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Esta é a nova ordem de Donald Trump: quem não souber inglês não poderá dirigir caminhão nos Estados Unidos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 01/05/2025 às 12:57
caminhão, Donald Trump
Foto: Reprodução

Nova ordem de Trump exige testes de inglês para caminhoneiros e reacende debate sobre segurança e imigração no setor de transporte dos EUA.

Nos Estados Unidos, uma nova medida do presidente Donald Trump vem gerando polêmica sobre imigração e segurança nas estradas.

A Casa Branca anunciou um decreto que obriga todos os motoristas de caminhão a demonstrar proficiência em inglês.

Com isso, profissionais que não atendem ao padrão exigido podem ser afastados do trabalho imediatamente.

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A decisão anula normas criadas pelo governo Obama em 2016, que permitiam motoristas não fluentes em inglês atuarem legalmente no país.

Nova política nacional de idioma

A medida faz parte de uma política mais ampla, liderada por Donald Trump, que já havia declarado o inglês como idioma oficial dos EUA.

Agora, a nova ordem reforça a exigência de que motoristas comerciais saibam ler placas, conversar com a polícia e interagir com empresas e clientes usando o idioma inglês.

A justificativa principal, segundo o governo, é a segurança pública nas estradas.

O Departamento de Transportes dos EUA será responsável por implementar as diretrizes e reforçar a fiscalização.

A partir de agora, motoristas que não atingirem o nível mínimo de proficiência serão considerados “fora de serviço”, o que impede legalmente que continuem dirigindo veículos comerciais até se adequarem à norma.

Resposta do setor de transporte

As reações à medida de Donald Trump foram imediatas. A associação de caminhoneiros independentes OOIDA considerou a exigência como uma ação de “senso comum“.

No entanto, grupos ligados à defesa dos direitos de imigrantes criticaram a decisão.

Eles alertam que a nova regra pode criar barreiras de o ao emprego para estrangeiros e facilitar episódios de discriminação, especialmente em comunidades onde o inglês não é a primeira língua.

A tensão cresce entre empresas de logística e transporte.

Com a falta de mão de obra já afetando o setor, qualquer redução no número de motoristas ativos pode agravar um cenário de escassez.

Vistos de trabalho em risco

Empresas que contratam motoristas estrangeiros por meio de vistos específicos devem prestar atenção redobrada.

Dois tipos de vistos são os mais usados no setor: o H-2B, para trabalho temporário, e o EB-3, para contratações permanentes com green card.

Ambas as categorias estão agora sob maior pressão, já que a exigência de inglês pode excluir parte significativa da força de trabalho estrangeira.

No caso do visto H-2B, utilizado por transportadoras para suprir picos sazonais de demanda, os empregadores arcam com parte dos custos do processo.

Recentemente, o governo Biden havia aumentado o número de autorizações disponíveis.

No entanto, essa expansão agora corre o risco de ser revertida pela política mais restritiva da nova gestão.

Já o visto EB-3, que permite a contratação permanente, exige que o empregador comprove a ausência de trabalhadores americanos para a vaga.

Como o processo leva até dois anos, o impacto da nova regra pode ser ainda mais sentido entre empresas que apostam no longo prazo.

Impacto direto nas empresas

A nova ordem executiva exige que todas as empresas revisem seus processos de contratação e treinamento. Isso inclui desde a documentação dos motoristas até a avaliação do nível de inglês.

Quem não se adequar pode sofrer com perdas operacionais, atrasos em entregas e queda de produtividade.

Empresas que dependem de trabalhadores estrangeiros devem também avaliar programas de apoio linguístico.

Investir em aulas de inglês ou material de apoio pode ser uma alternativa para manter colaboradores experientes e evitar demissões em massa.

Cenário já delicado no setor

O setor de transporte nos Estados Unidos convive com um déficit estimado de mais de 80 mil motoristas.

Reduzir ainda mais a disponibilidade de profissionais pode levar a uma elevação nos custos logísticos e afetar toda a cadeia de suprimentos.

Produtos podem demorar mais para chegar às prateleiras, e o consumidor final tende a sentir o impacto no bolso.

Outro desafio será o aumento da carga istrativa.

Departamentos de recursos humanos precisarão dedicar mais tempo à verificação de documentos, testes de proficiência e ajustes contratuais.

Reforço de regras antigas

Apesar do tom de endurecimento, os requisitos de proficiência em inglês já faziam parte da legislação federal.

O que muda agora é a retomada da fiscalização rígida e a definição clara das penalidades. Segundo o decreto, qualquer motorista sem domínio mínimo do idioma poderá ser retirado de circulação.

Isso significa que empresas que já adotam práticas de conformidade e treinamento não devem enfrentar mudanças drásticas.

Para outras, o alerta está dado: será preciso se adaptar rapidamente para evitar prejuízos operacionais e legais.

Diante do novo cenário, empregadores que atuam no setor devem agir com cautela.

Avaliar os processos internos, mapear os motoristas que podem ser afetados e oferecer e para adaptação são os fundamentais.

Aqueles que contam com motoristas portadores de visto H-2B ou EB-3 devem reforçar seus mecanismos de conformidade e manter atenção às atualizações do Departamento de Transportes.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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