Dólar recua após novas tarifas de Trump, enquanto o Ibovespa acompanha a queda dos mercados globais. Entenda os impactos na economia!
O mercado financeiro amanheceu sob forte turbulência nesta quinta-feira (3), com o dólar abrindo em queda expressiva frente ao real, enquanto o Ibovespa também registrava perdas significativas. A reação ocorre um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializar um pacote de tarifas sobre importações, impactando economias ao redor do globo.
Dólar cai mais de 1,5% com temor sobre os impactos das tarifas
Por volta das 9h, o dólar registrava uma queda de mais de 1,50%, sendo negociado a R$ 5,61. A desvalorização não ocorreu apenas em relação ao real, mas também diante de outras moedas globais.
O índice DXY, que mede o desempenho da moeda norte-americana em relação a uma cesta de moedas internacionais, recuava cerca de 2%, atingindo sua menor cotação desde setembro do ano ado.
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A forte queda do dólar reflete o receio de investidores sobre os impactos da nova política tarifária dos Estados Unidos.
O receio é que o aumento das tarifas provoque um efeito cascata no custo de insumos e produtos finais, pressionando a inflação norte-americana e comprometendo o crescimento econômico do país.
Ibovespa opera em baixa, acompanhando pessimismo internacional
Enquanto o dólar recua, o Ibovespa também registra um dia de perdas, acompanhando a aversão global ao risco.
Os mercados acionários pelo mundo reagem negativamente ao impacto das tarifas impostas por Trump, o que afeta diretamente a bolsa brasileira.
O principal índice da B3 operava em queda logo nas primeiras horas do pregão, refletindo o movimento de cautela dos investidores.
Na véspera, o Ibovespa havia fechado com leve alta de 0,03%, aos 131.190 pontos. No acumulado da semana, o índice registra uma queda de 0,54%, enquanto no mês apresenta um leve avanço de 0,71%. No acumulado do ano, o saldo segue positivo, com ganho de 9,07%.
Impactos das tarifas de Trump no Brasil e no mundo
O pacote tarifário anunciado pelo presidente norte-americano prevê que as tarifas cobradas sobre produtos importados pelos Estados Unidos sejam equivalentes a pelo menos metade das tarifas aplicadas por esses países aos produtos americanos.
O Brasil foi um dos países que receberam uma taxa mais branda, de 10% sobre todas as importações.
Apesar disso, a medida não foi bem recebida pelos mercados, pois implica um aumento no custo de insumos para indústrias dos Estados Unidos, o que pode gerar uma inflação adicional e reduzir o consumo.
Para os países exportadores, o impacto pode ser uma queda na demanda por produtos e uma desvalorização cambial, como já observado no caso do dólar.
A Europa e regiões da Ásia e Oriente Médio foram as mais afetadas pelo novo pacote, com tarifas que ultraam 40% em alguns casos.
O efeito imediato foi um recuo generalizado nos principais índices acionários globais, dado o receio de que tais medidas prejudiquem o comércio internacional e retardem a recuperação econômica pós-pandemia.
Cenário incerto e atenção dos investidores
Os próximos dias serão decisivos para entender os desdobramentos dessa nova política tarifária e seu impacto na economia global.
O mercado seguirá atento às próximas declarações de Trump e dos principais líderes globais, assim como aos movimentos de bancos centrais ao redor do mundo.
Enquanto isso, os investidores mantêm uma postura de cautela, buscando ativos mais seguros em meio à instabilidade.
No Brasil, a atenção se volta também para os desdobramentos internos da política monetária e fiscal, que podem influenciar o comportamento do dólar e da bolsa nas próximas semanas.