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Com queda na demanda europeia, Petrobras mira China e Índia para escoar petróleo brasileiro

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 30/04/2025 às 18:37
Petrobras amplia exportações de petróleo para a Ásia no 1º trimestre de 2025, com destaque para a China, apesar da queda de 15,2% no volume total exportado.
Foto: IA

Petrobras amplia exportações de petróleo para a Ásia no 1º trimestre de 2025, com destaque para a China, apesar da queda de 15,2% no volume total exportado.

A Petrobras intensificou sua presença no mercado asiático de petróleo no primeiro trimestre de 2025, com a China se consolidando como principal destino do óleo bruto brasileiro. Segundo dados divulgados pela estatal na noite de terça-feira (29), 69% das exportações da companhia entre janeiro e março deste ano foram destinadas à Ásia, sendo 36% apenas para o país chinês.

A movimentação reflete uma mudança estratégica nas vendas externas da empresa, marcada pela queda de demanda na Europa e nos Estados Unidos e maior atratividade de mercados asiáticos.

Exportações de petróleo caem, mas foco na Ásia se intensifica

Apesar do recuo de 15,2% no volume total exportado em relação ao mesmo período de 2024 — média de 551 mil barris por dia — a Petrobras realinhou seu foco comercial.

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Em 2024, 56% das exportações tinham a Ásia como destino. Já em 2025, o percentual saltou para 69%, evidenciando o crescente papel da região no comércio internacional de petróleo.

A Europa, tradicional compradora do petróleo brasileiro, perdeu espaço nas transações, dando lugar a destinos considerados economicamente mais vantajosos, como Cingapura, Coreia do Sul e Índia.

Este reposicionamento geográfico tem sido impulsionado por acordos comerciais e condições de mercado mais favoráveis.

China lidera importações e Índia reforça parceria com Petrobras

A China, sozinha, respondeu por mais de um terço das exportações de petróleo da Petrobras no início de 2025, consolidando-se como o maior comprador asiático do combustível brasileiro.

A busca por segurança energética e diversificação de fornecedores tem feito com que a China aumente sua dependência de mercados como o Brasil.

A Índia também aparece como um importante parceiro emergente. Em fevereiro, a Petrobras assinou contrato com a estatal indiana Bharat Petroleum Corporation Limited (BPCL), prevendo a exportação de até 6 milhões de barris por ano a partir de 2025.

A movimentação reforça o compromisso da petroleira em expandir sua presença em mercados estratégicos da Ásia.

Estados Unidos perdem espaço nas exportações brasileiras de petróleo

O cenário é distinto nos Estados Unidos, que reduziram significativamente sua participação nas exportações da Petrobras.

Entre janeiro e março de 2025, apenas 4% do petróleo exportado teve os EUA como destino — número inferior aos 7% registrados no mesmo período do ano ado. Ainda assim, o petróleo bruto continua sendo o principal produto brasileiro enviado ao país.

De acordo com o Ministério da Fazenda, as exportações totais do Brasil para os EUA somaram US$ 3,2 bilhões em fevereiro de 2025, das quais aproximadamente US$ 2,13 bilhões (cerca de 9%) foram referentes a óleos brutos de petróleo e minerais betuminosos.

Guerra comercial entre EUA e China pressiona preços globais do petróleo

A instabilidade nas relações comerciais entre Estados Unidos e China segue influenciando o mercado internacional de petróleo.

Apesar de compras de combustíveis estarem isentas das novas tarifas impostas pelos EUA em abril, os temores de uma guerra comercial prolongada têm impactado diretamente a demanda global.

Na terça-feira (29), o preço do barril tipo Brent para entrega em julho caiu 2,33%, ou US$ 1,51, encerrando o dia cotado a US$ 63,28. A oscilação reforça a sensibilidade do setor diante de incertezas geopolíticas e mudanças nos fluxos comerciais internacionais.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia. Apaixonada por leitura, escrita e música.

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