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Criptomoeda de Milei SOB INVESTIGAÇÃO: Fraude, Manipulação de Mercado e IMPEACHMENT na Argentina!

Publicado em 16/02/2025 às 22:22
Presidente da Argentina, Javier Milei durante abertura do G20.
Presidente da Argentina, Javier Milei durante abertura do G20 – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Criptomoeda promovida por Milei entra na mira do governo após suspeitas de fraude

Nos últimos dias, a Argentina mergulhou em mais uma crise. A criptomoeda promovida por Javier Milei ou a ser alvo de uma investigação governamental, iniciada oficialmente em 15 de fevereiro de 2025.

Como resultado, suspeitas de fraude e manipulação de mercado ganharam força. Afinal, após uma valorização meteórica registrada em 8 de fevereiro de 2025, a moeda digital sofreu uma queda impressionante no dia 12 de fevereiro de 2025.

Diante desse cenário, a oposição não perdeu tempo e, em 16 de fevereiro de 2025, protocolou um pedido de impeachment contra Milei no Congresso Nacional.

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Enquanto isso, investidores seguem apreensivos, aguardando mais informações sobre a investigação conduzida pela Comissão Nacional de Valores da Argentina (CNV) e pelo Banco Central do país.

De acordo com o jornal Clarín, a criptomoeda, batizada de “Viva La Libertad Project”, teria sido amplamente promovida nas redes sociais de Milei entre os dias 5 e 7 de fevereiro de 2025.

A reportagem aponta que o presidente argentino divulgou a moeda como um símbolo de liberdade financeira e descentralização, incentivando seus seguidores a investirem.

Criptomoeda de Milei: um investimento ou um esquema financeiro?

Para começar, o governo argentino tomou a decisão de investigar a criptomoeda associada a Milei após alertas do Banco Central Argentino, emitidos em 14 de fevereiro de 2025.

Esse projeto, conhecido como “Viva La Libertad Project”, atraiu atenção mundial. Afinal, o próprio presidente incentivou publicamente o investimento nessa moeda digital.

No entanto, de acordo com o La Nación, a moeda disparou mais de 320% entre os dias 8 e 10 de fevereiro, mas sofreu um colapso no dia 12 de fevereiro, perdendo 75% do seu valor em poucas horas.

Como resultado, milhares de investidores alegam que sofreram prejuízos milionários, levantando suspeitas de um possível esquema de pump and dump.

A CNV confirmou que a criptomoeda não possuía regulamentação no país e que, até aquele momento, não existiam registros oficiais do projeto no Ministério da Economia.

Como se não bastasse, o Financial Times publicou uma análise apontando que a estrutura do projeto tinha características semelhantes a esquemas de pirâmide financeira, o que ampliou a pressão sobre Milei.

Enquanto isso, a crise econômica no país se intensificava rapidamente.

No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de janeiro de 2025 indicou uma inflação acumulada de 21,5%, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC).

A população já enfrentava dificuldades, e a polêmica da criptomoeda apenas aumentou a insatisfação popular.

Oposição pede impeachment e aumenta pressão sobre Milei

Por consequência, o escândalo cresceu rapidamente.

A oposição não demorou para reagir. Os peronistas anunciaram um pedido oficial de impeachment contra Milei em 16 de fevereiro de 2025.

De acordo com o Página 12, parlamentares alegam que Milei usou seu cargo para promover um ativo financeiro não regulamentado, o que pode configurar abuso de poder e manipulação de mercado.

Além disso, nas últimas horas, a pressão popular aumentou drasticamente.

Enquanto isso, o New York Times destacou que a crise também afetou a reputação internacional da Argentina, levantando dúvidas sobre a transparência do governo Milei no setor financeiro.

Mesmo diante da pressão crescente, Milei e seus aliados continuam negando qualquer irregularidade.

Em um pronunciamento oficial transmitido pela TV Pública Argentina no dia 16 de fevereiro, o presidente classificou as acusações como uma “tentativa desesperada da velha política de barrar as reformas econômicas”.

No entanto, até o momento, ele não apresentou provas que comprovem a legalidade do projeto.

Como a crise pode afetar o mercado de criptomoedas na Argentina?

Atualmente, a Argentina se consolidou como um dos países com maior adoção de criptomoedas na América Latina.

Segundo o relatório da Chainalysis, publicado em dezembro de 2024, o país ocupa a 13ª posição global em adoção de ativos digitais, impulsionado pela crise econômica e desvalorização do peso.

No entanto, o caso da criptomoeda de Milei pode mudar esse cenário drasticamente.

Se as autoridades confirmarem a suspeita de fraude, certamente o governo poderá endurecer a regulamentação do setor.

Como consequência, as criptomoedas associadas a figuras políticas podem sofrer restrições severas.

Fontes como Reuters e Bloomberg já indicam que a Comissão de Valores Mobiliários da Argentina estuda novas regras para o mercado cripto.

Segundo especialistas, um projeto de lei poderá ser apresentado ao Congresso ainda em março de 2025.

Além disso, o FMI (Fundo Monetário Internacional) expressou preocupação com a falta de regulamentação das criptomoedas no país, pressionando o governo a tomar medidas rápidas para evitar novas crises.

Enquanto isso, investidores aguardam ansiosamente os próximos os da investigação.

Caso as denúncias sejam comprovadas, o futuro das criptomoedas na Argentina pode sofrer grandes mudanças.

Além disso, as repercussões dessa polêmica podem impactar o mercado global, minando a confiança dos investidores em projetos sem regulamentação clara.

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Marcelo Ibrahim da Silva Simão

Engenheiro de Produção, pós graduado em gerenciamento de projetos e processos, com 10 anos de experiência em certificação, processos e gerenciamento de negócios. Grande interesse pelo setor de óleo e gás e energias renováveis.

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