Empresa do Reino Unido anuncia projeto inovador para a geração de energia nuclear. Saiba como as usinas nucleares flutuantes nos EUA irão operar.
A tecnologia sustentável avança constantemente, e fontes de energia renovável, como painéis solares flutuantes e turbinas eólicas offshore, já fazem parte da matriz energética de diversos países. Agora, uma empresa do Reino Unido pretende levar essa inovação ainda mais longe, planejando implantar usinas nucleares flutuantes nos Estados Unidos até meados da década de 2030. Essa nova abordagem promete ampliar a geração de energia de forma segura e eficiente, utilizando reatores avançados que operam sem necessidade de reabastecimento frequente. Neste artigo, vamos explorar como essas usinas serão desenvolvidas, seus benefícios e os desafios para a implementação dessa tecnologia.
Programa de energia nuclear dos EUA desbloqueará mercado de US$ 2,6 trilhões
A Core Power anunciou um programa nuclear civil marítimo ancorado nos Estados Unidos como parte de um projeto que permitirá a geração de energia em usinas nucleares flutuantes dos EUA (FNPPS) em escala global.
Segundo o CEO da Core Power, Mikal Bøe, durante uma cúpula da empresa Houston, no Texas, este programa de energia nuclear, chamado de Liberty, desbloqueará um mercado de US$ 2,6 trilhões. Levando em conta que 65% da atividade econômica ocorre na costa, permitirá que a energia nuclear alcance novos mercados.
-
Encontrado em Jerusalém anel de ouro com pedra vermelha de 2.300 anos que revela influência grega na história da Cidade de Davi
-
Arqueologia da desigualdade: 53.464 casas escavadas revelam as ‘marés’ econômicas de 3 super-redes comerciais ao longo de 21 mil anos
-
Anel de ouro do século 18, feito para nobre inglês em 1723, é achado por detectorista após um ano de buscas
-
Mini turbina eólica com preço de celular e do tamanho de uma garrafinha de água? Sim, ela existe e já está à venda!
O nome da iniciativa de usinas nucleares flutuantes dos EUA faz menção aos navios Liberty, utilizados na segunda Grande Guerra, que foram produzidos em massa no país norte-americano e tiveram um papel fundamental na vitória dos Aliados na Batalha do Atlântico.
As novas usinas da empresa do Reino Unido são fruto de melhorias de um projeto desenvolvido pela primeira vez na década de 1950 a partir de um reator compacto de sal fundido. O processo utiliza combustível fluído na forma de sal de flúor ou cloreto, substituindo combustível sólido usado na maioria dos reatores.
Usinas nucleares flutuantes dos EUA terão capacidade para 175 gWh por unidade
Segundo a empresa, esse método para geração de energia nuclear queima até 100 vezes mais urânio se comparado com técnicas tradicionais, reduzindo perdas de nêutrons, sendo operado continuamente, sem a necessidade de reabastecimento, e possuindo sistemas de segurança que evitam incidentes como o de Fukushima.
Os módulos serão gerados em estaleiros utilizando conceitos de construção naval já conhecidos por força de trabalho já qualificada. Eles serão produzidos como usinas de energia que podem ser atracados em portos e locais costeiros. Cada uma das usinas nucleares flutuantes dos EUA terão capacidade para gerar até 175 gigawatts-hora de eletricidade limpa por ano e fornecer energia para navios, equipamentos e veículos portuários.
A empresa, que conta com escritórios em Londres, na Inglaterra, Washington, nos Estados Unidos, e Tóquio, no Japão, começará a receber encomendas das usinas de energia nuclear a partir de 2028. A primeira fase do projeto está focada no desenvolvimento dos módulos, enquanto a segunda etapa priorizará processos de licenciamento seguro e controle de exportação.
Parcerias para o projeto
Ao mesmo tempo, a Core Power informou que ajudará no desenvolvimento de padrões internacionais de segurança e proteção ao atuar ao lado da Agência Internacional de Energia Atômica e Organização Marítima Internacional para desenvolver uma convenção de responsabilidade civil para navios movidos a energia nuclear.
Vale mencionar que a Core Power não está sozinha nesta empreitada e firmou parceria com empresas renomadas para o projeto de usinas nucleares flutuantes dos EUA. A Glosten será responsável pelo desenho das barcaças e pelo e regulatório.
O CEO da Glosten, Morgan Fanberg, destacou que as FNPPs representam uma solução viável para descarbonizar o setor marítimo. A empresa também fechou parceria com a Westinghouse para integrar o microrreator eVinci às FNPPs. Esse reator compacto conta com poucas partes móveis e pode gerar de alguns quilowatts até 5 megawatts de energia, sendo ideal para aplicações marítimas.
❤️Aqui você pode colocar seu rosto em qualquer vídeo ou foto) Por favor, avalie-o ➤ Ja.cat/gosea