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Energia solar avança 528% no Amazonas e muda economia da região; setor projeta crescimento ainda maior

Publicado em 06/05/2025 às 07:16
Energia Solar, Amazonas, Energia limpa
Imagem ilustrativa: IA

Com avanço de 528% em somente três anos, energia solar ganha força no Amazonas e transforma o interior do estado com novos investimentos, empregos e soluções sustentáveis

A energia solar está mudando o cenário energético do Amazonas. Entre 2021 e 2024, o estado registrou um crescimento impressionante de 528% na instalação de sistemas fotovoltaicos. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que apontam uma alta de 36,8 megawatts em 2021 para 231 megawatts em 2024. Residências, comércios e propriedades rurais têm adotado essa alternativa cada vez mais.

Atualmente, o Amazonas possui 10.024 usinas solares instaladas. A expectativa para 2025 é que o Brasil invista R$ 39 bilhões no setor, sendo cerca de R$ 200 milhões aplicados somente no interior do Amazonas.

Em Manaus, o setor também aqueceu o mercado de trabalho. O número de empresas que atuam na instalação desses sistemas mais que dobrou nos últimos dois anos. Segundo a plataforma Econodata, existem hoje 93 empresas ativas no estado.

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Municípios do interior acompanham a expansão

A expansão não se limita à capital. Municípios como Itacoatiara, Manacapuru e Parintins também vêm acompanhando esse avanço. O empresário Gustavo Lucena, por exemplo, fundou a Gimper Engenharia em junho de 2022 e viu a demanda crescer rápido.

Com o crescimento da procura, Lucena decidiu ampliar a atuação e adquiriu uma franquia especializada na manutenção dos sistemas. “A Gimper Engenharia iniciou suas atividades com o propósito de atender uma necessidade crescente no mercado de energia solar, especialmente na Zona Norte do Brasil. Observamos uma carência significativa de profissionais qualificados e empresas que oferecessem soluções completas e de qualidade nesse setor”, explicou.

Segundo ele, a localização da empresa foi estratégica por conta da abundância de recursos naturais e do potencial econômico e sustentável da região. “A energia solar se consolidou como uma das principais alternativas energéticas no Brasil, e o Amazonas tem acompanhado esse movimento de forma muito positiva”, afirmou.

Motivos que explicam o avanço

Lucena destaca que os principais fatores que explicam o crescimento do setor são o aumento da consciência ambiental, os incentivos fiscais, como a isenção de ICMS, e a elevação nas tarifas de energia elétrica tradicional.

Além disso, a queda nos preços dos equipamentos e os avanços tecnológicos elevaram a confiança do consumidor.

A sustentabilidade deixou de ser uma tendência e se tornou uma necessidade, e nós estamos preparados para liderar essa transição”, declarou.

Experiências de quem adotou a energia solar

A publicitária Dany Lima é um exemplo da mudança no consumo. Moradora de Manaus, ela instalou painéis solares em casa para reduzir a conta de luz.

A principal motivação foi o calor intenso aqui. A gente usa muito ar-condicionado e ventilador, então a conta vinha sempre alta. Com tanto sol o ano todo, fazia muito sentido investir em energia solar”, disse. Ela também ressaltou que o sistema tem baixa necessidade de manutenção.

O engenheiro civil Matheus Arruda também apostou na energia solar. Ele implantou o sistema em sua construtora e diz que, além da sustentabilidade, a economia é um grande benefício. Segundo Arruda, os resultados foram rápidos.

Energia solar: Brasil projeta salto nacional em 2025

Em nível nacional, o setor de energia solar se prepara para um salto em 2025. A expectativa é que a capacidade instalada aumente mais de 25%, alcançando cerca de 64,7 gigawatts (GW).

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), serão adicionados mais de 13,2 GW em nova potência. Isso representa um investimento de R$ 39,4 bilhões e a criação de aproximadamente 396,5 mil empregos em diversas regiões.

Iniciativas legais e tecnológicas impulsionam o setor

O avanço é sustentado por políticas públicas como a Lei 14.300 e a Resolução Normativa 1000 da Aneel. Ambas incentivam a geração distribuída e facilitam a adoção de sistemas solares por residências, empresas e propriedades rurais.

A tendência também é impulsionada pelo crescimento do Mercado Livre de Energia, que permite maior controle de consumo.

O Brasil vem se firmando como líder global no setor, favorecido por sua riqueza em recursos naturais e pela queda nos custos de equipamentos. A integração de tecnologias como o armazenamento em baterias promete trazer mais eficiência e flexibilidade à gestão energética.

Desafios permanecem, mas futuro é promissor

Apesar do cenário promissor, ainda há desafios. A modernização da infraestrutura elétrica é uma necessidade para atender à expansão da geração distribuída. Outro obstáculo é o aumento do Imposto de Importação sobre módulos fotovoltaicos, que pode elevar os custos dos projetos.

Mesmo com esses entraves, as perspectivas são positivas. A energia solar caminha para se tornar uma das principais bases do futuro energético do país.

Com informações de A Crítica.

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Romário Pereira de Carvalho

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