Das origens humildes em Goiás à liderança global, a JBS cresceu com aquisições audaciosas nos EUA e Austrália, apoio estatal e controvérsias. Conheça a saga da maior produtora de proteína do mundo
A JBS S.A. protagonizou uma das mais notáveis trajetórias de crescimento corporativo do Brasil, transformando-se de um modesto açougue no interior do país na maior produtora de proteína do mundo. Sua ascensão, marcada por uma agressiva estratégia de aquisições internacionais, exemplifica um período de forte expansão de empresas brasileiras no cenário global.
descubra a jornada da JBS, desde suas origens até a consolidação de sua liderança. Exploramos as estratégias de crescimento, o papel do apoio estatal e os complexos desafios e controvérsias que permearam sua história.
De Goiás para o mundo, a gênese e a agressiva estratégia de aquisições da JBS
A história da JBS começa em 1953, com a casa de carnes mineira, fundada por José Batista Sobrinho em Formosa (GO). O negócio inicial tinha capacidade para abater apenas cinco cabeças de gado por dia, mas logo cresceu ao abastecer os trabalhadores na construção de Brasília.
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Nas décadas seguintes, a empresa expandiu-se nacionalmente. A grande virada, no entanto, veio com a internacionalização. A estratégia de aquisições foi o motor de seu crescimento exponencial, com movimentos decisivos:
Swift & company (EUA, 2007): a compra da Swift foi a porta de entrada da JBS no competitivo mercado norte-americano de carne bovina e suína, garantindo uma plataforma operacional robusta.
Pilgrim’s Pride (EUA, 2009): com a aquisição de uma das líderes no processamento de aves nos EUA, a JBS consolidou-se como uma empresa multiproteínas e superou concorrentes como a Tyson Foods.
Aquisições na Austrália: a JBS também se tornou a maior empresa de processamento de carne da Austrália, adquirindo marcas líderes como Primo Foods (presunto e embutidos) e Huon (salmão).
No Brasil, a incorporação da Bertin S.A. (2009) e a compra da Seara Brasil fortaleceram ainda mais sua posição no mercado doméstico de carne bovina e de aves.
O papel do BNDES e a política das campeãs nacionais
A ascensão global da JBS foi impulsionada pelo forte apoio estatal, principalmente através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entre 2005 e 2014, o banco realizou diversas operações de crédito e de mercado de capitais com a JBS.
Essas operações se inseriam na política das “campeãs nacionais”, uma estratégia do governo brasileiro que visava fomentar grandes empresas nacionais com capacidade de competir globalmente. A BNDES Participações S.A.
(BNDESPAR) tornou-se uma acionista relevante da JBS, e o Grupo J&F, controlador da empresa, recebeu R$17,6 bilhões em desembolsos do BNDES entre 2003 e 2017. O o a esse capital foi crucial para a JBS realizar suas aquisições em ritmo acelerado.
A JBS hoje como a maior produtora de proteína do mundo
Atualmente, a JBS é líder global na produção de alimentos à base de proteína. Sua escala é vasta, com mais de 280.000 colaboradores e cerca de 400 unidades em 15 países. Em 2023, a empresa registrou uma receita líquida consolidada de R$ 363,8 bilhões.
Seu portfólio inclui marcas icônicas em seus principais mercados:
Brasil: friboi, Seara, Doriana, Massa Leve.
Estados Unidos: pilgrim’s, Swift, 1855, Aspen Ridge.
Austrália: primo, Great Southern, Huon.
Essa diversificação geográfica e de produtos confere à JBS grande resiliência contra crises setoriais localizadas.
As controvérsias que marcaram a JBS
A trajetória da JBS não ocorreu sem percalços. A empresa enfrenta um intenso escrutínio em relação a questões ambientais, sociais e de governança (ESG).
Desmatamento: a JBS é frequentemente acusada de que sua cadeia de fornecimento de gado está ligada ao desmatamento ilegal na Amazônia e no Cerrado, especialmente por meio de fornecedores indiretos. A empresa afirma ter uma política de tolerância zero e sistemas de monitoramento, mas o desafio persiste.
Corrupção: a empresa esteve no centro de grandes escândalos de corrupção no Brasil. As delações premiadas dos irmãos Joesley e Wesley Batista em 2017 revelaram um esquema de pagamento de propinas a políticos em troca de favores, incluindo o o a financiamentos do BNDES.
Operação carne fraca: em 2017, unidades da JBS foram implicadas na operação que investigou um esquema de corrupção envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura para a venda de carne adulterada e falsificação de certificados sanitários. O escândalo abalou a reputação do Brasil como exportador de carne.
O legado complexo e o futuro da maior produtora de proteína do mundo
A jornada da JBS é um estudo de caso sobre ambição, sucesso empresarial e os desafios da governança corporativa. Ela representa um exemplo do “avanço brasileiro” no cenário global, mas também um alerta sobre os riscos éticos, legais e ambientais que podem acompanhar uma expansão tão agressiva.
Olhando para o futuro, a maior produtora de proteína do mundo enfrenta a pressão contínua por maior transparência e responsabilidade em suas cadeias de suprimento.
Sua capacidade de se adaptar às crescentes demandas por sustentabilidade e ética, enquanto continua a inovar para alimentar uma população mundial crescente, determinará a natureza de seu legado nas próximas décadas.
Uma fórmula bem simples: é como um coquetel de corrupção política misturado com uma dose generosa de falta de transparência nas negociações, tudo isso servido em um copo com gelo de dúvidas!
Ficou milionária quando o governo do Lula autorizou a mamata com empréstimos do BNDES com juros maravilhosos ou quase sem juros e eles saíram comprando todos os frigoríficos do Brasil e depois aram para os Estados Unidos e Austrália e agora saíram da bolsa Brasileira deixando o Brasil para trás, somos muito é Otários em acreditar que foi muita competência, quando na verdade foi com dinheiro fácil e muita propina!!! Assim é fácil ficar rico!!!
Corrupção + capitalismo “de compadres” + dinheiro dos contribuintes, eis a receita do sucesso