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Estado inova e anuncia que suas ferrovias serão fixadas no chão com SUPERCOLA

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 03/12/2024 às 22:33
Atualizado em 04/12/2024 às 15:27
Supercola europeia revoluciona ferrovias brasileiras. Técnica elimina manutenção cara e aumenta segurança em Paranaguá. Futuro chegou!
Supercola europeia revoluciona ferrovias brasileiras. Técnica elimina manutenção cara e aumenta segurança em Paranaguá. Futuro chegou!

A modernização ferroviária chegou ao Brasil! Uma técnica holandesa substitui dormentes por supercola de alta resistência. A inovação já melhora a segurança e eficiência e pode transformar o transporte ferroviário no país.

Uma inovação simples, mas poderosa, promete transformar o transporte ferroviário no Brasil.

Esqueça os dormentes tradicionais de madeira ou concreto. Uma técnica revolucionária, importada diretamente da Holanda, está sendo testada em ferrovias brasileiras.

A ideia é ousada: usar uma supercola de alta resistência para fixar trilhos em blocos pré-moldados.

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Essa tecnologia já é amplamente utilizada em países como Alemanha, Suíça e Bélgica, onde as ferrovias se destacam pela segurança e eficiência.

Agora, essa solução está sendo implementada pela Rumo, a maior operadora de ferrovias do Brasil, em agens de nível (PNs) na cidade de Paranaguá, no Paraná.

Mas como funciona essa técnica que promete resolver problemas históricos das ferrovias brasileiras?

Como a supercola transforma as ferrovias

A principal mudança trazida pela tecnologia está na substituição dos métodos tradicionais de fixação dos trilhos.

Até então, as ferrovias utilizavam dormentes de madeira ou concreto com cura in loco para fixar os trilhos.

Esses materiais, apesar de robustos, apresentavam falhas ao longo do tempo devido ao desgaste natural, causando desníveis, abertura das bitolas e outros problemas estruturais.

Agora, a técnica emprega blocos pré-moldados de concreto com armação protendida, que medem 6x2x0,4 metros e pesam impressionantes 12,16 toneladas cada.

Os trilhos são fixados diretamente nesses blocos usando uma supercola importada da Holanda, desenvolvida para ar altas pressões e impactos constantes.

Essa inovação elimina o uso dos dormentes tradicionais, que eram vulneráveis a problemas como apodrecimento e degradação por intempéries, reduzindo significativamente a necessidade de manutenções frequentes.

Resultados iniciais e benefícios

Os primeiros resultados da aplicação da supercola em oito PNs de Paranaguá são promissores. Rodrigo Taflick, Coordenador de Via Permanente da Rumo, destacou a eficácia da técnica:

“Essa solução nos surpreendeu positivamente. Além de eliminar problemas crônicos, como o desgaste dos dormentes, ela proporciona maior estabilidade e segurança para os trilhos. Isso evita acidentes graves, como descarrilamentos.”

Outro ponto de destaque é a rapidez na aplicação e manutenção. Enquanto os métodos tradicionais exigem dias de trabalho, a técnica com supercola permite a conclusão em até 20 horas.

Isso reduz drasticamente as interrupções no tráfego ferroviário e rodoviário, especialmente em regiões movimentadas, como áreas portuárias.

Além disso, motoristas que utilizam essas agens de nível também se beneficiam.

Com uma estrutura mais estável e nivelada, os veículos conseguem atravessar os trilhos com maior velocidade e segurança, diminuindo o risco de abalroamentos – acidentes em que carros colidem com trens nos cruzamentos.

Paranaguá como pioneira

A escolha de Paranaguá para implementar a técnica não foi por acaso. A cidade é um importante hub logístico, conectando a produção agrícola do interior do Paraná aos portos para exportação.

A aplicação dessa tecnologia em uma região de alta movimentação é um teste crucial para verificar sua viabilidade em outros trechos ferroviários do Brasil.

A previsão é que os oito PNs da cidade estejam completamente equipados com a nova estrutura até o final do primeiro trimestre de 2025.

Comparação com o modelo europeu

A técnica de supercola já é amplamente usada nas ferrovias mais modernas da Europa. Países como Alemanha, Suíça e Bélgica adotaram essa solução para aumentar a durabilidade das vias e reduzir custos operacionais.

Na Europa, essas ferrovias são reconhecidas por sua eficiência, segurança e capacidade de ar altos volumes de tráfego.

A introdução dessa tecnologia no Brasil coloca o país em alinhamento com as melhores práticas internacionais, sinalizando um avanço significativo no setor ferroviário.

O impacto no futuro das ferrovias brasileiras

A adoção dessa técnica inovadora representa mais do que uma solução prática para problemas estruturais.

Ela marca um o importante na modernização do transporte ferroviário brasileiro, que historicamente enfrenta desafios como altos custos de manutenção, falhas de infraestrutura e falta de competitividade em relação a outros modais de transporte.

Com essa inovação, espera-se uma redução nos custos de manutenção e uma maior eficiência operacional, o que pode atrair novos investimentos para o setor.

Além disso, a durabilidade do método contribui para aumentar a segurança, reduzindo acidentes e interrupções nas operações.

A longo prazo, a expectativa é que essa tecnologia seja expandida para outras ferrovias estratégicas do Brasil, fortalecendo a logística nacional e aproximando o país dos padrões internacionais de transporte ferroviário.

Será que essa tecnologia é o primeiro o para transformar o transporte ferroviário brasileiro e torná-lo um exemplo mundial?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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