Este é um marco na história da aviação militar, com detalhes surpreendentes sobre a trajetória de um dos caças mais icônicos da Força Aérea Brasileira. Descubra como a aeronave moldou a defesa aérea e resistiu ao teste do tempo.
O F-5 completou 50 anos de operação na Força Aérea Brasileira (FAB) em 2025.
Este caça histórico tem uma trajetória que se confunde com a evolução da própria FAB.
A aeronave foi introduzida no Brasil em 1975, mas sua história começa décadas antes.
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Na década de 1950, a Força Aérea dos Estados Unidos buscava um caça leve, econômico e eficiente.
Esse contexto levou a Northrop a desenvolver um projeto inovador, com a liderança do engenheiro Edgar Schmood, que também foi responsável pelo desenvolvimento do P-51 Mustang, lendário avião da Segunda Guerra Mundial.
O objetivo da Northrop era criar um caça de alto desempenho, ível para outras nações aliadas e capaz de operar em condições adversas.
O início do F-5
Em 1953, a OTAN emitiu um requisito para um caça tático leve, com capacidade de operar a partir de pistas improvisadas e carregar armamentos convencionais, além de armamentos nucleares.
Percebendo essa necessidade, a Northrop desenvolveu o modelo N156.
Esse projeto tinha como objetivo reverter a tendência dos caças cada vez maiores e mais caros da época.
O coração do novo caça seriam os motores Turbojato General Electric J85, capazes de gerar até 5.000 libras de empuxo com pós-combustor.
Com isso, o F-5 teria uma relação empuxo/peso muito superior a outros aviões daquela época.
Essa configuração garantiria um excelente desempenho até os dias de hoje.
Hoje, o F-5 continua a impressionar pela sua capacidade e eficiência, com uma impressionante combinação de potência e versatilidade.
A evolução do projeto
O desenvolvimento do F-5 teve várias adequações, levando a Northrop a focar em uma versão leve para exportação e também como aeronave de treinamento avançado.
Isso mais tarde resultou no T-38 Talon.
Com essas alterações de design, a configuração final do F-5 foi definida em 1956.
A Força Aérea dos Estados Unidos escolheu a versão de treinamento N156 Tango como substituta do T-33, criando o T-38, que voou pela primeira vez em 1959.
Em seguida, o modelo N156 Fox foi oficialmente designado como F-5 Alpha Freedom Fighter e entrou em produção em grande escala.
Características do F-5
O F-5 tem um comprimento de 14,45 metros e uma envergadura de apenas 8,13 metros.
Isso faz com que a aeronave tenha uma fuselagem longa e estreita, com uma configuração distinta.
A altura do avião, considerando a ponta do estabilizador vertical, é de cerca de 4 metros.
Com um peso vazio de 4.349 kg e peso máximo de decolagem de 11.193 kg, o F-5 tem capacidade de alcançar uma velocidade máxima de Mach 1.6 (aproximadamente 1.730 km/h).
Sua autonomia é de 1.814 km com o uso de tanque extra.
Seu raio de combate é de cerca de 300 milhas, o que é impressionante para um caça leve da sua geração.
A capacidade de armamento do F-5 também é notável, com sete pontos de fixação, permitindo que transporte até 3.200 kg de bombas, mísseis e tanques extras.
Além disso, pode ser armado com o míssil AIM-9B Sidewinder e um canhão de 20 mm M39, com 280 projéteis.
O sucesso do F-5 no Brasil
O F-5 se provou uma aeronave confiável e de baixo custo operacional, sendo amplamente utilizado por diversas forças aéreas ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos.
Em 1975, o F-5 foi introduzido na Força Aérea Brasileira.
A FAB adquiriu 30 unidades do modelo F-5E e 6 unidades do F-5B, em um contrato de 72 milhões de dólares.
As primeiras aeronaves chegaram ao Brasil em março de 1975, com a entrega final ocorrendo na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.
Em 1988, a FAB expandiu sua frota, adquirindo mais 22 unidades do F-5E e 4 unidades do F-5B.
Durante a década de 1990, os F-5B restantes foram aposentados e destinados a museus.
Modernização dos F-5
Com o avanço da tecnologia, a FAB iniciou no início dos anos 2000 um programa de modernização para atualizar suas aeronaves.
Esse processo envolveu a Embraer e empresas israelenses de sistemas, resultando na atualização de 46 unidades para as versões F-5E/M e F-5F/M.
Com isso, os caças F-5 aram de aeronaves de terceira geração para aeronaves de quarta geração, com aviônicos modernos, novos radares e sistemas de guerra eletrônica.
Essas melhorias permitiram que o F-5 permanecesse relevante em combate até os dias atuais.
Os aviônicos foram atualizados para incluir telas LCD, head-up display (HUD) e displays montados no capacete do piloto.
O sistema de defesa foi aprimorado, e a comunicação criptografada com outros aviões da FAB foi implementada.
A participação do F-5 em filmes e exercícios de treinamento
O F-5 também ganhou notoriedade fora do mundo militar.
No filme “Top Gun” de 1986, o F-5 foi utilizado como o fictício MiG-28, o avião inimigo que combate o F-14 Tomcat.
A Força Aérea dos Estados Unidos utiliza o F-5 para simular aeronaves inimigas durante exercícios de treinamento de combate aéreo.
Esse uso do F-5 em treinamento de combate aéreo tem sido essencial para aprimorar as táticas de defesa aérea.
O F-5 até os dias de hoje
Mesmo com a introdução de novos caças, como o Gripen E/F, o F-5 continua operando na FAB até 2025.
Em 2008, a FAB adquiriu 11 unidades do F-5, que foram modernizadas na Jordânia.
Esses caças aram por um processo de atualização semelhante ao realizado nas unidades brasileiras, garantindo sua eficácia em missões de combate.
F-5: Um legado que perdura
Em 2025, a Força Aérea Brasileira celebra 50 anos de operação do F-5, uma aeronave que desempenhou papel fundamental na defesa do Brasil e continua sendo uma referência para a aviação de combate.
Com sua capacidade de adaptação e evolução, o F-5 é um exemplo de como um projeto de sucesso pode perdurar por meio de constantes inovações.
Hoje, o F-5 é uma das aeronaves mais valiosas da frota da FAB, mantendo a segurança e a soberania do espaço aéreo brasileiro.
Em breve, a introdução do Gripen E/F, que substituirá o F-5, marcará o fim de uma era. Porém, o legado da aeronave que marcou a história da Força Aérea Brasileira continuará sendo lembrado por décadas.
E você, já imaginou como será o futuro da aviação militar brasileira após a aposentadoria do F-5? Deixe sua opinião nos comentários!