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Dinamarca inaugura planta voltada à produção comercial de e-metanol
Em 13 de maio de 2025, a Dinamarca iniciou a operação da primeira usina comercial do mundo dedicada à produção de e-metanol. A empresa European Energy, em parceria com o grupo japonês Mitsui & Co., construiu a instalação na cidade de Kasso, no sul do país, segundo dados divulgados pela agência de notícias Reuters. O investimento total na planta foi de aproximadamente €150 milhões, ou cerca de US$167 milhões, de acordo com a CNN Brasil e com a própria European Energy. Com isso, o país europeu a a produzir e-metanol em escala industrial a partir de tecnologias baseadas em fontes limpas e captura de carbono. O empreendimento está alinhado com estratégias internacionais de redução de emissões e transição energética.
Produção da usina comercial de e-metanol utiliza energia renovável e captura de carbono
A planta de Kasso tem capacidade para produzir 42 mil toneladas métricas por ano, o equivalente a cerca de 53 milhões de litros de e-metanol. A produção é viabilizada por meio de energia solar e eólica, combinada à captura de dióxido de carbono proveniente de usinas de biogás e incineradores de resíduos. De acordo com a European Energy, o modelo substitui o metanol convencional, geralmente derivado de fontes fósseis como gás natural e carvão. Esse processo reduz a emissão de gases de efeito estufa, sendo considerado uma alternativa viável para setores que demandam soluções de baixo carbono. O projeto segue parâmetros de eficiência energética e sustentabilidade operacional.
Transporte marítimo adota e-metanol como alternativa aos combustíveis tradicionais
A maior parte do e-metanol será destinada ao transporte marítimo, com destaque para a empresa Maersk, segundo dados publicados pela própria companhia e pela Reuters. A Maersk já opera 13 navios porta-contêineres com motores que aceitam tanto e-metanol quanto óleo combustível. Outros 13 navios com a mesma tecnologia estão em fase de encomenda. Essa transição atende às metas da Organização Marítima Internacional (OMI), que prevê a redução de emissões no setor naval até 2050. A planta da Dinamarca visa atender essa demanda emergente, oferecendo uma opção de menor impacto ambiental para o transporte global de cargas.
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Setores industrial e farmacêutico iniciam uso gradual de e-metanol
Empresas como a farmacêutica Novo Nordisk e a fabricante de brinquedos Lego também utilizarão o e-metanol, conforme reportagens da CNN Brasil. A partir do segundo semestre de 2025, a Novo Nordisk pretende aplicar o combustível na fabricação de canetas de injeção descartáveis. A Lego, por sua vez, fará uso do insumo na produção de blocos plásticos. Ambas as companhias preveem alinhamento com metas de neutralidade de carbono até 2030. A diversificação de uso confirma o potencial do e-metanol em diferentes segmentos da indústria, com foco em redução de emissões.
Sistema de aproveitamento térmico atende residências da região de Kasso
Além da produção de combustível, a planta de Kasso conta com um sistema que reaproveita o calor gerado no processo industrial. A European Energy informou que aquecerá cerca de 3.300 residências na cidade onde construiu a usina, utilizando esse calor. Esse modelo colabora para o uso eficiente de energia térmica, integrando o sistema produtivo com benefícios diretos à comunidade local. A iniciativa segue princípios de economia circular e responsabilidade social empresarial.
Custo de produção ainda é elevado, mas projeções indicam tendência de redução
Atualmente, segundo entrevista concedida à Reuters pelo CEO da European Energy, Knud Erik Andersen, o custo de produção do e-metanol ainda é superior ao dos combustíveis fósseis. “Espera-se alcançar a paridade de preços até 2035, impulsionada pela expansão da capacidade produtiva e pelo avanço tecnológico. À medida que cresce a demanda por combustíveis limpos, os operadores tendem a reduzir gradualmente os custos operacionais. Ainda assim, o cenário depende de investimentos contínuos em inovação e infraestrutura.
Modelo da usina comercial de e-metanol será replicado globalmente
A European Energy confirmou planos de expansão do modelo dinamarquês em outras regiões, conforme nota oficial emitida em janeiro de 2025. Projetos semelhantes estão em andamento na Europa, nos Estados Unidos, na Austrália e no Brasil, respeitando as condições locais de produção e demanda energética. Busca-se replicar o processo que utiliza energias renováveis e captura de carbono, promovendo alternativas sustentáveis em escala global. As iniciativas integram um esforço internacional pela transição para uma matriz energética menos dependente de fontes fósseis.
Usina comercial de e-metanol representa avanço técnico com visão realista
A inauguração da usina de e-metanol, realizada em maio de 2025, representa um avanço na busca por alternativas mais sustentáveis à matriz energética atual. Contudo, especialistas ressaltam que o e-metanol ainda enfrenta desafios técnicos, logísticos e econômicos para sua plena adoção em larga escala. Embora promissora, a tecnologia ainda demanda tempo para atingir maturidade suficiente no mercado global de combustíveis. A planta de Kasso, portanto, deve ser vista como um o importante e não como solução definitiva dentro de uma cadeia ampla de transição energética.
