A cidade com o menor número de beneficiários do Bolsa Família, localizada no Rio Grande do Sul, ou por uma revisão cadastral rigorosa, o que deve reduzir ainda mais a quantidade de pessoas aptas a receber o benefício.
São Domingos do Sul, no Rio Grande do Sul, é a cidade com menos beneficiários do Bolsa Família no Brasil. De acordo com os dados mais recentes, apenas sete famílias estão cadastradas no programa social. Com a atualização dos cadastros e novas diretrizes do governo, esse número pode sofrer alterações nos próximos meses.
Cidade com menos Bolsa Família conta com Agronegócio, mas pode perder ainda mais beneficiários
Mesmo com número relevante de habitantes (2,7 mil habitantes), a cidade com menos Bolsa Família tem apenas 1,3% da população recebendo o Bolsa Família no Brasil, o que indica uma margem 20 vezes menos do que a média brasileira, que é de 25%.
Isso acontece devido à força no Agronegócio, que movimenta todo o estado do Rio Grande do Sul e garante uma alta gama de emprego aos gaúchos – incluindo a cidade com menos beneficiários do Bolsa Família. Além disso, foi realizada uma revisão bastante minuciosa de todos os cadastros da pequena cidade, o que contribuiu para reduzir o número de beneficiários do Bolsa Família no Brasil.
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Revisão nos cadastros foi realizada por assistente social
A principal responsável pelas análises realizadas nos cadastros do Bolsa Família na cidade de São Domingos do Sul foi a secretária de Assistência Social Municipal, Juliana Cerchiari, de 41 anos. O motivo: Realizar uma gestão correta de todos os registros é fundamental para garantir que o benefício do Bolsa Família no Brasil seja destinado às pessoas que realmente precisam.
De acordo com a secretária de Assistência Social de São Domingos do Sul, o Bolsa Família é “um programa excelente, mas precisa ser bem gerenciado”, e disse ainda que “o governo federal financia, mas a prefeitura tem autonomia para aplicar os recursos”. Juliana completou dizendo: “se todos os municípios seguissem a lei com rigor, quase metade dos beneficiários deixaria de receber.”
A queda de 120 beneficiários para 35
O ‘pente-fino’ na cidade com menos beneficiários do Bolsa Família já vem sendo realizado desde 2019, ano em que Juliana Cerchiari assumiu o cargo no município. Naquele ano, 31 famílias – aproximadamente 120 pessoas – recebiam o benefício. No entanto, após uma revisão detalhada nas atualizações cadastrais, os cortes foram feitos e o número de beneficiários do Bolsa Família na cidade gaúcha caiu bruscamente.
A equipe de Cerchiari trabalhou intensivamente no cruzamento de informações para detectar quaisquer inconsistências nos cadastros, identificando diversas pessoas que não se enquadravam no perfil para recebimento do auxílio. Todos os cadastros que não apresentavam os critérios mínimos foram retirados do programa do Governo Federal.
Juliana Cerchiari relata que encontrou diversos cadastros com inconsistências e histórias até surpreendentes através do cruzamento de dados. Segundo ela, foram encontrados casos em que “mulheres que diziam ser solteiras, mas tinham marido”, e completou falando sobre outros casos em que “declaravam renda zero, mas apareciam no sistema com gastos de R$ 1,5 mil por mês”.
Cidades com cadastros no Bolsa Família fora no comum
Atualmente, em torno de um quarto da população do Brasil recebe e depende do Bolsa Família, com uma estimativa de 54 milhões de pessoas cadastradas para receber o benefício, segundo do Governo Federal. Com cerca de 72 milhões de famílias, o país tem pelo menos 20 milhões inscritas no benefício. Mas enquanto existe uma boa gestão na cidade de São Domingos do Sul, em outras cidades brasileiras isso já não acontece com tanta eficiência.
Uma onda de fraudes está acontecendo em algumas cidades do Brasil e uma das situações mais críticas é no estado do Maranhão, na cidade de Serrano do Maranhão. Localizada no interior do Estado, Serrano do Maranhão tem apenas 3.953 casas, mas possui mais de 5 mil famílias inscritas no Bolsa Família, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério de Desenvolvimento Social.
De acordo com a prefeita de Serrano do Maranhão, Val Cunha (PL), houve um erro no Censo de 2022. Segundo ela, a quantidade de domicílios que consta no levantamento do IBGE está incorreta. Segundo o procurador da cidade de Serrano do Maranhão, Romulo Emanuel da Silva, o povoado de Santa Filomena, onde habitam cerca de 200 pessoas, foi erroneamente considerado como parte da cidade de Santa Helena.
Já o povoado de Boa Esperança, onde vivem em torno de 800 pessoas, segundo Romulo Emanuel, sequer recebeu a visita dos recenseadores do IBGE para recolhimento de informações do Censo 2022 na cidade.