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Enquanto o Japão acabou de quebrar o mercado de ações, a China devora o mercado de elétrico deles: Japoneses enfrentam forte onda de baixa do iene enquanto chineses aproveitam a ‘glória’ dos veículos elétricos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/08/2024 às 09:30
Japão, China, Economia, mercado, veículos
Foto: reprodução MoneyTimes

Japão enfrenta desafios na economia enquanto a China conquista o mercado de veículos elétricos com rapidez e eficiência

O Japão, uma das maiores potências econômicas do mundo, está em meio a uma crise profunda na sua economia que está abalando suas estruturas financeiras e industriais. Enquanto o Banco do Japão (BoJ) luta para controlar a desvalorização do iene e a inflação crescente, a China, com sua agressiva estratégia de mercado, está rapidamente tomando conta do setor de veículos elétricos, outrora dominado pelos japoneses, de acordo com o vídeo do canal Mobility Channel – MOCHA.

Nos últimos anos, o BoJ tem adotado medidas drásticas para conter a queda do iene, acumulando trilhões de ienes em títulos do governo japonês e mantendo as taxas de juros em níveis historicamente baixos. No entanto, essas medidas têm se mostrado insuficientes para resolver os problemas fundamentais da economia japonesa. O colapso do iene está corroendo o poder de compra dos consumidores e aumentando os custos de importação, afetando diretamente a produção industrial do país.

Crise na economia e produção em declínio

A desvalorização do iene tem impactado severamente o poder de compra da população japonesa. Embora os salários nominais estejam aumentando, os ganhos reais, ajustados pela inflação, continuam em queda, levando os consumidores a cortar gastos em áreas não essenciais. Esse declínio no consumo interno é um reflexo direto da perda de confiança na economia, alimentada pela instabilidade monetária e pela incerteza em relação ao futuro.

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Foto: Jornal GGN

Paralelamente, a produção industrial do Japão está em declínio. Dados recentes mostram que a produção fabril caiu 3,6% em junho, uma queda significativa que não foi compensada pela desvalorização do iene. Tradicionalmente, uma moeda mais fraca favoreceria as exportações, tornando os produtos japoneses mais competitivos no mercado global. No entanto, o Japão enfrenta uma realidade diferente, onde o aumento nos custos de insumos importados, como energia e metais, neutraliza qualquer benefício potencial da desvalorização.

A Toyota, maior fabricante de automóveis do Japão, exemplifica essa situação. A empresa registrou uma queda de 13,3% na produção global em junho, marcando o quinto mês consecutivo de declínio na economia. Esse resultado destaca a vulnerabilidade das cadeias de suprimentos japonesas em um cenário global cada vez mais competitivo.

China avança no mercado de veículos elétricos

Enquanto o Japão luta para manter sua posição no mercado global, a China está rapidamente expandindo sua presença, especialmente no mercado de veículos elétricos. Empresas chinesas têm demonstrado uma capacidade notável de adaptação e rapidez, conquistando mercados tradicionalmente dominados por marcas japonesas. Um exemplo notável é o caso da GAC Aion, uma fabricante chinesa de veículos elétricos, que em apenas 74 dias desde sua chegada à Tailândia, conseguiu vender seu primeiro veículo elétrico no país.

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A Tailândia, que historicamente foi um bastião das marcas japonesas, está testemunhando uma mudança rápida em seu mercado automotivo. Em 2022, 85% dos veículos vendidos no país eram de marcas japonesas. Em 2023, esse número caiu para 76%, enquanto as marcas chinesas mais que dobraram sua participação, de 4,7% para 10,3%, impulsionadas pela crescente demanda por veículos elétricos.

Essa mudança é alimentada por políticas governamentais tailandesas que incentivam a transição para energia verde, oferecendo subsídios significativos para a compra de veículos elétricos. Além disso, a velocidade com que as empresas chinesas desenvolvem e lançam novos modelos, reduzindo o tempo de desenvolvimento para apenas 18 meses, coloca os fabricantes japoneses em desvantagem competitiva.

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CARLOS
CARLOS
21/08/2024 09:01

Essa matéria não está considerando que o mercado de elétricos está encolhendo no mundo todo com o fim dos subsídios. É verdade que os carros elétricos chineses estão disputando os mercados mundiais mas a verdade é que o aperitivo do consumidor para veículos elétricos vem caindo.

Elmitton Paiva do Prado
Elmitton Paiva do Prado
Em resposta a  CARLOS
22/08/2024 06:54

Só lê matérias que vem da imprensa norte-americana e europeia. Os governos Norte-americanos e Europeus não estão tirando subsídios dos carros Chineses, na realidade estão sobretaxando

Ronaldo Santos
Ronaldo Santos
Em resposta a  CARLOS
22/08/2024 10:56

carros elétricos vai ser carros do futuro, no Brasil pode ter que pensar 2 vez por falta de posto eletrico ou pontos de carregador ultra rápido para carros, em relação aos carros a combustão os eletrico gasta 10x a 20X menos, até muito melhor do que cartos a gás natural,custos de manutenção do carros e baterias está baixando bastante e fácil de trocar as peças muito menos peças a ser trocado e não tem emissão poluentes …

Marcelo camara
Marcelo camara
21/08/2024 09:52

Ameaça a liderança da Tesla? Qual liderança?
Quem é a tesla no mundo de carros elétricos?
Testa só é líder de mercado em USA, e isso porque existe bloqueio comerciais protecionistas lá nos Estados Unidos.

Sumio
Sumio
Em resposta a  Marcelo camara
21/08/2024 21:13

Usa, Japão e Europa é errado eles proteger suas empresas?? Tem que taxar mesmo esse país que não respeita patentes!!

Elmilton Paiva do Prado
Elmilton Paiva do Prado
Em resposta a  Marcelo camara
22/08/2024 06:47

Dá zero pra ele kkk. A patente das baterias automotivas mais eficientes é de baixo custo são chinesas. A Tesla usa baterias de patente da BYD. O carro chinês é barato pq eles desenvolveram tecnologia de baterias mais eficientes e baratas. Ninguém ainda chegou perto com preço competitivo. Quando é o USA, Europa e Japão que vende em outros lugares vale o liberalismo econômico do capitalismo. Quando não sou competitivo, não!

nestor junior
nestor junior
22/08/2024 07:04

Não adianta falar criticar os chineses é ou aquilo outro, fizeram a lição de casa investiram pesado em educação infraestrutura e tecnologia hoje colherm os frutos na China tudo é planejado a longo prazo, 2040 não é ser a maior economia do mundo ao contrário é se o país mais desenvolvido e com maior classe média mundial com 500 milhões de pessoas – o Brasil se gaba fe seu agronegócio sim é verdade mas estamos destruindo florestas um erro, já China Israel Australia estão desenvolvendo tecnologia para reflorestar o deserto e ter área de plantio sustentável para substituir importações do Brasil quem não pensa ou planeja padece ou apodrece.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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