Negociação histórica pode abrir mercado bilionário e expandir a matriz energética dos EAU com tecnologia dos EUA sob rígido controle de não proliferação.
Os governos dos Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos iniciaram negociações para firmar um novo acordo nuclear civil com base na Seção 123 da Lei de Energia Atômica dos EUA. O tratado permitirá o dos Emirados a tecnologias nucleares americanas, desde que respeitem os rígidos padrões de não proliferação exigidos por Washington.
O objetivo do novo acordo é diversificar a matriz energética dos EAU e impulsionar a cooperação internacional em energia limpa e segura.
O que está em jogo no novo acordo nuclear civil
Os Emirados Árabes buscam reduzir a dependência de combustíveis fósseis, investindo em energia nuclear civil para suprir o crescimento econômico e cumprir metas climáticas.
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Já os EUA veem na parceria uma forma de expandir sua influência tecnológica e garantir padrões de segurança em um setor sensível, enquanto promovem exportações de alto valor agregado, como reatores, serviços de engenharia e infraestrutura.
O novo acordo nuclear civil pode beneficiar diretamente a indústria nuclear americana, abrindo um mercado de bilhões de dólares no Oriente Médio.
Cláusulas de segurança e não proliferação
O principal entrave nas tratativas é o conjunto de garantias exigidas pelos EUA para assegurar o uso pacífico da tecnologia. Entre as condições, estão:
- Proibição de enriquecimento de urânio localmente
- Reprocessamento de combustível irradiado vetado
- Inspeções técnicas e auditorias internacionais
Essas cláusulas seguem o padrão dos acordos firmados anteriormente pelos EUA com outros parceiros estratégicos.
Impacto econômico e industrial do novo acordo nuclear civil
Se concretizado, o acordo pode gerar:
- Novos empregos altamente qualificados nos Emirados
- Transferência de conhecimento técnico-científico
- Desenvolvimento de infraestrutura nuclear civil local
- Expansão da cadeia global de fornecedores ligados à energia nuclear
Para as empresas americanas do setor, trata-se de uma oportunidade estratégica: o preferencial a projetos nucleares nos Emirados, com potencial de expansão para países vizinhos.
Projeções e próximos os da parceria
As negociações ainda estão em andamento e não há cronograma definido para a do tratado. Especialistas apontam que, uma vez aprovado, o novo acordo nuclear civil pode se tornar modelo para futuras parcerias entre potências tecnológicas e países emergentes em energia nuclear.
A expectativa é de que as tratativas avancem ainda em 2025, com respaldo político de ambos os lados.