PRIO adquire 60% do ativo na Bacia de Campos e reforça liderança como maior petroleira independente do Brasil; valor pode subir com juros até o fechamento.
A norueguesa Equinor anunciou nesta semana a venda de sua participação de 60% no Campo de Peregrino, localizado na Bacia de Campos, para a PRIO Tigris, subsidiária da PRIO, considerada a maior empresa independente de petróleo e gás do Brasil. O valor da transação foi definido em US$ 3,35 bilhões, com a possibilidade de acréscimo de até US$ 150 milhões em juros, dependendo da data efetiva de fechamento.
A Equinor continuará operando o campo até a conclusão da negociação, prevista para os próximos meses, enquanto a PRIO se prepara para assumir as operações. O pagamento será dividido em duas etapas: uma parcela será paga no momento da do contrato e outra no ato do fechamento, condicionado às aprovações regulatórias e legais.
Campo de Peregrino é ativo histórico da Equinor no Brasil
Operado pela Equinor desde 2009, o Campo de Peregrino produziu cerca de 300 milhões de barris de petróleo até o momento. Localizado a leste do Rio de Janeiro, na Bacia de Campos, o campo é composto por uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) e três plataformas fixas, sendo voltado à extração de petróleo pesado.
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Somente no primeiro trimestre de 2025, a produção da Equinor no campo chegou a cerca de 55 mil barris por dia. No ano ado, a PRIO já havia adquirido a participação de 40% da chinesa Sinochem no mesmo ativo, o que a torna, agora, operadora integral do campo, com 100% de controle sobre a produção.
Equinor foca em novos projetos nos campos de Bacalhau e Raia
Mesmo com a venda do Campo de Peregrino, a Equinor reforça que o Brasil continuará sendo uma área estratégica para suas operações. De acordo com Philippe Mathieu, vice-presidente executivo de Exploração e Produção Internacional da empresa, a saída do campo representa uma reestruturação planejada do portfólio da companhia.
“Com esta venda, confirmamos o valor de um ativo de longa data em nosso portfólio brasileiro”, declarou.
A Equinor agora volta sua atenção para os projetos Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos, e para o desenvolvimento do campo de gás natural Raia, também na costa brasileira. Juntos, esses ativos deverão posicionar a produção da empresa próxima aos 200 mil barris por dia até 2030. A companhia também mantém participação no campo de Roncador, operado pela Petrobras, além de licenças de exploração na Bacia de Santos.
Transação fortalece expansão da PRIO no offshore brasileiro
A aquisição integral do Campo de Peregrino consolida a estratégia de crescimento da PRIO no setor de petróleo e gás offshore. Com operações em diversos ativos maduros da Bacia de Campos, a empresa brasileira tem investido em otimizações e revitalizações de campos com grande potencial de extensão produtiva.
“A PRIO tem sido uma parceira valiosa desde que se juntou ao Campo de Peregrino no ano ado”, afirmou Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil.
Ela destacou ainda que a transição será conduzida com segurança e que o trabalho realizado no campo ao longo das últimas duas décadas representa parte fundamental da história da Equinor no país.
Investimentos em energia renovável também estão no radar
Além dos projetos em petróleo e gás, a Equinor também tem ampliado sua atuação no setor de energias renováveis. A companhia é proprietária da Rio Energy, subsidiária com foco em geração onshore, e atualmente desenvolve o complexo híbrido renovável Serra da Babilônia.
Esses investimentos reforçam o compromisso da empresa com a transição energética, mesmo mantendo uma base sólida em produção offshore. A diversificação das atividades tem sido uma estratégia da Equinor em nível global, e o Brasil figura como um dos países prioritários para essa expansão.
Fonte: Petronotícias