Envelhecimento da mão de obra qualificada gera crise na Construção Civil! Falta de interesse dos jovens ameaça o futuro do setor e intensifica a escassez de profissionais especializados.
Crise na cosntrução civil: A construção civil brasileira enfrenta um desafio significativo: enquanto a demanda por obras permanece aquecida, há uma crescente escassez de mão de obra qualificada devido ao envelhecimento dos profissionais do setor. Dados do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) indicam que, entre 2016 e 2023, a idade média dos trabalhadores na construção civil aumentou de 38 para 41 anos. Esse envelhecimento pressiona os custos e ameaça a produtividade das empresas.
Um dos fatores para essa tendência é a falta de interesse dos jovens pela profissão, possivelmente devido às exigências físicas e às condições de trabalho nos canteiros de obras. Neste artigo, exploraremos as causas desse fenômeno e suas implicações para o futuro da construção civil no país.
Entenda a crise na construção civil gerada pelo envelhecimento da mão de obra qualificada
Segundo dados do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) os custos do setor acumularam alta de 6,54% no último ano, com a mão de obra liderando os aumentos, com 8,56% de aumento. Já os materiais subiram em 5,34% e 3,66% em serviços.
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O Custo Unitário Básico (CUB) do setor em São Paulo, referência no país, chegou a R$ 2.039,53 por m² com a crise na construção civil em dezembro, com alta de 3,49% em 2023.
Para este ano, a expectativa é de novas elevações, alavancadas principalmente por juros altos, preços internacionais de insumos como aço e, principalmente, pelo envelhecimento da mão de obra qualificada, que gera falta de profissionais.
O problema de envelhecimento da mão de obra na construção vai além dos números. A idade média dos trabalhadores do setor é de 42 anos, conforme David Fratel, coordenador do Sinduscon-SP. Fratel menciona que a produtividade dos profissionais começa a ser menor com essa idade, principalmente quando a demanda por obras está em alta, gerando uma crise na construção civil.
Escassez de profissionais: Jovens não se interessam no setor de construção civil
Para contribuir com o envelhecimento da mão de obra qualificada, a construção civil não atrai jovens e, carreiras como pedreiro e carpinteiro, que podem render mais de R$ 10 mil mensais, enfrentam resistência por falta de formação técnica e condições trabalhistas precárias.
Um dos pontos críticos para a crise na construção civil é a informalidade nos contratos. O Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores) denuncia que pagamentos por produtividade, comuns no setor, não são registrados em carteira, deixando de recolher FGTS e INSS. Essas práticas são ilegais e impactam negativamente nos direitos dos trabalhadores.
Para o ano de 2026, os empresários estimam que haverá pressões inflacionárias em duas frentes. A primeira será em materiais e equipamentos, que devem ser impactados pelo aumento de juros, que encarecem crédito, e também pelo preço do aço, que está ligado à demanda global e ao dólar.
Em segundo lugar está a mão de obra, visto que a falta de qualificação e o envelhecimento da mão de obra na construção civil devem manter os custos em alta, sem necessariamente melhorar a renda dos trabalhadores.
Possíveis soluções para o envelhecimento da mão de obra na construção civil
Para evitar a crise na construção civil, sindicatos e empresas apostam em parcerias. Com isso, novos cursos técnicos com o Senai trazem capacitação em áreas como alvenaria e elétrica. Já o Ensino médio profissionalizante é uma parceria com a Secretaria de Educação de São Paulo e levará formação em construção civil a escolas públicas ainda em 2025.
Já o plano de carreira unificado, uma iniciativa em discussão no fórum de negociações do setor, visa oferecer estabilidade e progressão salarial para atrair jovens.
A construção civil está se reinventando e o objetivo destas iniciativas é mostrar que é possível ter uma carreira com dignidade e bons salários. Vale mencionar que, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o setor registrou o fechamento de mais de 30 mil postos de trabalho em novembro de 2024.
A grande maioria faz isso, inclusive essas grandes construtoras listadas na bolsa praticamente através da terceirização do trabalho em ambientes degradantes, o ministério do Trabalho precisa tirar a **** da cadeira e fazer jus aos salários extratosfericos e começaram a fiscalizar obras sem ter que fiquem denunciando para isso, mas como sempre tem status de ministério deitam e rolam, fazem suas própria leis, pais de terceiro mundo é isso mesmo
E mentira que um pedreiro podia ganhar 10.000 por mês pagam uma miséria o serviço e pessado demais se futuro está profissão eu sou pedreiro a 30 anos sou um bom profissional e não tenho valor nenhum sempre iricando os patrões que só reclamam vendedo suas casas por milhões e você fica com as migalhas
No meu ponto de vista é falta de oportunidade para os jovens, a quantidade de funcionários aposentados que ainda estão trabalhando é imensurável pois não consta no sistema de dados do governo… Uma vaga que deveria esta sendo de um jovem.