A produção de etanol a partir do milho no Brasil atingiu um recorde histórico em fevereiro de 2025. De acordo com dados do setor sucroenergético, usinas utilizaram 1,7 milhão de toneladas de milho para fabricar o biocombustível, registrando o maior volume para o mês.
Esse número demonstra um crescimento expressivo de 41% em relação a janeiro de 2024 e um aumento de 76% em comparação com a média dos últimos anos.
Além disso, o etanol de milho se consolidou como uma alternativa sustentável e eficiente dentro do mercado de biocombustíveis brasileiro. Como resultado, o crescimento acelerado da produção reforça a importância do setor para a economia nacional e sua relevância dentro das estratégias de diversificação energética.
O crescimento acelerado da produção de etanol de milho no Brasil
Nos últimos anos, a produção de etanol de milho ganhou destaque no Brasil, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul, onde o cultivo do cereal se intensificou.
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Além disso, a capacidade instalada das usinas cresceu significativamente, permitindo uma expansão acelerada da produção. Dessa forma, o mercado de etanol de milho se tornou essencial para garantir o abastecimento interno, reduzir a dependência da cana-de-açúcar e oferecer mais estabilidade ao setor.
Segundo o site Portal do Agronegócio, em 2020, o Brasil ainda produzia grande parte do seu etanol a partir da cana-de-açúcar. No entanto, a participação do milho já crescia.
Em 2022, a produção de etanol de milho atingiu 5 bilhões de litros, impulsionada por investimentos em novas usinas e incentivos governamentais.
Já em 2023, o volume processado superou 15 milhões de toneladas de milho, consolidando o biocombustível como um dos principais produtos do agronegócio.
Para o ano comercial iniciado em fevereiro de 2025, a previsão aponta um consumo de 21,76 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol. Como consequência, esse volume representa um crescimento de 21,8% em comparação ao ciclo anterior, que registrou 17,87 milhões de toneladas processadas.
Assim, o forte aumento da demanda pelo biocombustível comprova o interesse crescente das usinas pelo milho como matéria-prima.
Os benefícios do etanol de milho para a economia e meio ambiente
O setor de biocombustíveis impulsiona a economia nacional, gerando empregos, valorizando a produção agrícola e reduzindo a emissão de gases do efeito estufa. Dessa forma, o etanol de milho se tornou uma solução viável para suprir a crescente necessidade por combustíveis renováveis, alinhando-se às políticas de sustentabilidade e transição energética.
Além do etanol, a produção desse biocombustível gera subprodutos importantes, como o DDG (Dried Distillers Grains), um coproduto altamente nutritivo utilizado na alimentação animal.
Segundo o site Portal do Agronegócio, em 2021, a produção de DDG já ultraava 2 milhões de toneladas no Brasil, abastecendo especialmente os setores de pecuária e avicultura.
Em fevereiro de 2025, as usinas produziram 572 mil toneladas de DDG, marcando um crescimento de 41% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, no acumulado da safra 2024/25, a produção de DDG atingiu 5,64 milhões de toneladas, com um aumento de 31% em comparação ao ciclo anterior.
Os benefícios ambientais do etanol de milho se destacam. Afinal, a substituição de combustíveis fósseis pelo biocombustível reduz significativamente a emissão de dióxido de carbono na atmosfera, colaborando com o combate às mudanças climáticas.
Perspectivas para o futuro dessa produção no Brasil
A crescente demanda por biocombustíveis no Brasil e no mundo estimula investimentos em novas tecnologias e na ampliação da capacidade produtiva das usinas. Dessa forma, o milho continuará desempenhando um papel essencial na diversificação da matriz energética, garantindo maior segurança no abastecimento interno e mais competitividade no mercado global.
Segundo o site Portal do Agronegócio, desde 2018, o Brasil tem registrado um crescimento médio anual de 30% na produção de etanol de milho.
Especialistas projetam crescimento contínuo para o setor nos próximos anos. Consequentemente, isso consolida o etanol de milho como um componente fundamental da economia de baixo carbono.
Além disso, o avanço dessa produção reafirma o Brasil como um dos principais players do mercado global de biocombustíveis. O país se destaca tanto na produção de etanol quanto na oferta de subprodutos essenciais para a cadeia produtiva.
Para garantir esse crescimento sustentável, o setor enfrenta desafios como a necessidade de melhorias na infraestrutura, maior eficiência logística e investimentos constantes em pesquisa e inovação.
No entanto, a tendência aponta para uma produção cada vez mais expressiva. Como resultado, o etanol de milho se consolida como uma solução energética estratégica e economicamente viável.
Por fim, com recordes de produção e projeções otimistas, o consumo de milho para etanol seguirá em ascensão, fortalecendo a posição do Brasil como referência na produção sustentável de biocombustíveis.