Em uma missão clandestina e congelante, equipe descobre arsenal esquecido dentro do Minsk, navio de guerra soviético há 8 anos fora de operação
Um grupo de exploradores urbanos decidiu enfrentar o frio extremo e os riscos legais para invadir o porta-aviões soviético Minsk, abandonado há quase uma década. O navio está ancorado em uma região remota da Ásia Oriental, envolto por seguranças, sensores e câmeras.
Com um ado glorioso na Marinha da URSS, o Minsk se transformou em um colosso esquecido, carregado de armamentos e vestígios de tecnologia militar da era soviética. O objetivo da missão era simples e perigoso: entrar, documentar e sair ilesos.
A aventura começou ainda no planejamento, com reconhecimento da área, estudo de rotas e identificação de obstáculos como guardas armados e cães de vigilância. “A câmera térmica no convés era nosso maior medo”, relatou um dos membros.
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Para evitar detecção, os exploradores decidiram agir no início da manhã de um domingo gelado, confiando que a base estaria menos ativa. O plano envolvia atravessar um lago congelado e subir a bordo com trajes de mergulho e mochilas pesadas.
A temperatura era de -5 °C, e o risco de hipotermia era real. “Nadar nesse gelo é pedir para congelar vivo”, disse um dos participantes antes da travessia.
Depois de alguns minutos agonizantes na água gelada, o grupo conseguiu encontrar um ponto de entrada e se escondeu dentro do navio para trocar de roupa e secar o equipamento.
“O silêncio lá dentro era absoluto. A gente só ouvia a água pingando e os sons metálicos do próprio navio”, comentou um dos líderes da expedição, já dentro da embarcação.
O ambiente hostil e escuro reforçava a urgência: tudo deveria ser feito antes que fossem descobertos ou pegos pela vigilância armada.
Armas esquecidas e um caça soviético intacto
Dentro do Minsk, os exploradores encontraram muito mais do que esperavam: torpedos, bombas e mísseis esquecidos nas profundezas do navio. Um verdadeiro acervo bélico da era soviética.
O porta-aviões, ativo desde 1978, foi um dos maiores símbolos navais da União Soviética. Classificado como cruzador de aviação pesada, transportava caças, helicópteros e armas de longo alcance.
Entre os armamentos encontrados, destacou-se um míssil P-500 Bazalt, com capacidade para carregar ogivas nucleares e alcance superior a 550 km. “Isso aqui podia afundar um porta-aviões inteiro sozinho”, disse um dos membros, em choque.
O ponto alto da exploração foi a descoberta de um MiG-23BN, um caça de ataque ao solo ainda intacto no hangar interno. Junto dele, estavam bombas aéreas e mísseis guiados armazenados de forma precária.
As luzes fracas do local revelavam sistemas eletrônicos antigos, cartuchos de munição e paineis de controle abandonados, dando a sensação de que o tempo havia simplesmente parado ali.
Em salas laterais, eles encontraram torpedos Tipo 53, típicos da frota submarina russa, além de materiais de manutenção e uniformes militares em decomposição.
“Foi como andar por uma cápsula do tempo”, descreveu um dos exploradores. “Tudo parecia pronto para uso, como se alguém pudesse simplesmente voltar amanhã e ativar tudo de novo.”
A tensão era constante. Sabiam que qualquer descuido poderia custar a liberdade — ou pior, a vida.
Labirintos, poeira tóxica e a vigilância implacável
O interior do Minsk revelou-se um verdadeiro labirinto de aço, com corredores estreitos, escadas verticais e compartimentos ocultos por décadas de abandono.
A umidade e o frio dificultavam a movimentação. Muitas portas estavam enferrujadas e exigiam força para abrir, gerando barulhos indesejados que podiam atrair atenção externa.
Em uma das salas mais profundas, o grupo encontrou resíduos de amianto, um material altamente tóxico usado em navios soviéticos da época. “Dá para sentir o arranhado na garganta”, reclamou um dos exploradores, tossindo.
Câmeras térmicas e sensores de movimento foram identificados em alguns pontos, obrigando os invasores a permanecer em silêncio absoluto durante longos períodos.
A tensão aumentou quando avistaram um guarda com binóculos e colete refletivo observando o convés. “Se ele subir, estamos encurralados”, sussurrou um dos membros.
Diante do risco, decidiram aguardar o anoitecer para ar as áreas externas do navio, onde ficavam os radares e mísseis do convés superior.
Durante esse tempo, exploraram as áreas de comando e encontraram mapas navais, aparelhos de rádio soviéticos, telefones antigos e documentos técnicos.
“Era como se a tripulação tivesse saído às pressas, deixando tudo para trás”, comentou outro membro, observando um rádio ainda conectado à parede.
A fuga e o legado de uma missão quase impossível
Com o escurecer, a equipe deixou o interior do navio e subiu até o convés, onde puderam observar de perto os lançadores de mísseis e antenas de radar soviéticas cobertas de ferrugem.
Com o vento cortante e a visibilidade ainda reduzida, decidiram iniciar a retirada estratégica, cientes de que o momento mais crítico da missão ainda estava por vir.
Colocar os trajes de mergulho gelados novamente foi uma provação física e psicológica. “Parecia que estávamos vestindo gelo puro”, relatou um dos membros.
A travessia do lago, feita novamente no escuro, foi silenciosa e meticulosa. Nenhum som além da água congelada e da respiração ofegante dos mergulhadores.
Chegando à margem, iniciaram uma caminhada de 40 minutos até o veículo, deixado longe para evitar suspeitas. A tensão só deu lugar ao alívio quando finalmente entraram no carro.
“Foi a missão mais louca que já fizemos. Mas conseguimos — e isso ninguém tira da gente”, concluiu o líder da expedição, esgotado, mas visivelmente emocionado.
O legado da missão vai além das imagens e vídeos captados: trata-se de uma viagem pela história esquecida, pelos rastros da Guerra Fria e pelo poder de resistência humana diante do desconhecido.
A aventura no Minsk serve como um lembrete de que, mesmo abandonados, os símbolos da guerra ainda carregam segredos, memórias e riscos — esperando serem redescobertos.