Entenda como a Inpasa amplia sua atuação no setor de energia renovável com investimentos planejados, diversificação de biocombustíveis e estratégias sustentáveis no agronegócio
A Inpasa, uma das maiores produtoras de etanol de milho da América Latina, tem ampliado sua atuação no Brasil desde sua chegada em fevereiro de 2019. Com planejamento industrial e foco em sustentabilidade, a empresa fortalece sua presença no setor de energia renovável. Além disso, segundo a Exame Agro, a Inpasa tem investido na diversificação da produção de biocombustíveis. O objetivo é atender à demanda crescente por soluções energéticas mais limpas, respeitando os limites técnicos e regulatórios do setor.
Investimentos planejados impulsionam a produção de etanol de milho
Desde 2019, a Inpasa estabeleceu unidades industriais em Sinop e Nova Mutum (MT), além de Dourados (MS), Cascavel (PR) e Presidente Venceslau (SP). Conforme o Globo Rural, essas usinas operam com tecnologia integrada e aproveitamento de coprodutos. Em maio de 2023, a empresa anunciou uma nova unidade em Luís Eduardo Magalhães (BA), prevista para ser inaugurada em 2026, segundo informações do Valor Econômico. Já em março de 2024, segundo o Estadão Conteúdo, foram divulgados novos aportes da ordem de R$ 5 bilhões. Esses recursos serão aplicados em Sidrolândia (MS) e Balsas (MA), além da ampliação das usinas do Mato Grosso. Com isso, a companhia mantém um ritmo de crescimento industrial baseado em viabilidade econômica, oferta regional de grãos e planejamento logístico.
Diversificação energética em fase de desenvolvimento
Além do etanol de milho, a Inpasa estuda desde 2022 a viabilidade técnica e econômica da produção de biodiesel a partir de óleo de milho e outros óleos vegetais, conforme informou a Globo Rural. Também está em andamento a análise de produção do SAF (bioquerosene para aviação), com expectativa de testes a partir de 2025, conforme declarado à Agência Brasil Energia. Esse tipo de combustível atende a exigências regulatórias internacionais e segue em estudo. Paralelamente, projetos para etanol celulósico e biometano estão em fase de avaliação técnica, com base na disponibilidade de resíduos agrícolas e exigências ambientais. Essas iniciativas ainda não estão em operação, mas fazem parte da estratégia de médio e longo prazo da empresa para ampliar sua contribuição ao setor de energia renovável.
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Etanol de milho se consolida como biocombustível complementar
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o etanol de milho responde por cerca de 18% da produção nacional de etanol, complementando o volume produzido a partir da cana-de-açúcar. Esse biocombustível emite até 70% menos gases de efeito estufa em comparação com a gasolina, segundo a Embrapa Agroenergia. Além disso, sua produção gera coprodutos valorizados, como DDGS (farelo rico em proteína para nutrição animal), óleo de milho e energia elétrica gerada da biomassa. Portanto, o etanol de milho representa uma alternativa viável e consolidada, especialmente em regiões com ampla oferta de grãos e estrutura agrícola.
Incentivo ao cultivo de sorgo contribui para segurança na produção
Como parte da estratégia de abastecimento, a Inpasa ou a incentivar o cultivo de sorgo granífero como opção à entressafra do milho. A prática começou a ser adotada de forma mais intensa a partir da safra 2021/2022, conforme dados da Conab. Segundo a Embrapa Milho e Sorgo, o sorgo demanda menos água e apresenta bom desempenho em solos de baixa fertilidade, o que amplia a segurança da matéria-prima nas usinas. A diversificação de culturas também beneficia os produtores rurais, oferecendo mais alternativas de renda e reduzindo a pressão sobre o uso do milho em períodos críticos.
Impacto econômico regional se amplia com novas unidades
Desde a instalação da primeira unidade no Brasil, a Inpasa tem contribuído para o fortalecimento econômico de municípios do interior. Segundo o IBGE, cidades como Sinop (MT) e Nova Mutum (MT) apresentaram aumento significativo no PIB agroindustrial entre 2020 e 2023. A previsão da empresa é de que as obras nas novas unidades gerem mais de 8 mil empregos diretos e indiretos, conforme estimativas da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Com investimentos planejados e integração com cadeias produtivas locais, a empresa promove desenvolvimento regional com foco em estabilidade e responsabilidade social.
Sustentabilidade é parte estruturante da operação da Inpasa
A sustentabilidade faz parte da estratégia industrial da Inpasa. Conforme o Relatório de Sustentabilidade 2023, todas as unidades adotam reaproveitamento integral dos resíduos industriais e valorizam a eficiência energética. Além disso, estão em andamento projetos de recuperação de áreas degradadas, recomposição de nascentes e reflorestamento em torno das unidades industriais, iniciados em 2022. As ações ambientais visam não apenas atender à legislação, mas também reforçar o compromisso da empresa com o uso responsável dos recursos naturais.
Metas de produção para 2025 seguem parâmetros realistas
Segundo projeções industriais internas, divulgadas pela Revista Exame, a Inpasa planeja atingir até o final de 2025 a marca de 12,2 milhões de toneladas de grãos processados e 5,5 bilhões de litros de etanol. Ao mesmo tempo, a empresa prevê a produção de 2,95 milhões de toneladas de DDGS, com destinação para o mercado interno e exportação. Esses números estão alinhados à capacidade instalada atual e às unidades em fase de implantação. As metas seguem critérios técnicos e respeitam parâmetros do setor de biocombustíveis, conforme orientações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Conclusão: expansão responsável e comprometida com energia renovável
Diante dos fatos e dados apresentados, a atuação da Inpasa demonstra consistência estratégica, expansão industrial planejada e compromisso com o fornecimento de combustíveis mais limpos para o país. Além disso, a empresa adota boas práticas de governança ambiental e social, valorizando a integração com produtores, municípios e instituições de pesquisa. A consolidação da Inpasa no setor de bioenergia ocorre de forma progressiva, sustentável e em conformidade com os marcos regulatórios nacionais.