura obrigatória de 14% de biodiesel ao diesel, vigente desde março de 2024.
Medidas como a doação de equipamentos para fiscalização à Agência Nacional do Petróleo (ANP) e ações conjuntas com a Polícia Federal contra pirataria nas hidrovias do Norte estão em curso.
Além disso, o decreto nº 12.437, de abril de 2025, da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), prevê multas de até R$ 500 milhões e suspensão das atividades para empresas inadimplentes, reforçando o combate a irregularidades no setor.
Araucária como motor industrial do Paraná
Com sua diversificada base industrial e contínuos investimentos, Araucária desponta como um dos principais motores econômicos do Paraná, atraindo investimentos que geram milhares de empregos e movimentam bilhões em receita estadual.
A cidade tem tudo para seguir crescendo e consolidando seu papel estratégico na indústria brasileira nos próximos anos.
Você acha que outras cidades brasileiras podem seguir o exemplo de Araucária e se tornar polos industriais tão expressivos?
Eu gostaria muito de saber mas sobre