Primeira missão do Projeto Kuiper acontece em 9 de abril e marca entrada da empresa de Jeff Bezos na corrida pela conectividade global via satélite.
A Amazon, empresa do bilionário Jeff Bezos, se prepara para dar um novo o no setor de conectividade global com o lançamento de seus primeiros satélites de comunicação. O objetivo é oferecer o à internet de alta velocidade em áreas remotas e disputar espaço com a Starlink, do também bilionário Elon Musk, atual líder do segmento.
A missão representa um marco no projeto Kuiper, iniciativa da Amazon que visa estabelecer uma constelação própria de satélites em órbita terrestre baixa. O primeiro lançamento com 27 satélites está programado para ocorrer no próximo dia 9 de abril, às 13h (horário de Brasília), a partir da base de Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos.
Satélites serão lançados com foguete Atlas V
O lançamento será realizado com o foguete Atlas V, operado pela United Launch Alliance (ULA) — uma t venture entre as gigantes aeroespaciais Boeing e Lockheed Martin. A ULA já havia lançado, em 2023, dois protótipos do projeto Kuiper, o que permitiu à Amazon realizar os primeiros testes de conectividade.
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Com o novo lançamento, a empresa avança para a fase operacional da constelação, que poderá contar com até 3.200 satélites no total. Esses dispositivos serão responsáveis por fornecer internet via satélite a comunidades de difícil o, especialmente em áreas rurais ou com infraestrutura limitada.
Amazon quer rivalizar com Starlink, de Elon Musk
A principal concorrente da Amazon nesse mercado é a Starlink, da SpaceX, empresa de Elon Musk. Atualmente, a Starlink conta com mais de 6.750 satélites em órbita, de acordo com informações do próprio site da companhia. Com presença global, a Starlink fornece o à internet em mais de 70 países e já ultraou 2 milhões de usuários.
A Amazon, por sua vez, aposta em sua estrutura de tecnologia e logística para entrar de forma competitiva nesse setor. Segundo a companhia, o serviço de internet via satélite deverá começar a ser disponibilizado ainda em 2025, com expansão progressiva da rede ao longo dos próximos anos.
Corrida por conectividade global atrai novos concorrentes
Além da Amazon e da Starlink, outros players também estão se posicionando no mercado de internet via satélite. A europeia Eutelsat aparece como a segunda maior operadora global, enquanto empresas como a Guo Wang (da China) e a canadense Telesat também desenvolvem projetos de constelações próprias.
O mercado é considerado estratégico por envolver tanto aplicações comerciais quanto usos governamentais, incluindo comunicações em áreas de desastre, e a missões militares e ampliação do o à internet em regiões desassistidas.
Internet via satélite: tendência e desafios
O modelo de internet por meio de satélites de órbita baixa oferece vantagens em relação às tecnologias convencionais, como menor latência e maior cobertura geográfica. No entanto, o setor enfrenta desafios como o custo elevado de lançamento, a necessidade de terminais de recepção íveis e a gestão do tráfego crescente em órbita.
A Amazon afirma que, além da velocidade de conexão, seus satélites foram projetados para operar com segurança e confiabilidade em diferentes ambientes. A empresa ainda não divulgou detalhes sobre os preços do serviço ou modelos de antenas que serão usados pelos consumidores.
Jeff Bezos e Elon Musk ampliam disputa além do varejo e do espaço
A entrada da Amazon no setor de internet via satélite intensifica a rivalidade entre Jeff Bezos e Elon Musk, que já disputam espaço nos setores aeroespacial e de tecnologia há anos. Bezos é também fundador da Blue Origin, concorrente direta da SpaceX em lançamentos espaciais e contratos com agências governamentais.
A nova etapa do projeto Kuiper sinaliza que a Amazon está determinada a expandir sua atuação para além do comércio eletrônico e dos serviços em nuvem, investindo em infraestrutura crítica de conectividade — um dos pilares do crescimento digital global.
Com o lançamento de seus 27 primeiros satélites, a Amazon dá início à construção de uma rede que poderá atender milhões de pessoas em todo o mundo. A expectativa do setor é de que a empresa aproveite sua escala global para oferecer uma alternativa competitiva à Starlink, contribuindo para a democratização do o à internet em diversas regiões.
Fonte: Carta Capital
Seria até bom, se o Lula não fosse contra o crescimento do País.