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Com braços de 40 metros e força de 1.500 homens, este guindaste colosso é usado para erguer peças gigantes na construção de navios de guerra e megaestruturas offshore

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 28/05/2025 às 11:44
Com braços de 40 metros e força de 1.500 homens, este guindaste colosso é usado para erguer peças gigantes na construção de navios de guerra e megaestruturas offshore
Foto: CANVA + IA + ADobe PS

Conheça o SSCV Sleipnir, o guindaste gigante com braços de 40 metros e força equivalente a 1.500 homens, usado na montagem de navios de guerra e megaestruturas offshore.

m um mundo onde as estruturas marítimas são cada vez mais colossais — plataformas de petróleo, navios de guerra e turbinas eólicas oceânicas — existe uma máquina que se destaca pelo seu tamanho e capacidade sobre-humanos: o SSCV Sleipnir, um verdadeiro guindaste gigante flutuante. Capaz de erguer até 20.000 toneladas de uma só vez, ele possui braços com 40 metros de comprimento, cada um com potência comparável à força de 1.500 homens.

Projetado para atuar nas tarefas mais complexas da engenharia offshore, esse navio guindaste é uma peça fundamental na construção de plataformas marítimas e na instalação de componentes de navios de guerra, estruturas submarinas e usinas flutuantes. Mais do que um guindaste, o Sleipnir é uma obra-prima da engenharia naval moderna, unindo tecnologia, potência e sustentabilidade.

Neste artigo, vamos explorar tudo sobre esse titã dos mares — seu funcionamento, aplicações, curiosidades e impacto no setor naval e de defesa.

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O que é o guindaste gigante SSCV Sleipnir?

O SSCV Sleipnir (Semi-Submersible Crane Vessel) é um navio semissubmersível equipado com dois dos maiores guindastes offshore do mundo. Projetado e operado pela empresa Heerema Marine Contractors, o navio foi batizado com o nome de Sleipnir, o cavalo mitológico de oito patas do deus nórdico Odin — uma metáfora perfeita para sua estabilidade e potência.

Lançado oficialmente em 2019, o Sleipnir foi projetado para atender às demandas mais pesadas da indústria offshore global, com destaque para:

  • Construção e desmantelamento de plataformas de petróleo e gás;
  • Instalação de bases de turbinas eólicas marítimas;
  • Montagem de estruturas navais militares, como cascos e torres de comunicação de navios de guerra;
  • Transporte e posicionamento de módulos industriais flutuantes.

Características técnicas do guindaste gigante

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As dimensões e capacidades do Sleipnir impressionam até os engenheiros mais experientes:

CaracterísticaEspecificação
Comprimento total220 metros
Largura102 metros
Peso bruto119.000 toneladas
Capacidade de elevação (total)20.000 toneladas (2x 10.000 t)
Alcance dos braços40 metros
TripulaçãoAté 400 pessoas
PropulsãoSistema híbrido com GNL
EstabilizaçãoSemissubmersível com 12 propulsores

Os dois guindastes principais trabalham de forma sincronizada, podendo erguer módulos de aço com dezenas de metros de altura e milhares de toneladas, garantindo posicionamento preciso mesmo em mar agitado.

Como funciona um guindaste gigante offshore semissubmersível?

Diferente de um guindaste terrestre, o guindaste offshore semissubmersível precisa operar com extrema estabilidade em ambientes oceânicos, onde as ondas, o vento e as correntes tornam qualquer movimentação de carga um desafio logístico.

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Sleipnir usa um sistema de lastro com tanques submersos que permitem afundar parte do casco, reduzindo o balanço e mantendo a plataforma nivelada mesmo em alto-mar. Isso é essencial para instalar peças com precisão milimétrica — seja em uma torre de perfuração ou em um casco de navio militar.

Aplicações na construção de navios de guerra

Embora o Sleipnir seja amplamente conhecido por suas operações no setor de petróleo e gás, seu uso na construção naval militar vem crescendo nos últimos anos.

Por que?

  • Navios de guerra modernos possuem módulos pré-fabricados de grandes proporções;
  • Casco, convés e superestruturas são montados separadamente e depois integrados;
  • Guindastes convencionais não am o peso ou a altura dessas estruturas;
  • O Sleipnir pode instalar blocos inteiros em alto-mar ou em estaleiros costeiros, economizando semanas de operação.

Estaleiros navais da Europa e Ásia já utilizaram o Sleipnir para posicionar radares, torres de comando, silos de mísseis e superestruturas pesadas em navios de guerra e embarcações de patrulha oceânica.

Sustentabilidade e eficiência energética

O Sleipnir é o primeiro guindaste flutuante do mundo movido a GNL (gás natural liquefeito), o que reduz drasticamente suas emissões de poluentes:

  • Redução de 25% nas emissões de CO₂ em comparação com navios a diesel;
  • Redução de 85% de óxidos de nitrogênio (NOx);
  • Praticamente zero emissão de enxofre (SOx).

Além disso, o navio é equipado com recuperadores de calor, sistemas de regeneração energética e gerenciamento inteligente de consumo, o que o torna um modelo de engenharia sustentável no setor pesado.

Comparação com outros guindastes do mundo

Embora existam outros guindastes marítimos de grande porte, o Sleipnir é atualmente o mais potente do mundo, superando concorrentes como:

Navio GuindasteCapacidade de ElevaçãoAno de ConstruçãoOperadora
SSCV Sleipnir20.000 toneladas2019Heerema Marine Contractors
SSCV Thialf14.200 toneladas1985 (reformado)Heerema
Pioneering Spirit15.000 toneladas (lift)2016Allseas
Saipem 700014.000 toneladas1987Saipem

Curiosidades sobre o Sleipnir

  • O navio pode operar a até 40 metros de profundidade sem necessidade de ancoragem tradicional.
  • Já participou da remoção de plataformas de petróleo desativadas, com mais de 10 mil toneladas de material por operação.
  • Seu sistema de controle é automatizado por inteligência artificial para ajuste de carga em tempo real.
  • Foi destaque em 2022 ao levantar a torre de perfuração de 10 mil toneladas de um navio militar na Coreia do Sul, uma das maiores já instaladas.

Impacto geopolítico e uso militar

A capacidade do Sleipnir de operar com cargas militares ultrapesadas atrai o interesse de marinhas e governos ao redor do mundo. Embora ele seja um equipamento civil, seu aluguel para operações navais estratégicas tem se tornado frequente em países como:

  • Estados Unidos
  • Reino Unido
  • Coreia do Sul
  • Índia

Esses países utilizam o Sleipnir em estaleiros navais de grande escala, onde sua precisão e potência aceleram a produção de navios de guerra e porta-aviões.

Desafios operacionais e segurança

Trabalhar com cargas dessa magnitude exige um protocolo rigoroso de segurança:

  • Simulações 3D antes de cada operação;
  • Monitoramento climático em tempo real;
  • Equipes de engenheiros e operadores especializados a bordo;
  • Sistemas redundantes de estabilização e travamento de carga.

Uma falha poderia resultar em acidentes catastróficos, por isso o nível de automação e precisão do Sleipnir é um dos mais avançados do planeta.

O futuro da construção offshore com megaguindastes

À medida que a demanda por estruturas navais maiores cresce — seja para fins militares, energéticos ou científicos — guindastes gigantes como o Sleipnir se tornam indispensáveis. As novas gerações de turbinas eólicas offshore, por exemplo, exigem montagem de torres com mais de 250 metros de altura, algo que só equipamentos assim conseguem instalar com segurança.

Além disso, com o avanço da chamada “modularização naval”, onde navios são construídos em blocos e montados em alto-mar, o papel desses guindastes flutuantes se tornará ainda mais estratégico.

O SSCV Sleipnir é muito mais do que um guindaste gigante. Ele representa a força da engenharia naval moderna, a busca por eficiência energética e a versatilidade de uma máquina que atua tanto em operações comerciais quanto na construção de navios de guerra. Com braços de 40 metros e força equivalente a 1.500 homens, ele se impõe como símbolo de potência, precisão e sustentabilidade nos mares do século XXI.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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