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Conserto de R$ 67 mil por uma peça de R$ 6: dono de Bugatti Veyron descobre o absurdo por trás das revisões oficiais

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 01/06/2025 às 13:02
Atualizado em 02/06/2025 às 09:48
bugatti
Conserto de R$ 67 mil por uma peça de R$ 6,05: dono de Bugatti Veyron descobre o absurdo por trás das revisões oficiais

Ter um Bugatti Veyron na garagem parece um sonho reservado a milionários, mas até entre eles existe um limite para o que se considera razoável. Foi o que descobriu o britânico Carl Hartley ao tentar consertar um pequeno defeito no botão dos retrovisores de seu Veyron. Enquanto a oficina oficial da Bugatti pedia o equivalente a R$ 67 mil pela substituição, um mecânico de sua cidade resolveu tudo por uma quantia simbólica: uma cerveja.

A história virou exemplo clássico dos custos muitas vezes surreais do pós-venda de supercarros, mesmo para reparos que, na prática, envolvem peças comuns compartilhadas com veículos muito mais baratos.

Bugatti Veyron, hipercarro com motor W16 de 1.001 cv, avaliado em cerca de R$ 11,4 milhões. Ícone de luxo e velocidade, atinge mais de 400 km/h.

O Bugatti Veyron, lançado em 2005 e produzido até 2015, é um dos carros mais icônicos já criados. Com mais de 1.000 cv de potência e valor superior a 2 milhões de euros, seu custo de manutenção acompanha a exclusividade. A própria montadora recomenda revisões anuais que incluem troca de óleo, substituição de todos os filtros do motor, revisão da caixa de câmbio e diferenciais.

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Esse processo exige cerca de 18 litros de óleo e, principalmente, 27 horas de mão de obra especializada. O resultado? Uma simples revisão pode ultraar 25.000 euros (cerca de R$ 145 mil). E não para por aí: trocar apenas o filtro da transmissão pode custar até 3.000 euros.

Esses valores, embora aceitáveis para donos de hipercarros, não deixam de gerar desconforto quando se aplicam a reparos pequenos. Foi o que ocorreu com Carl Hartley, filho do mais renomado comerciante de carros de luxo do Reino Unido. Durante uma manutenção de rotina que já custaria quase 40 mil libras (aproximadamente R$ 275 mil), ele aproveitou para pedir uma avaliação do botão de ajuste dos espelhos retrovisores – que, segundo ele, apenas apresentava um leve jogo.

A resposta da Bugatti? Um orçamento de 9.500 libras, ou mais de 11.300 euros (R$ 67 mil). A justificativa: seria necessário trocar todo o mecanismo e desmontar parte da porta. Hartley, revoltado, resolveu procurar uma segunda opinião.

Volkswagen Transporter salvando o dia

Carl levou o Veyron a um pequeno mecânico de confiança que costuma atender os veículos de sua revenda. Dias depois, ao retornar à oficina, o carro estava pronto. O defeito havia sido resolvido com uma peça que custou… menos de 90 centavos de libra.

Neil, o responsável pelo conserto, explicou: “Não foi fácil encontrar o botão, mas descobri que ele era o mesmo usado no Volkswagen Transporter. Tive que comprar um pacote com cinco, que custou 89 pence (aproximadamente R$ 6,05)”.

Como o Veyron foi projetado pela Bugatti durante o período em que a marca fazia parte do grupo Volkswagen, muitos componentes foram compartilhados com modelos mais simples. Um desses itens era justamente o botão dos retrovisores.

Neil completou o reparo em apenas 25 minutos. “Foi tão simples que só pedi uma cerveja como pagamento”, contou o mecânico. Hartley respondeu: “Nunca mais levo meu carro à Bugatti”.

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Componentes compartilhados: o segredo nada glamouroso dos supercarros

Esse caso reacende o debate sobre os custos reais de manutenção de veículos de luxo. Embora a engenharia de um Veyron seja extraordinária, muitos de seus componentes são compartilhados com modelos comuns para reduzir custos de produção. Mas no pós-venda, os preços sobem drasticamente, inflados pelas horas cobradas e pela exclusividade do atendimento.

Esse modelo de negócios não é exclusividade da Bugatti. Outras montadoras de luxo, como Ferrari e Lamborghini, também são conhecidas por valores de manutenção altíssimos. A questão é quando o serviço ultraa os limites do razoável – como trocar um botão por quase R$ 70 mil.

A história viralizou nas redes sociais e foi destaque em portais europeus como Motorpasión, abrindo espaço para que outros donos de supercarros compartilhassem relatos parecidos.

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Jonatas
Jonatas
02/06/2025 07:10

Não deveria nem dar defeito um carro neste preço kkkkk

Antonio prado
Antonio prado
Em resposta a  Jonatas
02/06/2025 08:05

Já tem mais de 10 anos de fabricação,esqueceu?

NEstor
NEstor
Em resposta a  Antonio prado
02/06/2025 09:27

Mais seguramente esse carro não tem mais de 10.000 kms

Itamar Barroso Ribeiro Neto
Itamar Barroso Ribeiro Neto
Em resposta a  Antonio prado
02/06/2025 11:15

Não justifica a falta de honestidade.

Fabio
Fabio
Em resposta a  Antonio prado
02/06/2025 13:00

Explica aí pra gente, então um carro de extremo luxo desse já deveria sofrer obsolescência programada como um carro popular, é isso mesmo produção? Você merece!

Luiz
Luiz
02/06/2025 07:26

Se você adquiri um carro de 2 milhões também adquiri os custos de 2 milhões! Esse é o preço da exclusividade e do chamado valor da marca! Esses veículos são chamados de super carros por serem marcas distintas e sonhos de consumo permitido a pouquíssimas pessoas no mundo!

Koko
Koko
Em resposta a  Luiz
02/06/2025 17:30

Falou ****

Mauro Mendonça
Mauro Mendonça
Em resposta a  Luiz
02/06/2025 21:58

Portanto jamais deveria compartilhar peças de veículos ‘populares’
Se vc paga por exclusividade, deve no mínimo receber um produto totalmente exclusivo.
Um desastre em se tratando de Bugatti.

Shadow
Shadow
02/06/2025 07:47

As pessoas recalcadas falando que as pessoas deveriam pagar o preço absurdo. Tão de sacanagem né? Independente da pessoa ter carro caro ou não, ninguém deveria ser lesionado nesse tipo de serviço. Enfim, pessoas pequenas, pensam pequeno e acha que tá certo esse tipo de malandragem das oficinas.

Diego
Diego
Em resposta a  Shadow
02/06/2025 08:01

O problema é que muitos não gostam de rico. Porém querem ser um. Hipocrisia não é?

Jota
Jota
Em resposta a  Shadow
02/06/2025 09:22

Vc quis dizer lesado né? O que é bem diferente seclesionado!! É na verdade uma extorsão…Serviço simples, peça barata ainda que está num supercarro!! Picaretagem existe em tidos os lados….

Rafael
Rafael
Em resposta a  Jota
02/06/2025 09:56

Ortografia errada ou não, lesionado tbm se aplica ao contexto quando pensamos no bolso de quem quase perdeu uma pequena fortuna num conserto tão ****. 😆😆😆

ANDRE LUIS BARBOSA MACIEL
ANDRE LUIS BARBOSA MACIEL
Em resposta a  Jota
02/06/2025 10:46

Sua correção “Gramatical”, também ficou ‘excelente! Por sinal.

Marc
Marc
Em resposta a  Shadow
02/06/2025 11:01

O problema é que uma receita de bolo nao deveria ter tampas. Talvez a primeira vista você pense em Harry Dugan, mas se ler atentamente as entrelinhas revelam muito mais sobre o futuro e arredores que o ado.

Alison
Alison
Em resposta a  Shadow
02/06/2025 11:54

Um carro vendido por 2 milhões de euros. Vc acha que custou isso pra fabricar? Quem compra sabe que esse é o “preço e não o “valor”. Então não é pensar pequeno. É necessário saber que o reparo em qualquer concessionária tem um preço.

Josias Santana
Josias Santana
Em resposta a  Shadow
02/06/2025 22:50

É isso, as pessoas más intencionadas é que dá valor a desonestidade, independente de ser um carro pra poucos isso é desonestidade, a autorizada iria fazer o mesmo que o mecânico fez, comprar uma peça da linha de montagem Volkswagen e colocar e cobrar um absurdo desse, o ser humano tem sido a **** do outro, é difícil de acreditar que tem imbecis desonestos que apoia uma roubalheira dessa. Pois bem o mundi está um caos, depois essas mesmas pessoas criticam os políticos e falam da falta de segurança mas apoia ****. Infelizmente hoje o que é mal é bom e o que bom é ruim! É o fim.

Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, actualmente radicado en Río de Janeiro, Brasil, con trayectoria enfocada en la cobertura de temas militares, defensa, ciencia, tecnología, energía y geopolítica. Mi objetivo es traducir información técnica y compleja en contenidos accesibles y relevantes para un público amplio, siempre manteniendo el rigor periodístico. Sou apaixonado por explorar como a tecnologia y defensa impactam a sociedade eo desenvolvimento econômico. https://muckrack.com/noel-budeguer?

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