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Localização MS, MT Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 6 comentários

Ferrovia de R$ 800 MILHÕES vai ser construída por megafábrica de celulose que promete revolucionar estado brasileiro

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 13/01/2025 às 22:29
Ferrovia de R$ 800 milhões será construída pela Arauco, conectando a maior fábrica de celulose do mundo ao Porto de Santos.
Ferrovia de R$ 800 milhões será construída pela Arauco, conectando a maior fábrica de celulose do mundo ao Porto de Santos.

Uma ferrovia de R$ 800 milhões ligará a megafábrica da Arauco, no MS, ao Porto de Santos. O projeto promete revolucionar a logística e consolidar o estado como potência na celulose. Com 46 km de extensão, a obra trará impacto ambiental e econômico sem precedentes. Descubra como essa iniciativa está transformando o Brasil!

Uma megafábrica de celulose está prestes a mudar os rumos da infraestrutura ferroviária em Mato Grosso do Sul.

Com um investimento de R$ 800 milhões, a construção de um ramal ferroviário exclusivo promete conectar a produção de uma das maiores empresas do setor ao Porto de Santos, consolidando o estado como um polo estratégico no mercado nacional e internacional.

Mas como essa revolução começou? E o que ela significa para a economia local?

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O projeto ferroviário da Arauco

A Arauco Celulose, multinacional do setor, solicitou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorização para construir um ramal ferroviário de 46 quilômetros.

O projeto ligará a fábrica da empresa, localizada em Inocência, à linha férrea Ferronorte, possibilitando o transporte direto da produção até o Porto de Santos.

A intenção da Arauco é explorar esse ramal por 99 anos, conforme publicação no Diário Oficial da União do dia 2 de janeiro de 2025.

Esse investimento bilionário é parte de um plano estratégico mais amplo.

A unidade da Arauco em Inocência terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose de fibra curta anualmente, sendo considerada uma das maiores do mundo.

Além disso, a fábrica gerará mais de 400 megawatts de eletricidade, dos quais aproximadamente 200 MW serão destinados ao consumo interno e o excedente será disponibilizado ao sistema elétrico nacional.

Disputa entre gigantes do setor

A Arauco não é a única empresa com projetos ferroviários no estado. Outras gigantes do setor, como Eldorado Celulose e Suzano, também apresentaram propostas semelhantes nos últimos anos.

Em 2021, a Eldorado obteve a licença para construir um ramal de 89 quilômetros entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado, com investimento estimado em R$ 890 milhões.

Já a Suzano solicitou, em 2022, a construção de um ramal de 111,7 quilômetros até Aparecida do Taboado.

Entretanto, a ANTT indicou que apenas uma autorização será concedida para a construção desses ramais, o que poderá forçar as empresas a compartilharem a infraestrutura.

Segundo Jaime Verruck, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), “os projetos são fundamentais para o escoamento da produção no Vale da Celulose, mas ainda enfrentam desafios para sair do papel”.

Impactos econômicos e ambientais

Além de fortalecer a logística da celulose, o projeto da Arauco também promete gerar impactos significativos na economia e no meio ambiente.

O governo de Mato Grosso do Sul já concedeu a licença de instalação para a fábrica, destacando a importância de políticas industriais e florestais estruturadas no estado.

A empresa também se comprometeu a realizar compensações ambientais e a utilizar água do Rio Sucuriú no processamento da matéria-prima.

A energia gerada pela fábrica, suficiente para abastecer uma cidade com mais de 800 mil habitantes, também contribuirá para a sustentabilidade do projeto.

Essa característica reflete a estratégia da Arauco em alinhar crescimento industrial com responsabilidade ambiental.

Processo de autorização

O pedido da Arauco tramita na ANTT desde outubro de 2024.

A análise envolve múltiplos departamentos, incluindo a Superintendência de Transportes Ferroviários (Sufer) e a Gerência de Projetos Ferroviários (Gepef).

A última movimentação foi registrada no dia 8 de janeiro de 2025, indicando avanços no processo de autorização.

O projeto foi batizado de Sucuriú, em referência ao rio próximo à fábrica. Segundo o superintendente substituto da ANTT, Jean Mafra dos Reis, a proposta já recebeu parecer favorável em várias etapas do trâmite.

O futuro da logística no estado

Mato Grosso do Sul se consolida como um dos maiores polos industriais do Brasil, especialmente no setor de celulose.

Com a construção do ramal ferroviário da Arauco, o estado poderá ganhar ainda mais competitividade no mercado internacional.

O Porto de Santos, principal destino da produção, já é utilizado por outras empresas do setor, como Eldorado e Suzano, que possuem terminais próprios no local.

Entretanto, os desafios não são poucos. A necessidade de compartilhamento de infraestrutura e os trâmites burocráticos podem atrasar os projetos.

Ainda assim, o avanço da iniciativa da Arauco sinaliza um futuro promissor para a logística e a economia da região.

Pergunta para os leitores

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Sazinho
Sazinho
14/01/2025 11:19

Uma ferrovia q ligasse o nordeste ao sul de ageiros igual as q existe na Europ,,,ligando fortaleza a porto alegre..

Sérgio
Sérgio
14/01/2025 19:53

O Brasil demora muito em agilizar o modal ferroviário, já está comprovado que reduz em 67% o custo Brasil e o meio ambiente não devia atrapalhar com licenças desde que bem planejado, manter o rodoviário sim é contra a economia e contra o meio ambiente e produzir celulose captura carbono. Portanto não devia atrapalhar o progresso do Brasil com obstrução de projetos ferroviários.

oscar BOCZKO
oscar BOCZKO
14/01/2025 23:15

Após o título da matéria, aparece o seguinte destaque : ” Uma ferrovia de R$ 800 milhões ligará a megafábrica da Arauco, no MS, ao Porto de Santos.”
Esta afirmação é FALSA !!!!
… pois logo em seguida fica esclarecido : ” um ramal ferroviário de 46 quilômetros … ligará a fábrica da empresa … à linha férrea Ferronorte ”
Ou seja, é apenas um ramal que fará a interligação da fábrica com outra ferrovia e não com o porto de Santos.

Lamentável que o jornalista não escreva usando lógica para ar uma boa informação desde o começo da matéria.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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