Pesquisadores da USP identificam dois dos vulcões mais antigos da Terra no Pará, com quase 1,9 bilhão de anos e possíveis reservas de ouro e outros minérios sob suas estruturas
Dois dos vulcões mais antigos do planeta estão em território brasileiro, no sul do Pará. Com quase 1,9 bilhão de anos, as formações foram descritas por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que divulgaram o estudo em 2002.
Eles ficam entre os rios Tapajós e Jamanxim, em uma área remota coberta por vegetação. O mais antigo deles tem hoje formato de monte arredondado, com aproximadamente 200 metros de altura e 1,7 quilômetro de diâmetro. O outro atinge 300 metros de altura.
A pesquisa feita pela USP revelou que sob essas estruturas há uma reserva importante de minérios. A profundidade varia de 100 metros a um quilômetro, e pode conter ouro, prata, cobre, zinco e molibdênio.
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Antes desse estudo, era comum associar essas jazidas a falhas geológicas. A descoberta mostrou que as rochas vulcânicas da região também podem abrigar esse tipo de riqueza mineral.
Os cientistas usaram imagens de satélite, radar e análises da composição das rochas para chegar às conclusões. O resultado indicou que a área ou por atividade vulcânica intensa durante a era Paleoproterozóica, e permaneceu ativa por cerca de 40 milhões de anos.
Na época de atividade, os vulcões espalharam lava e rochas incandescentes por milhares de quilômetros quadrados. O território atingido ia desde o rio Tocantins, ao leste, até o extremo norte do estado do Pará.
Hoje, esses vulcões estão extintos. Escondidos pela floresta, não oferecem riscos de erupções.
Segundo os pesquisadores, as estruturas estão em bom estado de preservação. Eles quase não sofreram erosões ou impactos causados por movimentações da crosta terrestre, mesmo com a agem de tanto tempo.
Com informações de Metrópoles.
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