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Estado vive escassez de mão de obra e deportados por Trump entram no radar

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 12/04/2025 às 11:17

A indústria do Rio Grande do Sul enfrenta uma grave escassez de trabalhadores e mira até brasileiros deportados dos EUA para preencher vagas! Inteligência artificial, educação técnica sobre rodas e projetos bilionários mostram como o setor está se reinventando. O futuro do trabalho já chegou, e as oportunidades estão explodindo. Você está preparado para essa revolução?

Falta de mão de obra no Rio Grande do Sul abre portas para brasileiros deportados por Trump
Setor industrial busca soluções criativas para atrair jovens e preencher vagas com qualificação técnica

A indústria do Rio Grande do Sul enfrenta um desafio crescente: a escassez de mão de obra qualificada.

Para lidar com esse problema estrutural, empresários e entidades do setor estão apostando em estratégias pouco convencionais – incluindo o recrutamento de brasileiros deportados dos Estados Unidos durante o governo Trump e a ampliação de salas de aula móveis para levar formação profissional ao interior do estado.

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A iniciativa foi apresentada durante a Feira de Hannover, na Alemanha, um dos principais eventos de inovação industrial do mundo.

A comitiva brasileira, composta por representantes da indústria e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Sesi-RS), discutiu medidas para reverter o déficit de profissionais técnicos que já afeta o desempenho de empresas em diversas regiões do país.

Migrantes deportados entram no radar

Segundo a jornalista Susana Kakuta, atual diretora-geral do Senai/Sesi-RS, uma das estratégias mais ousadas é o resgate de brasileiros deportados dos EUA para reinseri-los no mercado de trabalho local.

A ideia surgiu como uma resposta pragmática à dificuldade de preencher vagas industriais com mão de obra local.

O projeto-piloto será implementado inicialmente em uma empresa localizada em Erechim, cidade do norte do estado.

A ação prevê o mapeamento desses profissionais, muitos dos quais saíram do país em busca de oportunidades e hoje retornam ao Brasil com experiência, mas sem perspectivas de recolocação.

De acordo com Kakuta, a medida tem viés humanitário, mas também prático: “Essas pessoas já vivenciaram rotinas de trabalho exigentes e possuem grande capacidade de adaptação”, disse ela durante a missão internacional.

Além disso, a diretora mencionou a importância de facilitar a imigração de estrangeiros qualificados para atuarem na indústria nacional, especialmente em áreas de tecnologia e automação.

Essa ideia foi destacada como uma prioridade nas conversas entre representantes brasileiros e europeus na feira alemã.

Tecnologia e inteligência artificial também ajudam

Enquanto se discute a falta de profissionais humanos, máquinas e algoritmos seguem avançando.

A automação industrial, que já vinha sendo implementada há décadas, agora ganha um novo impulso com a inteligência artificial (IA).

O uso de IA na indústria não visa apenas a redução de custos operacionais, mas também a substituição de tarefas repetitivas e a otimização de processos.

Na Feira de Hannover, soluções baseadas em IA chamaram a atenção de empresários brasileiros, interessados em aplicar a tecnologia como complemento à mão de obra humana.

O objetivo não é eliminar empregos, mas ampliar a produtividade em um cenário de escassez.

Salas de aula sobre rodas

Outra medida inovadora vem sendo coordenada por Márcio Basotti, gerente-geral do Senai/Sesi-RS.

Ele está à frente de um projeto que transforma carretas de caminhões em salas de aula móveis.

Essas unidades percorrem o interior do estado, levando cursos profissionalizantes a cidades que não contam com infraestrutura educacional adequada.

“A ideia é levar a formação técnica até onde as pessoas estão, em vez de esperar que elas se desloquem até grandes centros”, explicou Basotti.

A proposta já vem sendo implementada em alguns municípios e deve ser expandida nos próximos meses.

Segundo ele, a aceitação nas comunidades tem sido positiva, especialmente entre jovens que enxergam no ensino técnico uma porta de entrada mais rápida para o mercado de trabalho.

Do Exército direto para o mercado

Outra frente importante é o programa Soldado Cidadão, que já está em execução e busca capacitar jovens que estão cumprindo serviço militar obrigatório.

A iniciativa visa preparar esses soldados para o mercado de trabalho assim que deixarem o Exército.

“Estamos criando um funil de qualificação que começa ainda no serviço militar, para que esses jovens tenham uma transição suave e produtiva para o setor industrial”, destacou Susana Kakuta.

A proposta é que, ao deixar os quartéis, esses jovens já estejam aptos a exercer funções técnicas em fábricas e empresas, reduzindo o tempo de recolocação e fortalecendo o setor com mão de obra jovem e preparada.

Indústria também quer encantar crianças

Um dos grandes desafios enfrentados pela indústria é o de tornar-se mais atrativa para as novas gerações.

Com isso em mente, o SESI criou, em Brasília, o SESI Lab – um espaço que une ciência, tecnologia e arte, voltado para o público infantil e juvenil.

O centro, localizado na área central da capital federal, oferece dezenas de atividades interativas que despertam o interesse por temas como física, matemática e química de maneira lúdica.

O espaço tem atraído não apenas crianças, mas também adultos curiosos.

A intenção era replicar o projeto no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre, por meio de uma parceria do Senai-RS com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), num investimento estimado em R$ 105 milhões.

Entretanto, o projeto enfrenta entraves. O principal é a escolha do terreno.

Conforme o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Cláudio Bier, o espaço inicialmente previsto – onde seria construído o Teatro da Ospa – tornaria a obra financeiramente inviável.

A prefeitura chegou a oferecer o Largo da Epatur, mas o local também foi considerado inadequado.

Oportunidades na Indústria não faltam, mas é preciso ação

O que se vê é um esforço conjunto entre entidades industriais, governo e iniciativas privadas para reverter o déficit de qualificação e transformar o panorama do setor produtivo no estado.

O Rio Grande do Sul pode, nos próximos anos, se tornar referência em inovação educacional e reintegração de mão de obra.

Para isso, será necessário continuar investindo em projetos ousados, adaptáveis e conectados com as demandas do século XXI.

Segundo reportagem do jornalista José Casado, da Revista Veja, o retorno de brasileiros deportados e a adoção de soluções tecnológicas são caminhos possíveis para equilibrar oferta e demanda no mercado de trabalho.

Se você se interessou por algum dos programas mencionados e quer investir em qualificação técnica ou buscar oportunidades na indústria gaúcha, fique atento aos cursos do Senai-RS e às seleções em andamento para projetos-piloto no interior do estado.

E você, acredita que a reinserção de deportados e salas de aula móveis são estratégias eficazes para resolver o problema da escassez de mão de obra? Comente abaixo e participe do debate!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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