1. Início
  2. / Economia
  3. / Dólar registra sétima queda seguida e fecha a R$ 5,64; Ibovespa sobe com expectativa sobre juros
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

Dólar registra sétima queda seguida e fecha a R$ 5,64; Ibovespa sobe com expectativa sobre juros

Escrito por Ana Alice
Publicado em 20/03/2025 às 17:10
Dólar cai para R$ 5,64 com Fed mantendo juros. Ibovespa sobe 0,79% à espera do Copom. Veja o impacto no mercado e no seu bolso!(Imagem: Reprodução/IA)
Dólar cai para R$ 5,64 com Fed mantendo juros. Ibovespa sobe 0,79% à espera do Copom. Veja o impacto no mercado e no seu bolso!(Imagem: Reprodução/IA)

Dólar em queda! A moeda norte-americana fechou a sétima sessão consecutiva em baixa, cotada a R$ 5,64, enquanto o Ibovespa disparou! A decisão do Fed de manter os juros nos EUA e a expectativa pelo Copom no Brasil agitam os mercados. Saiba como essas movimentações afetam seu bolso e os investimentos!

O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (19) com queda de 0,43%, atingindo R$ 5,64, o menor valor desde outubro do ano ado.

O Ibovespa, principal índice da B3, avançou 0,79% e fechou aos 132.508 pontos, impulsionado pelas decisões sobre taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

O mercado segue atento às movimentações do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, cujas decisões influenciam diretamente a economia global e os investimentos.

Dia
ATÉ 90% OFF
💘 Dia dos Namorados Shopee: até 20% OFF com o cupom D4T3PFT! Só até 11/06!
Ícone de Episódios Comprar

Decisão do Fed mantém juros nos EUA

O Fed anunciou a manutenção das taxas de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, conforme já era esperado pelo mercado.

O posicionamento do banco central norte-americano reflete uma estratégia cautelosa diante das incertezas econômicas, mas indica a possibilidade de dois cortes de juros ainda este ano, o que pode impactar os mercados emergentes, como o Brasil.

A decisão de manter os juros altos nos Estados Unidos torna investimentos em países desenvolvidos mais atraentes, reduzindo a demanda por ativos de risco, como os de mercados emergentes.

Contudo, o mercado já começa a precificar uma eventual mudança nessa política monetária, o que pode ter reflexos na cotação do dólar e no desempenho da bolsa brasileira nos próximos meses.

Expectativa pelo Copom no Brasil

Ainda nesta quarta-feira, após o fechamento dos mercados, o Copom divulgará sua decisão sobre a taxa Selic.

A expectativa dos analistas é de um aumento de 1 ponto percentual, elevando a taxa básica de juros para 14,25% ao ano, o maior nível em quase 20 anos.

Essa política de aperto monetário visa conter a inflação, mas pode desacelerar a atividade econômica ao encarecer o crédito e reduzir o consumo.

Impacto no mercado financeiro

Com a manutenção dos juros nos Estados Unidos e a expectativa de alta da Selic no Brasil, os investidores continuam ajustando suas estratégias.

O dólar acumulou:

  • Queda de 1,67% na semana
  • Recuo de 4,54% no mês
  • Desvalorização de 8,61% no ano

Já o Ibovespa registrou os seguintes desempenhos:

  • Alta de 2,75% na semana
  • Avanço de 7,91% no mês
  • Ganho de 10,16% no ano

Políticas econômicas e perspectivas

O governo brasileiro acompanha de perto a evolução do cenário econômico.

Nesta quarta-feira, a Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, divulgou o Boletim Macrofiscal, com novas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação.

A estimativa de crescimento do PIB para este ano permaneceu em 2,3%, abaixo da expansão registrada no ano ado, que foi de 3,4%.

Já a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, subiu de 4,8% para 4,9%, refletindo desafios na contenção dos preços.

Comércio global e políticas tarifárias

Outro fator que segue influenciando os mercados é a política tarifária dos Estados Unidos.

O presidente norte-americano, Donald Trump, manteve algumas tarifas sobre importações, enquanto outras foram suspensas temporariamente.

Especialistas alertam que essas tarifas podem aumentar os custos de produção, impactar os preços ao consumidor e contribuir para a inflação nos EUA.

Além disso, as incertezas comerciais afetam a confiança dos investidores e podem desacelerar a economia global, prejudicando mercados emergentes como o Brasil.

Como essas decisões impactam o consumidor?

As definições de juros no Brasil e nos Estados Unidos não afetam apenas grandes investidores, mas também o dia a dia dos consumidores.

Com juros elevados, o crédito se torna mais caro, dificultando financiamentos e compras parceladas.

Além disso, o comportamento do dólar impacta diretamente os preços de produtos importados, como eletrônicos e combustíveis, que podem ficar mais caros ou baratos dependendo da cotação da moeda norte-americana.

Expectativas para os próximos meses

O mercado continuará monitorando os desdobramentos das políticas monetárias no Brasil e nos Estados Unidos.

A projeção é de que a Selic permaneça elevada por um período prolongado, até que os indicadores de inflação mostrem uma desaceleração mais expressiva.

No cenário externo, os investidores aguardam os próximos os do Fed para entender como o banco central norte-americano ajustará sua política diante da desaceleração econômica global.

Com isso, as oscilações no câmbio e na bolsa devem continuar nos próximos meses, à medida que o mercado assimila novas informações e reavalia riscos e oportunidades.

Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (G) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

Compartilhar em aplicativos