Os benefícios da energia renovável vão além do meio ambiente e já transformam economias, geram empregos e redefinem o futuro energético com impacto positivo em todo o mercado.
A energia sustenta o desenvolvimento de qualquer sociedade.
Desde as primeiras revoluções industriais até os dias atuais, a forma como produzimos e consumimos energia moldou economias, influenciou políticas e transformou o meio ambiente.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), desde a Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, a humanidade ou a depender fortemente do carvão para alimentar máquinas e fábricas, o que mudou radicalmente a matriz energética mundial.
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Nos últimos anos, o interesse por fontes limpas cresceu significativamente.
Assim, os benefícios da energia renovável ganharam destaque em debates públicos, decisões empresariais e políticas governamentais, devido ao impacto positivo que exercem em vários setores da sociedade.
Conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a partir da década de 1970, movimentos ambientais globais impulsionaram a busca por alternativas energéticas mais sustentáveis.
Historicamente, o crescimento econômico dependia da disponibilidade de energia barata e abundante.
Contudo, o modelo baseado em combustíveis fósseis mostrou-se insustentável a longo prazo, principalmente pelos impactos ambientais graves.
Por isso, a mudança para fontes renováveis representa não só uma resposta ambiental, mas uma transformação necessária para garantir o futuro do planeta e da economia global.
A origem das fontes de energia e a busca por alternativas
Por séculos, a humanidade utilizou exclusivamente fontes naturais e renováveis, como madeira, força dos rios e ventos, para gerar energia.
Entretanto, com a Revolução Industrial, o cenário mudou drasticamente.
Conforme o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), o carvão tornou-se a principal fonte energética para alimentar indústrias e o transporte no século XIX.
O petróleo e o gás natural surgiram como as próximas fontes dominantes durante o século XX, oferecendo maior eficiência e energia concentrada.
Essas fontes, chamadas de combustíveis fósseis, proporcionaram avanços tecnológicos e econômicos sem precedentes, mas também causaram sérios problemas ambientais, como poluição do ar, aumento do efeito estufa e crise climática global.
De acordo com o Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a queima de combustíveis fósseis é responsável por cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa desde a Revolução Industrial.
A partir da segunda metade do século XX, surgiram os primeiros alertas sobre os impactos do uso indiscriminado dessas fontes poluentes.
A conscientização ambiental cresceu, impulsionada por desastres ecológicos e estudos científicos, o que levou o mundo a refletir sobre a necessidade de mudar o modelo energético.
Um marco importante foi a Conferência de Estocolmo em 1972, organizada pela ONU, que estabeleceu a sustentabilidade como prioridade global.
Nesse contexto, as energias renováveis voltaram ao centro das discussões, agora com o respaldo da ciência e da tecnologia moderna. No ado, as fontes renováveis eram limitadas e pouco eficientes.
Contudo, os avanços tecnológicos mudaram esse quadro.
Hoje, captamos energia solar em larga escala, aproveitamos ventos fortes em várias regiões e produzimos energia limpa com custos cada vez mais competitivos.
Segundo o relatório da IEA de 2023, a energia solar fotovoltaica e a eólica lideram o crescimento no setor, com uma expansão anual de cerca de 15%.
O que é energia renovável?
A energia renovável provém de recursos que se regeneram naturalmente e estão sempre disponíveis ou se renovam ciclicamente na natureza.
Entre as principais fontes, destacam-se a energia solar, energia eólica, energia hidrelétrica, biomassa e geotérmica.
Diferentemente dos combustíveis fósseis, as fontes renováveis não se esgotam com o uso e causam muito menos impacto ambiental, justificando o interesse crescente e os investimentos globais no setor.
Além disso, a energia renovável é essencial para promover o desenvolvimento sustentável, conceito que busca equilibrar as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.
Ao reduzir a poluição e proteger os recursos naturais, as fontes limpas ajudam a preservar a biodiversidade e a qualidade de vida tanto nas cidades quanto em áreas rurais.
A ONU reforça que o o à energia renovável é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030, refletindo sua importância global.
Os principais benefícios da energia renovável
Os benefícios da energia renovável abrangem vários aspectos: ambientais, econômicos, sociais e até geopolíticos.
Um dos mais claros é a redução da emissão de gases de efeito estufa, principal causador do aquecimento global.
Ao substituir fontes poluentes por alternativas limpas, diminui-se significativamente a liberação de dióxido de carbono (CO₂) e outros poluentes, contribuindo para frear as mudanças climáticas.
Outro ponto essencial é a diversificação da matriz energética.
Países que investem em fontes renováveis reduzem a dependência do petróleo e do gás natural, que muitas vezes precisam importar de regiões politicamente instáveis.
Com isso, ganham mais segurança energética e autonomia nacional, o que afeta diretamente o mercado ao diminuir a vulnerabilidade aos choques de preços típicos do setor fóssil.
Além disso, o setor de energia renovável gera muitos empregos verdes.
A construção e manutenção de painéis solares, turbinas eólicas e outras estruturas envolvem diversas etapas da cadeia produtiva, desde pesquisa até instalação e operação.
Estima-se que, segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o setor já emprega mais de 12 milhões de pessoas globalmente, impulsionando economias locais e favorecendo o desenvolvimento regional, principalmente em comunidades afastadas dos grandes centros urbanos.
O uso de energia renovável também promove a descentralização da produção.
Com sistemas solares em residências e pequenas comunidades, as pessoas am a gerar eletricidade localmente, diminuindo a dependência de grandes usinas e fortalecendo a autonomia regional.
Essa descentralização abre espaço para novos modelos de negócio e incentiva o empreendedorismo em áreas com o limitado à energia.
Os desafios e o futuro da energia limpa
Apesar dos avanços, alguns desafios permanecem.
A intermitência de fontes como solar e eólica, que dependem do clima, exige investimentos em armazenamento de energia, como baterias eficientes, e em sistemas inteligentes de distribuição capazes de equilibrar oferta e demanda em tempo real.
Também há desafios ligados à infraestrutura, capacitação técnica e democratização do o às tecnologias.
Embora os custos tenham caído significativamente, muitas regiões ainda enfrentam dificuldades para implementar essas soluções de forma eficaz.
Outro ponto importante envolve a modernização das redes elétricas, que foram projetadas para modelos centralizados e nem sempre am a integração de múltiplas fontes distribuídas.
Por isso, investimentos em atualização e políticas públicas adequadas são essenciais.
No entanto, o futuro é promissor.
Espera-se que os custos continuem caindo, as tecnologias evoluam e a conscientização sobre os benefícios da energia renovável cresça ainda mais.
A combinação entre ciência, vontade política e engajamento social pode acelerar a transformação para que a energia limpa se torne a norma, não a exceção.