Nos bastidores da revolução agrícola no Brasil, um gigante asiático planeja transformar o setor com uma ofensiva surpreendente. A chegada dos tratores chineses da Yto promete revirar o mercado agrícola, criando uma disputa acirrada com empresas já estabelecidas. Você sabia que a agricultura brasileira está prestes a ar por uma mudança significativa? Descubra como essa movimentação impactará os produtores e trará uma nova dinâmica ao mercado de máquinas agrícolas.
Em 2023, a Yto anunciou oficialmente sua entrada no mercado brasileiro. Com uma proposta audaciosa, a empresa planeja conquistar 20% do mercado nacional de tratores em apenas uma década.
Para alcançar esse objetivo, a Yto firmou uma parceria estratégica com a BDG Máquinas, uma empresa brasileira com mais de 30 anos de experiência no setor automotivo.
De acordo com o canal no Youtube Fórmula Turbo, a estratégia da Yto não se limita à simples importação de tratores.
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A empresa está criando uma infraestrutura robusta que inclui lojas e centros de distribuição em locais estratégicos como Ribeirão Preto, São Paulo, e Belo Horizonte, Minas Gerais.
Essa infraestrutura é crucial para conquistar a confiança dos produtores rurais, que dependem de máquinas confiáveis para manter sua produtividade.
Segundo o canal, “a Yto apresentou sua linha de tratores na Agrishow”, uma das maiores feiras agropecuárias do Brasil, destacando modelos que variam de 24 a 240 cavalos de potência.
Esses tratores são projetados para atender as necessidades específicas dos pequenos e médios agricultores, com características como portas dos dois lados e design europeu, ideais para o cultivo de batata, mandioca, café e cana-de-açúcar.
A pergunta que fica é: será que a Yto conseguirá competir com as gigantes do setor agrícola que já dominam o mercado nacional?
Conforme o vídeo do Fórmula Turbo, o mercado de tratores agrícolas no Brasil é extremamente competitivo. Gigantes globais como AGCO, responsável pelas marcas Massey Ferguson e Valtra, e o grupo CNH, que controla as marcas Case e New Holland, já têm uma forte presença local.
“Essas empresas não cederão espaço facilmente. A John Deere, outro colosso do setor, e a Mahindra, fabricante indiana que chegou ao Brasil em 2012, também representam concorrência de peso.”, diz o canal.
Para a Yto, será necessário oferecer mais do que preços baixos. Qualidade, durabilidade e e técnico robusto são cruciais para conquistar a confiança dos agricultores brasileiros, que são conhecidos por sua exigência em relação ao desempenho das máquinas agrícolas.
Uma vantagem da nova competidora é a parceria com a Fiat, firmada em 1985. Graças a essa aliança, os sistemas de transmissão e câmbio dos tratores New Holland e Case são os mesmos utilizados nos novos tratores chineses.
Essa semelhança pode facilitar a adaptação dos agricultores brasileiros a seus novos equipamentos, aumentando a confiança e reduzindo a curva de aprendizado.
Além disso, a nova fabricante está apostando em uma estratégia agressiva de preços, utilizando o apoio do governo chinês para oferecer produtos competitivos financeiramente.
Essa abordagem já foi bem-sucedida em outros setores e pode forçar os concorrentes a reduzirem seus preços, beneficiando os produtores rurais brasileiros.
Estratégia de preço e qualidade: a fórmula para o sucesso?
Para conquistar o mercado brasileiro, a Yto está apostando em uma combinação poderosa de preço competitivo e qualidade.
Sendo uma empresa estatal, ela conta com um apoio robusto do governo chinês, o que lhe permite oferecer produtos a preços mais baixos que os concorrentes.
Essa estratégia de preço é uma arma poderosa, especialmente em um mercado onde o custo é um fator determinante para muitos agricultores. Além do preço, a qualidade dos tratores é um ponto central.
A empresa afirma que seus equipamentos são fabricados no estilo europeu, com design e funcionalidades que atendem às necessidades específicas dos agricultores brasileiros.
“Por exemplo, os tratores possuem portas dos dois lados, facilitando o o e a operação, e são ideais para o cultivo de culturas como batata, mandioca, café e cana-de-açúcar. Essa atenção aos detalhes mostra o compromisso da nova fabricante em fornecer máquinas que realmente façam a diferença no campo”, destaca o canal.
Outro aspecto crucial é o e técnico. A criação de centros de distribuição de peças e a parceria com a BDG Máquinas garantem que os agricultores terão o rápido e eficiente a peças de reposição e assistência técnica.
Isso é vital para minimizar o tempo de inatividade das máquinas e garantir que os agricultores possam manter sua produtividade.
De acordo com o Fórmula Turbo, pergunta-se ainda como a nova fabricante planeja garantir que seus tratores sejam vistos como confiáveis e duráveis pelos agricultores brasileiros.
A resposta, segundo o canal, está em uma série de iniciativas, “desde a participação em feiras agropecuárias até demonstrações práticas nas fazendas, mostrando que os tratores podem enfrentar os desafios específicos das lavouras brasileiras”.
Veja a seguir uma tabela com as principais especificações técnicas dos tratores Yto que estão chegando ao Brasil:
Modelo | Potência (cv) | Motor | Transmissão | Preço na China (RMB) | Preço no Brasil (R$) |
---|---|---|---|---|---|
Yto LF2204 | 220 | Cummins QSB6.7 | 16F+16R | 300,000 | 450,000 |
Yto LF1204 | 120 | Yto LR6B5-23 | 12F+12R | 180,000 | 270,000 |
Yto MF504 | 50 | Quanchai QC490 | 8F+4R | 70,000 | 105,000 |
Yto X904 | 90 | LR4A3Z-22 | 12F+12R | 160,000 | 240,000 |
Yto LX954 | 95 | Yto LR4B5-23 | 12F+4R | 165,000 | 247,500 |
Os preços no Brasil refletem custos adicionais como impostos de importação e taxas locais. Com base nessas informações, fica claro que a Yto está posicionada para oferecer produtos competitivos tanto em preço quanto em qualidade, criando uma pressão adicional sobre os concorrentes estabelecidos.
O futuro da Yto no Brasil: muitos empregos
O futuro da Yto no Brasil é promissor, mas também repleto de desafios. Em maio de 2024, um o significativo foi dado com a de um termo com a prefeitura de Caruaru, Pernambuco, para a construção de sua primeira fábrica no Brasil.
Este investimento inicial de 150 milhões de dólares marca o compromisso da empresa com o mercado brasileiro e sua estratégia de longo prazo para se estabelecer como uma líder no setor agrícola.
A nova fábrica terá capacidade para produzir 100 tratores por mês, com planos de aumentar essa capacidade ao longo do tempo.
O projeto prevê a criação de 3.000 empregos diretos, o que beneficiará a economia local e fortalecerá a presença da empresa no país. Este investimento robusto não só demonstra a confiança da Yto no mercado brasileiro, mas também a sua determinação em oferecer produtos competitivos e de alta qualidade.
Além da produção local, a nova fabricante está focada em garantir um e técnico robusto e eficiente.
A parceria com a BDG Máquinas e a criação de centros de distribuição de peças são parte essencial desta estratégia, garantindo que os agricultores tenham o rápido e fácil a peças de reposição e assistência técnica.
Esta abordagem é fundamental para conquistar a confiança dos agricultores e assegurar que os tratores se tornem uma escolha confiável para as fazendas brasileiras.
Para especialistas, com o apoio governamental e uma estratégia bem definida, a Yto pode ser um catalisador para uma transformação positiva no setor agrícola brasileiro.
Nesse sentido, vale a pena perguntar para você, leitor: será que o governo brasileiro deveria incentivar a entrada de mais empresas estrangeiras para aumentar a concorrência e baixar os preços, ou isso poderia prejudicar as indústrias nacionais? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão importante para o futuro da agricultura no Brasil.
Predação, é ruim para todo mundo. Que o diga a CBT, a Sta Matilde e outras. Cuidado com essas concorrências!
Preocupante. Muito embora isso é bom para o consumidor,mas é péssimo para as indústrias que aqui já estão instaladas. Principalmente para a única indústria genuinamente brasileira que atua nesse seguimento, a Agrale e suas subsidiárias. Os chineses prometeram no ado e estão andando em os firmes, querem se tornar a maior economia do mundo e pra isso não medirão esforços, mesmo que precisem praticar concorrência desleal e até tomar prejuízos se for preciso. Cuidado…
É muito preocupante, veja o meu comentario acima. A dependencia de bens é perigosa. Um exemplo foi na epoca da pandemia que o mundo ficou dependente da fabricação de respiradores, e so eles tinham capacidade de preduzir pois os paises do mundo compram peças produzidas por eles e montam o equipamendo em seus paises. Na pandemia eles deixaram claro que hoje eles dominam o mundo sem guerra, mais pelos meios economicos do fornecimento de bens para consumo das industrias e das pessoas físicas atraves dos sites de vendas.
As indústrias do segmento de máquina agrícola já instaladas não estão se preocupando em fornecedor máquina e implementos de pequeno porte para agricultura,vejam a Ásia todo produtor ou maioria deles atuam na propriedade só sem necessidade de emprego se tiver e o mínimo,os grandes tem o mercado deles, que venha novas empresas que veremos transformação no campo em curto prazo.
É q pqno produtor, colocam 70%+ alimentos-mesa povo, este que paga impostos-Agro-pop, eh via Embrapa-Agro-tech!…
Aqui só se pensa no agronegócio que tem foco no mercado externo e esquece que o setor tem a agricultura familiar que realmente abastece a mesa da população local.