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EUA testam tecnologia que lança satélites a 8.000 km/h sem foguetes e com baixo custo, usando um ‘canhão giratório gigante’ — China acompanha de perto

Publicado em 17/05/2025 às 07:46
Canhão giratório, satélites, Tecnologia, EUA
Os satélites Meridian Space da SpinLaunch serão empilhados em um “ônibus de lançamento” como “panquecas” antes de serem lançados ao espaço em um foguete acelerado. (Crédito da imagem: SpinLaunch)

Empresa dos EUA testa canhão giratório para lançar satélites sem foguetes, com menos custo e impacto ambiental. China já monitora a tecnologia

Uma nova tecnologia pode mudar o futuro das missões espaciais. Em vez de foguetes, uma empresa americana quer lançar satélites com um canhão giratório gigante. A proposta é ousada, mas já está em fase de testes e chama a atenção até da China.

A ideia vem da SpinLaunch, que desenvolveu um sistema chamado Acelerador Suborbital. Ele funciona como uma centrífuga selada a vácuo, capaz de lançar objetos a velocidades de até 8.000 km/h.

Com esse método, já foram feitos dez voos suborbitais bem-sucedidos. O próximo o será uma demonstração orbital completa.

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Satélites como panquecas

O sistema não usa foguetes nem combustão. Em vez disso, aposta na energia cinética para jogar satélites pequenos direto para o alto.

Esses satélites têm cerca de 2,3 metros de largura, pesam 68 quilos e são achatados, parecendo panquecas. Eles são feitos para ar forças altíssimas, chegando a 10.000 vezes a força da gravidade.

Com isso, eles ficam mais leves e compactos que os modelos tradicionais. A ideia é lançar microssatélites com mais rapidez e menos custo. Isso muda completamente o modelo atual de transporte espacial, que ainda depende de foguetes grandes e caros.

Vantagem no preço e no meio ambiente

Segundo a SpinLaunch, cada quilo lançado poderá custar entre US$ 1.250 e US$ 2.500. Hoje, empresas como a SpaceX cobram mais de US$ 5.000 por quilo com seus foguetes.

Além disso, o sistema da SpinLaunch não queima combustível. Isso significa que ele não emite gases poluentes durante os lançamentos.

Sem motores, sem exaustão e sem combustíveis perigosos. A proposta é muito mais ecológica. E, num momento em que a indústria espacial sofre pressão para reduzir sua pegada de carbono, essa diferença pode fazer toda a diferença.

Apoio financeiro e metas ambiciosas

A SpinLaunch já arrecadou quase US$ 150 milhões. Só recentemente, recebeu mais US$ 12 milhões da Kongsberg Defence and Aerospace, da Noruega. Esse dinheiro já está sendo usado. A parceira NanoAvionics está construindo 250 satélites chamados Meridian. Eles devem ser lançados em 2026.

A meta da empresa é realizar até cinco lançamentos por dia no futuro. Isso mostra o quanto o projeto está avançado. Mas o sucesso da SpinLaunch não ou despercebido em outras partes do mundo.

Reação imediata da China ao sistema de lançamento de satélites

A China já colocou suas agências de vigilância orbital em alerta. O governo quer acompanhar de perto os avanços da empresa americana. O motivo é claro: o espaço está ficando mais disputado. E um novo método de lançamento barato e rápido pode mudar tudo.

Com o aumento de satélites em órbita, cresce o risco de interferência de sinal e até colisões. A China também se preocupa com sua própria constelação de satélites, a Guowang, que pode ser afetada por novos competidores ocupando o mesmo espaço.

Além do impacto comercial, existem possíveis implicações militares. Um sistema capaz de lançar sensores e equipamentos sob demanda pode servir para fins de vigilância e comunicação. Isso pode mudar o equilíbrio entre países e forçar novas regras para o uso do espaço.

Por isso, analistas estratégicos estão de olho no projeto. Tanto nos Estados Unidos quanto na Ásia, cresce a atenção em torno da SpinLaunch. A corrida espacial pode ganhar um novo ritmo com essa tecnologia.

Perguntas sem resposta

Apesar dos testes promissores, ainda existem desafios. O principal é alcançar a velocidade orbital com precisão. Lançar um objeto no espaço não basta. Ele precisa entrar em órbita correta e funcionar sem motores adicionais. Isso ainda precisa ser provado.

Também há dúvidas sobre o controle do tráfego espacial. Com o aumento do número de satélites, será preciso evitar colisões e excesso de detritos. Astrônomos já alertam sobre a poluição luminosa causada por grandes constelações em órbita.

Essas questões ainda não têm resposta clara. Mas fazem parte de qualquer inovação que pretende mudar a maneira como amos o espaço.

Uma mudança que pode alcançar todos

Se der certo, o impacto será grande. A tecnologia pode democratizar o o ao espaço, abrindo caminho para startups e países menores. Isso pode facilitar novos tipos de pesquisas, redes de comunicação e monitoramento climático.

A ideia da SpinLaunch parece saída de um filme de ficção. Mas é real. E está avançando rápido. Se funcionar, não será apenas uma mudança de tecnologia. Será uma mudança de quem pode participar da nova era espacial.

O mundo está observando. E, com cada teste, a corrida por um espaço mais ível e sustentável gira um pouco mais depressa.

Com informações de Jason Deegan.

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Romário Pereira de Carvalho

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