Estudo recente da ANP mostra vantagem do etanol sobre a gasolina em regiões produtoras, com destaque para São Paulo, Minas e Mato Grosso
Este conteúdo traz os principais dados da ANP sobre a viabilidade econômica do etanol, especialmente em comparação direta com a gasolina, segundo indicadores recentes. Ao considerar a paridade de preços, observada entre os dias 4 e 10 de maio de 2025, a análise se mostra tecnicamente detalhada. Além disso, o estudo destaca, com base em critérios objetivos, os estados brasileiros com melhores condições de consumo do biocombustível renovável. Desse modo, os dados apontam as regiões onde o etanol, portanto, representa maior vantagem econômica frente ao combustível fóssil tradicional. Consequentemente, o levantamento da ANP reforça o papel estratégico do etanol na matriz energética, sobretudo em momentos de alta da gasolina.
ANP confirma que etanol foi mais viável que a gasolina em cinco estados no início de maio de 2025
O etanol mais econômico se destacou no início de maio de 2025 como a melhor opção de abastecimento em cinco estados brasileiros. De acordo com o relatório publicado pela ANP em 13 de maio de 2025, entre os dias 4 e 10 do mesmo mês, o etanol apresentou preços mais vantajosos do que a gasolina em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Durante esse período, os consumidores dessas regiões encontraram uma alternativa mais ível e ambientalmente favorável ao combustível fóssil.
Paridade de preços reforça competitividade do etanol nos estados produtores
O etanol é considerado mais econômico quando custa até 70% do valor da gasolina, segundo parâmetro amplamente utilizado pelo setor de combustíveis. Durante a semana analisada, a paridade registrada pela ANP foi de 64,85% em Mato Grosso, 66,17% em Mato Grosso do Sul, 69,82% em Minas Gerais, 68,02% no Paraná e 66,67% em São Paulo. Esses dados confirmam a competitividade do etanol nessas regiões, especialmente pela proximidade das áreas produtoras e pela maior oferta do biocombustível.
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Eficiência energética e comportamento do condutor também influenciam na escolha
Mesmo quando a paridade ultraa os 70%, o etanol pode continuar sendo mais vantajoso em veículos com bom desempenho energético. Fatores como tecnologia do motor, manutenção preventiva e modo de condução afetam diretamente o rendimento e o custo por quilômetro rodado. Por isso, a decisão deve considerar, além da paridade, as características do veículo e os hábitos de uso do motorista.
Etanol tem menor impacto ambiental e contribui para metas de sustentabilidade
Produzido a partir da cana-de-açúcar, o etanol é um biocombustível renovável que emite menos dióxido de carbono do que a gasolina. Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgados em novembro de 2024, mostraram que o uso do etanol contribui para a redução das emissões em áreas urbanas com alto fluxo de veículos. O Brasil, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), é líder na produção global de etanol, com destaque para São Paulo, responsável por 60% da produção nacional em 2025.
Safra 2025/2026 favorece cenário de estabilidade no preço do etanol
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em boletim de 7 de maio de 2025, estimou que a safra 2025/2026 de cana-de-açúcar será uma das maiores dos últimos anos. Esse cenário contribui para a estabilidade no fornecimento do etanol e para a manutenção de sua competitividade nos mercados regionais. Além disso, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o etanol respondeu por 18% do consumo de combustíveis leves no Brasil em 2024, reforçando sua importância estratégica.
Benefícios econômicos e ambientais do etanol são reconhecidos por entidades do setor
Entre os principais benefícios do etanol estão o menor custo por litro em regiões produtoras, a redução das emissões de CO₂, o estímulo à cadeia produtiva agrícola, a independência parcial de combustíveis importados e a contribuição para as metas de redução de carbono. Essas vantagens foram confirmadas em relatórios de entidades como EPE, ANP e Unica, fortalecendo o papel do etanol na política energética brasileira.
Expectativas para o segundo semestre de 2025 apontam continuidade na vantagem do etanol
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a demanda por biocombustíveis deve crescer 6% até dezembro de 2025. Esse crescimento está alinhado às políticas de incentivo à produção nacional de energia renovável e à redução da dependência de derivados do petróleo. Dessa forma, o etanol deve continuar sendo uma alternativa viável, especialmente nas regiões onde sua produção é mais robusta e ível.