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Trajetória do empresário Germán Efromovich a por reestruturação do Synergy Group e retomada de projetos na América Latina.
O empresário Germán Efromovich voltou a movimentar os setores de aviação e construção naval na América Latina após um período de reestruturação de seus negócios. À frente do Synergy Group, o executivo busca novos caminhos para retomar o protagonismo perdido nos últimos anos, marcados por dificuldades financeiras e questões judiciais.
Após consolidar uma carreira ligada à expansão da aviação comercial no continente, principalmente com o comando da Avianca Brasil e da Avianca Holdings, Germán Efromovich enfrenta o desafio de reconstruir sua rede empresarial em um cenário econômico mais competitivo.
Início dos negócios e expansão com o Synergy Group
Natural da Bolívia e criado desde os 14 anos no Brasil, Germán Efromovich construiu sua trajetória empresarial a partir dos anos 1990, inicialmente em setores como energia e petróleo. Em 2004, ele se destacou ao adquirir a Avianca Colômbia, em um processo que levou à formação de uma das maiores companhias aéreas da América Latina.
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Por meio do Synergy Group, conglomerado que inclui empresas nas áreas de energia, transporte aéreo e construção naval, Efromovich ampliou seus investimentos em vários países, incluindo Brasil, Colômbia, Equador e Bolívia. A aviação se tornou um dos principais pilares do grupo, com a operação da Avianca Brasil, além da expansão da Avianca Holdings no mercado internacional.
O Synergy Group também desenvolveu projetos na indústria de construção naval brasileira, principalmente com a aquisição do Estaleiro Ilha S.A. (EISA), no Rio de Janeiro, e a tentativa de recuperação da atividade no Estaleiro Mauá, em Niterói.
Crise na aviação e dificuldades judiciais
A partir de 2018, o império de Germán Efromovich começou a enfrentar dificuldades. A Avianca Brasil entrou em processo de recuperação judicial, alegando dívidas superiores a R$ 2,7 bilhões. Pouco depois, a Avianca Holdings, na Colômbia, também declarou insolvência e ou a buscar reestruturação sob proteção judicial.
As dificuldades financeiras coincidiram com o envolvimento do empresário em investigações da Operação Lava Jato. Em 2020, Germán Efromovich e seu irmão, José Efromovich, foram presos temporariamente no âmbito da operação, acusados de envolvimento em esquemas de corrupção relacionados à contratação de navios-sonda pela Petrobras.
Apesar das acusações, em 2021 a Justiça Federal absolveu os irmãos Efromovich no caso. A decisão reconheceu que não havia provas suficientes para sustentar as denúncias de pagamento de propinas. A absolvição abriu caminho para que Germán Efromovich pudesse trabalhar na reorganização dos negócios do Synergy Group.
Planos para uma nova Avianca Argentina
Um dos movimentos mais recentes de Germán Efromovich foi o anúncio da intenção de relançar operações aéreas na Argentina. Segundo informações do site Aviacionline, o empresário trabalha para reativar a antiga Avianca Argentina, que havia encerrado as atividades em 2019.
O projeto está em fase de captação de investimentos e aguarda autorizações regulatórias. A empresa poderá operar inicialmente com voos domésticos e, futuramente, expandir para rotas regionais. A retomada da Avianca faz parte da estratégia do empresário de reposicionar o Synergy Group como um player relevante na aviação latino-americana, mesmo após a perda do controle sobre a Avianca Holdings, que atualmente opera de forma independente sob nova istração.
Tentativa de retomada na construção naval
Paralelamente aos esforços para se reerguer na aviação, Germán Efromovich mantém planos de revitalização no setor de construção naval. O Estaleiro Ilha S.A. (EISA), no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro, tenta voltar a operar após anos de paralisação.
O EISA, controlado pelo Synergy Group, busca reativar suas atividades com a retomada da construção e reparo de embarcações. A empresa tem enfrentado dificuldades para reerguer a produção em meio a um mercado naval ainda em recuperação, mas aposta no potencial de expansão dos projetos ligados à indústria offshore e à logística portuária.
Além do EISA, o Estaleiro Mauá, também sob influência do grupo de Germán Efromovich, é outro empreendimento que mira o reaquecimento da indústria de construção naval nacional, estimulada pela crescente demanda por apoio marítimo e produção de petróleo.
Impacto da pandemia e desafios no mercado aéreo
A crise global provocada pela pandemia de Covid-19 agravou as dificuldades no setor de aviação, afetando ainda mais as empresas ligadas ao Synergy Group. O fechamento de fronteiras, a redução do número de voos e a retração da demanda por viagens comprometeram a recuperação financeira das companhias aéreas.
Apesar da retomada gradual observada a partir de 2022, o mercado aéreo na América Latina ainda enfrenta desafios como alta dos combustíveis, inflação e concorrência crescente. A entrada de novas companhias de baixo custo e a adaptação das grandes empresas ao novo cenário exigem estratégias financeiras sólidas e gestão eficiente.
Nesse contexto, a experiência de Germán Efromovich pode ser um diferencial, embora o ambiente regulatório e econômico exija cautela nos próximos os do Synergy Group.
Construção naval: cenário de recuperação impulsiona estaleiros
O setor de construção naval no Brasil, que ou por forte retração entre 2015 e 2020, mostra sinais de recuperação. A demanda por embarcações de apoio offshore, a construção de navios para transporte de petróleo e gás, além de projetos ligados à energia renovável, têm impulsionado o interesse de investidores.
Programas de renovação da frota nacional e parcerias público-privadas para a revitalização de estaleiros integram a agenda de desenvolvimento econômico em estados como Rio de Janeiro e Bahia.
Para o EISA e o Estaleiro Mauá, controlados pelo grupo de Germán Efromovich, essa nova fase representa uma oportunidade de retomar projetos, gerar empregos e fortalecer a presença na indústria de construção naval nacional.
Synergy Group busca reestruturação e novos parceiros
Em paralelo às iniciativas de retomada, o Synergy Group trabalha na busca de novos parceiros e investidores para reforçar seu caixa e expandir operações. A estratégia inclui acordos em áreas como energia, logística e infraestrutura, além da aviação e da construção naval.
Em diferentes frentes, o grupo tenta se reposicionar em um ambiente de negócios mais competitivo, com foco em inovação, sustentabilidade e integração regional.
Efromovich, com sua trajetória de mais de três décadas à frente de empreendimentos diversos, tenta agora reescrever a história do grupo, equilibrando a experiência adquirida com as exigências de um mercado em constante transformação.
Futuro incerto, mas com planos em andamento
Apesar dos desafios, o esforço de Germán Efromovich para reconstruir o império construído nos anos 2000 segue em curso. A reativação de estaleiros no Brasil, a intenção de relançar uma companhia aérea na Argentina e a diversificação de investimentos mostram que o empresário aposta na resiliência do Synergy Group.
Com presença histórica nos setores de aviação e construção naval, o grupo precisa agora conquistar novamente a confiança de investidores, parceiros e do mercado para consolidar essa nova etapa de crescimento. O caminho será longo e depende de fatores como estabilidade econômica na América Latina, evolução das cadeias logísticas globais e políticas públicas voltadas ao fortalecimento da indústria regional.
Enquanto isso, Germán Efromovich permanece como uma das figuras mais conhecidas do empresariado latino-americano, tentando transformar dificuldades em novas oportunidades de negócios.
Fontes: Wikipedia, CNN, Extra, Aviacionline.
