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Como funciona um tanque de Guerra? (M1A2 Abrams)

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 29/01/2025 às 09:10
tanque de Guerra
Foto: Reprodução

O M1A2 Abrams é um dos tanques de guerra mais temidos e sofisticados do mundo. Veja como ele opera e quais são suas capacidades!

O M1 Abrams é um tanque de batalha principal de terceira geração desenvolvido pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria. Projetado pela Chrysler Defense (atualmente General Dynamics Land Systems) e nomeado em homenagem ao General Creighton Abrams, ele entrou em serviço em 1980 e continua sendo a espinha dorsal das forças blindadas americanas.

Desenvolvimento e introdução

Após o fracasso do projeto conjunto americano-alemão MBT-70, que visava substituir o tanque M60 Patton, o Exército dos EUA iniciou o programa XM1 no início dos anos 70.

O objetivo era desenvolver um novo tanque de guerra que incorporasse avanços tecnológicos e atendesse às necessidades do campo de batalha moderno.

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Prototipos foram entregues em 1976 pela Chrysler Defense e General Motors, ambos armados com um canhão de 105 mm. Após testes, o design da Chrysler foi selecionado para desenvolvimento como o M1 Abrams.

Principais variantes

Desde sua introdução, o M1 Abrams ou por várias atualizações para manter sua eficácia no campo de batalha:

  • M1 original: Equipado com um canhão de 105 mm M68 e blindagem composta Chobham.
  • M1A1: Introduzido na década de 1980, apresentou melhorias como o canhão de 120 mm M256 de alma lisa, baseado no design alemão Rheinmetall L/44, e blindagem aprimorada com urânio empobrecido.
  • M1A2: Lançado nos anos 1990, incorporou sistemas avançados de controle de fogo, um sistema de informação interveicular (IVIS) para melhor comunicação no campo de batalha e melhorias na proteção da tripulação.
  • M1A2 SEP (System Enhancement Package): Versões mais recentes, como o SEP v3 e v4, incluem atualizações de software, blindagem aprimorada, sistemas de vigilância térmica de última geração e conectividade aprimorada para operações em rede.

Engenharia e funcionamento

O M1 Abrams destaca-se por sua combinação de proteção, mobilidade e poder de fogo:

  • Blindagem composta: Utiliza a blindagem composta Chobham, que combina camadas de cerâmica e materiais compostos para oferecer alta resistência contra projéteis perfurantes e munições de carga oca. Modelos posteriores incorporaram blindagem com urânio empobrecido para proteção adicional.
  • Sistema de propulsão: Equipado com uma turbina a gás multifuel AGT1500, que oferece 1.500 cavalos de potência, permitindo ao tanque de guerra atingir velocidades superiores a 65 km/h em terrenos planos. Embora consuma mais combustível que motores a diesel, a turbina proporciona aceleração rápida e operação silenciosa.
  • Armamento: O armamento principal é o canhão de 120 mm M256, capaz de disparar uma variedade de munições, incluindo projéteis perfurantes de energia cinética (APFSDS) e munições de alto explosivo antitanque (HEAT). Além disso, possui metralhadoras secundárias, como a M240 de 7,62 mm e a M2 Browning de 12,7 mm.
  • Sistema de controle de fogo: Inclui um sistema computadorizado que permite ao M1 Abrams engajar alvos com alta precisão, mesmo em movimento, utilizando sensores avançados, como câmeras térmicas e telemetria a laser.
  • Mobilidade e suspensão: A suspensão hidropneumática oferece excelente estabilidade em terrenos irregulares, permitindo que o tanque mantenha alta velocidade e precisão de tiro em diversas condições.

Desempenho em combate

O M1 Abrams foi testado pela primeira vez em combate durante a Guerra do Golfo, em 1991, onde demonstrou superioridade sobre os tanques iraquianos, destruindo numerosos veículos inimigos sem sofrer perdas significativas.

Desde então, participou de operações no Iraque, Afeganistão e outros conflitos, enfrentando ameaças como dispositivos explosivos improvisados (IEDs) e mísseis antitanque modernos. Para enfrentar esses desafios, o tanque de guerra foi continuamente atualizado, incorporando blindagem reativa e sistemas de defesa ativa.

O M1 Abrams representa um marco na engenharia militar, combinando proteção robusta, mobilidade impressionante e poder de fogo letal.

Décadas após sua introdução, continua sendo um componente crucial das forças armadas dos EUA e de muitos aliados ao redor do mundo, simbolizando a excelência tecnológica no campo de batalha moderno.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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