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Conheça o Batimento de Quilha, ritual cheio de superstição e tradição que atravessa séculos e marca o início da montagem de um navio

Publicado em 16/05/2025 às 07:56
Batimento de quilha, Navios, tradição, Quilha
Batimento de Quilha da Fragata Tamandaré – 2023. Créditos: Marinha do Brasil (Oficial), licenciada sob CC BY-SA 2.0

Símbolo de proteção e boa sorte, o batimento de quilha atravessa séculos de história com cerimônias que unem superstição, tradição e tecnologia nos estaleiros modernos

A construção de um navio começa de forma simbólica. O chamado batimento de quilha é a cerimônia que marca o início da montagem da embarcação. O gesto principal é a fixação do primeiro rebite na estrutura base do navio: a quilha.

Considerada o coração da embarcação, a quilha é cercada de simbolismos e superstições. O ritual nasceu como forma de afastar os maus espíritos e garantir proteção durante a vida do navio.

Ao longo do tempo, surgiram diversas tradições ligadas a esse momento. Uma das mais conhecidas é a colocação de uma moeda recém-cunhada sob a quilha, prática que simboliza boa sorte para o navio, seus donos e sua tripulação.

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Em alguns casos, o aprendiz mais jovem é o responsável por colocar a moeda. Quando a construção termina, o bloco de madeira que sustentou a quilha é entregue como lembrança aos proprietários.

Essa tradição remonta à Antiguidade. Na Grécia e em Roma, colocava-se uma moeda debaixo do mastro dos navios para “pagar o barqueiro” que, segundo a crença, conduzia as almas dos mortos pelo rio Estige, caso o navio naufragasse.

Esse gesto simbólico, com raízes religiosas e culturais, atravessou séculos e chegou aos estaleiros dos dias atuais.

Com as mudanças tecnológicas e a adoção da construção modular, a cerimônia também evoluiu. Hoje, o batimento de quilha marca a colocação do primeiro bloco estrutural de um navio.

Apesar das inovações, a tradição da moeda continua. O ato é mantido em estaleiros de todo o mundo como símbolo de proteção e sucesso na jornada da embarcação.

No Brasil, a Marinha segue respeitando esse rito. Em outubro de 2023, durante a construção do Navio Polar “Almirante Saldanha”, uma moeda comemorativa foi colocada na estrutura no momento do batimento de quilha.

A cerimônia foi realizada no Estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo, com a presença de autoridades civis e militares.

O ritual continua a ser uma ponte entre ado e presente, mostrando que, mesmo com a modernidade, há espaço para respeitar as raízes da construção naval.

Com informações de Wikipedea.

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Romário Pereira de Carvalho

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