A extração e produção de petróleo no litoral de Santa Catarina é debatido entre técnicos do assunto e ambientalistas que são contra
No mês de outubro, a ANP (Agência Nacional de Petróleo), irá realizar o seu 17º leilão para dezenas de blocos de exploração no litoral do estado de Santa Catarina. Técnicos do assunto, entretanto, dizem que não há motivos para que deixemos de utilizar essa matriz energética e que pode render bilhões de reais em royalties. Já as entidades ambientais traçam o pior cenário com a possibilidade da extração de petróleo em águas catarinenses. Apontam demissões em massa, comprometimento da indústria pesqueira e do turismo. Veja ainda esta notícia: Ação histórica sobre royalties do petróleo é favorável à Santa Catarina e pode gerar ressarcimento ao estado
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Estado de Santa Catarina poderá crescer muito com a exploração de petróleo
Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, explicou que o petróleo hoje tem uma tecnologia avançadíssima. Não é mais aquela imagem de uma bomba no meio do deserto jorrando óleo para tudo quanto é lado. Hoje existem normas bem exigentes e as regras precisam ser cumpridas e feitas as suas compensações.
O executivo ainda ressalta que com estas regras cumpridas a extração é muito segura. Trata-se de uma riqueza que precisa ser explorada. Se não usamos isso hoje, iremos perder essa riqueza embaixo da terra. O petróleo gera muitos recursos em royalties, cria um ambiente de geração de empregos e novas empresas. Quando nós temos o radicalismo isso é prejudicial, perdem o Brasil e os brasileiros, concluí Pedro.
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Daniel Bettú, professor do Departamento de Engenharia de Petróleo da Udesc, em Balneário Camboriú, diz que a demanda por petróleo ainda irá crescer nos próximos 20 anos e que há necessidade de ampliar a produção em 20%, inclusive para a confecção de insumos para a operação de energias limpas e sustentáveis. O petróleo, de fato, não é a energia do futuro. Investir em matrizes energéticas renováveis é o caminho. Mas, se há mercado para os próximos 20 anos, não há por que abrir mão dessa riqueza cujos recursos podem estar carimbados para saneamento, saúde e educação, por exemplo.
A importância ainda de extrair e produzir petróleo
O professor do Departamento de Engenharia de Petróleo da Udesc, diz que é saudável a migração do setor energético global para fontes renováveis, mas nas próximas décadas é inevitável que novas descobertas ocorram para que não haja escassez energética e de matéria prima para inúmeros produtos, incluindo matéria prima para os sistemas de geração renováveis.
Daniel explica que as obras relacionadas à exploração de Petróleo da Bacia de Pelotas devem ar por estudos de impacto ambiental, que vão determinar o menor impacto possível. Esses estudos vão considerar os locais de agem dos cardumes das diversas espécies e orientar a melhor localização das estruturas. Da mesma forma, o turismo seria afetado sob a ótica da paisagem. No entanto, as plataformas poderão estar situadas mais distantes da costa, sem prejuízos das belezas naturais, concluí.
Ambientalistas contra a extração em Santa Catarina
A coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista de Santa Catarina, deputada Paulinha, diz que a tradicional pesca da tainha pode acabar no litoral de Santa Catarina e o turismo de praia será comprometido. Segundo ela “Além do fato de não haver os estudos necessários, até o momento nenhuma audiência pública foi realizada com a população de Santa Catarina e do litoral sul”.
A parlamentar ainda diz que os estudos são inexistentes, análises de Bacias Sedimentares, impactos ambientais e planos de contingência adequados. É temerário leiloar as áreas sem referências técnicas prévias. Mesmo que não haja um vazamento, a contaminação será inevitável, e não se sabe qual o tamanho dos danos e prejuízos que o litoral de Santa Catarina sofrerá.
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