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Entenda tudo sobre treinamento de segurança offshore com este guia completo

Escrito por Adalberto Schwartz
Publicado em 04/06/2025 às 12:00
Trabalhadores offshore em treinamento de segurança ao lado de bote salva-vidas em plataforma marítima.
Profissionais participam de treinamento de segurança offshore com foco em evacuação e uso de bote salva-vidas.
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Saiba como o treinamento de segurança offshore protege vidas, evita acidentes e prepara profissionais para atuar com responsabilidade em plataformas marítimas.

Trabalhar em ambientes offshore, como plataformas de petróleo no alto-mar, exige cuidados especiais com a segurança.

Afinal, esses locais impõem desafios únicos, desde o isolamento até a exposição constante a riscos operacionais e ambientais.

Por isso, o treinamento de segurança offshore é essencial. Ele prepara os trabalhadores para lidar com essas condições adversas e preserva a integridade física e emocional da equipe.

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Além disso, as atividades complexas e o ambiente marítimo mudam a rotina. O profissional fica dias longe da família, enfrenta mudanças climáticas repentinas, convive em espaços s e encara riscos que exigem preparo.

Portanto, o treinamento vai além da técnica: ele também fortalece o lado emocional do trabalhador.

O que é um treinamento de segurança offshore?

Infográfico explicativo sobre o que é um treinamento de segurança offshore, destacando práticas como primeiros socorros, evacuação de emergência, combate a incêndios e sobrevivência no mar, com ícones ilustrativos.

O treinamento de segurança offshore consiste, basicamente, em um conjunto de práticas que preparam profissionais para atuar com segurança em plataformas marítimas.

Dessa forma, ele inclui primeiros socorros, evacuação de emergência, uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), combate a incêndios, sobrevivência no mar e conhecimento das normas regulatórias.

Esse treinamento ensina como prevenir acidentes e agir rapidamente em situações de risco. Em ambientes offshore, onde qualquer erro pode causar grandes danos, capacitar a equipe torna-se uma medida ética e legal.

Além do mais, o treinamento oferece simulações realistas. Por exemplo, os trabalhadores entram em módulos que simulam a queda de um helicóptero no mar.

Nessas experiências, desenvolvem confiança e aprendem a reagir com calma em emergências reais.

A história do treinamento e a preocupação com a segurança offshore

A exploração de petróleo em alto-mar começou no início do século XX, com os primeiros poços e plataformas ainda rudimentares.

Segundo o site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), essa fase inicial tinha poucas normas e pouca preocupação com a segurança.

Um marco histórico que mudou essa realidade foi o desastre da plataforma Piper Alpha, em 6 de julho de 1988.

Conforme detalha a Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse acidente, ocorrido no Mar do Norte, causou a morte de 167 trabalhadores e expôs falhas graves nos protocolos de segurança da época.

Em resposta, a indústria ou a investir em treinamentos padronizados e rígidos, criando normas internacionais para proteger os trabalhadores offshore.

Outro evento marcante ocorreu em 2010, com a explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México.

Segundo o site da istração de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos (OSHA), essa tragédia matou 11 pessoas e provocou um dos maiores vazamentos de petróleo da história.

A partir desse episódio, as regras ficaram ainda mais rigorosas. O treinamento de segurança ou a ser obrigatório em níveis maiores e a incluir simulações que abordam diferentes tipos de emergências.

Atualmente, a segurança offshore é tratada como prioridade máxima. Instituições como a ANP, o Ministério do Trabalho e a Marinha do Brasil colaboram para fiscalizar e atualizar as normas de segurança.

Quem deve realizar o treinamento de segurança offshore?

Infográfico explicando quem deve realizar o treinamento de segurança offshore, com ícones representando operadores, técnicos, engenheiros, cozinheiros, médicos e visitantes ocasionais.

Qualquer pessoa que vá embarcar em plataformas marítimas deve ar pelo treinamento. Isso vale para operadores, técnicos, engenheiros, cozinheiros, médicos e até visitantes ocasionais.

Empresas e órgãos reguladores, como a Marinha do Brasil e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), exigem esse preparo.

De acordo com a Norma Regulamentadora NR-37, do Ministério do Trabalho e Emprego, os treinamentos devem ser atualizados periodicamente para manter a segurança operacional.

Mesmo cargos istrativos precisam cumprir essas exigências. Afinal, em um ambiente offshore, todos são responsáveis pela segurança. Assim, ninguém pode embarcar despreparado.

Conteúdo e metodologia do treinamento offshore

O conteúdo varia conforme a função e o tipo de plataforma, mas os temas principais sempre incluem prevenção de acidentes, procedimentos de emergência, evacuação e sobrevivência no mar, combate a incêndios, primeiros socorros, uso de EPIs e normas ambientais e de segurança.

Além disso, os centros de treinamento utilizam simulações para criar experiências próximas da realidade.

Por isso, os profissionais enfrentam situações como abandonar um helicóptero submerso, combater focos de incêndio e organizar evacuações.

Ainda, além da prática, os participantes estudam as normas internacionais e nacionais, como a ISO 45001 para gestão de segurança, as diretrizes da OGP (Oil and Gas Producers), e a legislação brasileira vigente.

O objetivo é ensinar não só “o que fazer”, mas também “por que fazer”, garantindo uma compreensão profunda dos riscos e da prevenção.

Cultura de segurança e mentalidade preventiva

Infográfico explicando a cultura de segurança e mentalidade preventiva no ambiente offshore, com ícones representando respeito às normas, observação do ambiente, comunicação de riscos e proteção da coletividade.

O treinamento de segurança offshore desenvolve mais do que habilidades técnicas. Em suma, ele promove uma cultura de segurança.

Assim, o profissional aprende a agir com responsabilidade em todas as situações, inclusive nas mais rotineiras.

Ter uma mentalidade preventiva significa respeitar as normas, observar o ambiente e comunicar riscos ou atitudes perigosas. Além disso, cada trabalhador tem um papel ativo na proteção coletiva.

Essa cultura também fortalece o espírito de equipe. Quando todos valorizam a segurança, o ambiente se torna mais colaborativo e saudável.

Logo, o profissional treinado se sente mais confiante, e a empresa ganha em eficiência e produtividade.

Normas legais e cursos obrigatórios

A legislação brasileira estabelece regras específicas para o trabalho offshore. Por exemplo, a NR-37, publicada em 2011 pelo Ministério do Trabalho, trata das condições de trabalho em plataformas de petróleo.

Ela exige que os trabalhadores em por treinamentos em primeiros socorros, combate a incêndio e evacuação.

Um dos cursos mais conhecidos é o CBSP (Curso Básico de Segurança de Plataforma), exigido pela ANP e pela Marinha do Brasil.

Ele é obrigatório para quem pretende embarcar e tem validade de cinco anos. Ao final desse período, o profissional deve realizar a reciclagem para manter a certificação válida.

Outro curso essencial é o HUET (Helicopter Underwater Escape Training). Ele ensina como escapar de um helicóptero que pousa ou cai na água.

Segundo a Associação Brasileira de Treinamento em Segurança Offshore (ABTSO), a maioria dos deslocamentos até a plataforma acontece por via aérea, tornando esse treinamento indispensável.

Além disso, alguns profissionais fazem cursos complementares, como os das NRs 20 e 33, que tratam do manuseio de produtos perigosos e do trabalho em espaços confinados.

Benefícios para empresas e profissionais

Infográfico explicando a cultura de segurança e mentalidade preventiva no ambiente offshore, com ícones representando respeito às normas, observação do ambiente, comunicação de riscos e proteção da coletividade.

Investir em treinamento de segurança offshore traz inúmeras vantagens.

Por exemplo, reduz acidentes e afastamentos, aumenta a confiança dos trabalhadores, melhora a comunicação em momentos de crise, cumpre as exigências legais e valoriza o currículo profissional.

Por isso, as empresas que oferecem treinamentos demonstram responsabilidade com seus colaboradores. Assim, elas criam um ambiente mais seguro, produtivo e eficiente.

Para os profissionais, esse preparo também representa uma oportunidade. Afinal, quem possui os certificados obrigatórios encontra mais chances de contratação e se destaca no mercado.

Além do mais, empresas que investem em segurança economizam com processos judiciais, indenizações e prejuízos à imagem. Portanto, a prevenção, nesse caso, protege vidas e negócios.

O futuro do treinamento de segurança offshore

A tecnologia vem transformando os treinamentos. Hoje, centros especializados já utilizam realidade virtual para simular emergências como vazamentos de gás e evacuações noturnas.

A saúde mental dos trabalhadores também ganhou mais atenção. Assim, empresas aram a oferecer apoio psicológico e estratégias para lidar com o isolamento e o estresse da rotina offshore.

Além disso, sensores remotos, alarmes inteligentes e EPIs mais ergonômicos complementam essa evolução. Logo, os profissionais precisam de treinamento contínuo para acompanhar essas inovações e manter a eficácia das ações preventivas.

Em resumo, o treinamento de segurança offshore não é apenas uma exigência legal — ele representa um compromisso com a vida, com a prevenção e com a excelência.

Por isso, profissionais preparados evitam acidentes, lidam melhor com emergências e ajudam a construir um ambiente mais protegido.

Investir em capacitação é uma atitude responsável, que beneficia tanto empresas quanto trabalhadores. No mar, onde tudo é mais desafiador, estar pronto faz toda a diferença.

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Adalberto Schwartz

Adalberto Schwartz é engenheiro de energia e analista técnico com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energias renováveis e infraestrutura energética. Formado em Engenharia de Energia em 2003, com especialização em transição energética e exploração offshore, construiu uma carreira sólida atuando em projetos de usinas, plataformas e soluções de baixo carbono. Desde 2015, atua como comunicador técnico, produzindo conteúdos jornalísticos e análises aprofundadas sobre o cenário energético global. Seus textos unem racionalidade técnica, dados confiáveis e linguagem ível, sendo referência para profissionais do setor, investidores e interessados em geopolítica da energia.

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