Cientistas revelam impacto do aditivo alimentar no metabolismo e alertam sobre consequências para a saúde pública
Um estudo divulgado em junho de 2025 pela Universidade de Jiaxing Nanhu, na China, aponta que o dióxido de titânio, presente em alimentos industrializados, pode provocar alterações metabólicas significativas.
A pesquisa, publicada na revista Food and Chemical Toxicology, destaca que nanopartículas do corante afetam a produção de hormônios intestinais essenciais à regulação do apetite, da glicemia e do metabolismo.
Os pesquisadores analisaram três grupos de ratos: um exposto ao corante em nanopartículas, outro a partículas maiores e um terceiro sem contato com o aditivo.
Apenas os animais expostos às nanopartículas apresentaram níveis reduzidos dos hormônios ligados à saciedade e digestão.
Além disso, houve elevação significativa da glicose no sangue, atribuída à menor diferenciação celular no intestino.
Esse processo prejudicou a liberação de substâncias como GLP-1 e PYY, fundamentais no controle da glicemia e na sinalização da saciedade.
Risco metabólico aumenta com consumo recorrente
Diante dessas descobertas, os autores do estudo indicam que os efeitos observados podem estar ligados ao aumento do risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e obesidade em longo prazo.
Embora os testes tenham sido realizados em ratos, os mecanismos fisiológicos envolvidos se assemelham aos humanos.
Isso acende um sinal de alerta sobre o consumo contínuo e elevado do corante em alimentos industrializados.
Indústrias alimentícias utilizam frequentemente o dióxido de titânio em produtos como bolos, sucos, recheios, coberturas e doces para intensificar a cor branca e melhorar o aspecto visual.
Ao incluir continuamente esse aditivo na alimentação cotidiana, elas expõem crianças e adultos a riscos que autoridades de saúde de vários países, até então, consideravam mínimos.
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Europa e Estados Unidos avançam em restrições
No cenário internacional, diversos países e organizações têm direcionado atenção crescente à regulamentação do dióxido de titânio.
Desde 2022, a União Europeia proibiu a substância em alimentos com base em estudos que associaram o aditivo a riscos como genotoxicidade, danos intestinais, imunológicos e neurológicos.
Nos Estados Unidos, houve polêmica envolvendo o uso do corante em doces como o Skittles.
Em resposta, a empresa Mars anunciou em maio de 2025 que não utiliza mais o composto em sua formulação.
No Brasil, a Anvisa reavaliou o ingrediente entre 2023 e setembro de 2024 e concluiu que os dados disponíveis não justificavam a restrição até o momento.
Contudo, desde 2010, a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde, classifica o dióxido de titânio como “possivelmente cancerígeno para humanos”.
Essa classificação se baseia em evidências experimentais em animais expostos ao composto por via inalatória.
Texto segue diretrizes editoriais rigorosas
Um estudo divulgado em junho de 2025 por cientistas da Universidade de Jiaxing Nanhu, na China, trouxe novos alertas sobre o dióxido de titânio.
O corante, muito usado em alimentos industrializados, foi associado a alterações hormonais e metabólicas com potencial de causar doenças crônicas.
A pesquisa, publicada na revista Food and Chemical Toxicology, observou impactos graves provocados por nanopartículas do aditivo em organismos vivos.
Nos testes com ratos, houve redução significativa de hormônios ligados à saciedade e ao controle glicêmico, como GLP-1 e PYY.
Esses efeitos surgiram porque o aditivo prejudicou a diferenciação celular no intestino, afetando diretamente a produção hormonal e a regulação do metabolismo.
Os cientistas destacam que, embora o estudo tenha sido feito com animais, os resultados acendem alerta para riscos semelhantes em seres humanos.
Orientações para consumidores e autoridades
Especialistas, portanto, recomendam que os consumidores leiam atentamente os rótulos dos alimentos industrializados.
Além disso, é importante considerar reduzir a ingestão de produtos que contenham dióxido de titânio, especialmente aqueles voltados ao público infantil.
Nesse sentido, a substituição por corantes naturais pode ser uma alternativa mais segura, principalmente em dietas de longo prazo.
Do mesmo modo, também é essencial acompanhar eventuais revisões das autoridades sanitárias, como a Anvisa, que, por sua vez, poderão reavaliar o uso do aditivo com base em novas evidências.
Ademais, o avanço das pesquisas em nanotecnologia e toxicologia alimentar deve orientar futuras decisões sobre a segurança desses compostos.
Por fim, isso reforça a necessidade de uma abordagem preventiva no consumo diário de alimentos ultraprocessados.