O SUV compacto mais vendido da Fiat a por mudanças radicais em 2025, deixando de lado os motores tradicionais e assumindo de vez sua nova identidade híbrida. A decisão antecipa tendências globais e redefine o futuro da marca no Brasil.
O Fiat Pulse, um dos SUVs compactos mais populares da marca italiana no Brasil, está ando por uma transformação profunda em 2025: suas versões exclusivamente a combustão deixam de existir e o modelo agora será vendido apenas em configurações híbridas.
A mudança acompanha uma tendência irreversível no setor automotivo e já vinha sendo sinalizada desde o lançamento das versões eletrificadas do utilitário esportivo no ano ado.
A decisão da montadora de aposentar as versões térmicas Audace e Impetus T200 faz parte de uma estratégia maior, voltada à eletrificação da linha de veículos da Fiat.
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Curiosamente, a transição não está diretamente ligada às exigências do PL8 – o novo pacote de normas ambientais que regula as emissões de poluentes dos automóveis vendidos no país –, mas sim a um planejamento estruturado para oferecer um portfólio mais limpo e eficiente.
A Fiat acelera a eletrificação no Brasil
Desde 2024, a Fiat já oferecia ao público opções híbridas do Pulse, convivendo momentaneamente com as versões tradicionais.
Agora, em 2025, o cenário mudou: as configurações exclusivamente a combustão desapareceram do configurador oficial da marca, evidenciando o encerramento de um ciclo para o SUV.
Essa alteração, apesar de esperada, marca um ponto importante na transição da Fiat rumo a uma frota mais sustentável.
O fim do prazo para a venda de veículos que não atendem às normas do PL8 também coincide com essa mudança, o que pode ter acelerado o encerramento das versões antigas.
No entanto, fontes ligadas à Fiat garantem que a decisão já estava em curso antes mesmo da vigência das novas regras.
Como funciona o sistema híbrido do Pulse?
O Fiat Pulse T200 Hybrid utiliza o consagrado motor 1.0 turbo flex de três cilindros, capaz de entregar 130 cavalos de potência e torque de 20,4 kgfm.
A diferença está na adição de um sistema híbrido-leve, também conhecido como MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle), que representa uma solução intermediária entre os veículos puramente a combustão e os híbridos plenos.
O sistema conta com duas baterias de 12V – uma de chumbo-ácido e outra de íon de lítio – que são gerenciadas por um módulo chamado DBSM (Dual-Battery Switch Module).
Esse componente atua de forma inteligente, ativando cada bateria conforme a demanda, otimizando o desempenho e a eficiência do veículo.
Um motor elétrico substitui o alternador e o motor de arranque tradicionais, entrando em ação principalmente nas partidas e em baixas velocidades.
Esse e reduz a carga sobre o motor principal, contribuindo para a diminuição do consumo de combustível e das emissões de gases poluentes.
Embora não seja um híbrido completo (full hybrid), o Pulse Hybrid consegue uma economia de até 10,7% no consumo de combustível, segundo dados da própria fabricante.
Esse número, embora modesto se comparado aos sistemas híbridos mais avançados, representa um avanço importante no cenário brasileiro, onde os carros híbridos ainda ganham espaço gradualmente.
Versões e preços do Pulse em 2025
O Fiat Pulse 2025 chega às concessionárias em quatro versões distintas, cobrindo diferentes faixas de preço e público-alvo.
A versão de entrada, Drive 1.3 CVT, ainda utiliza o motor aspirado 1.3 flex e está disponível por R$ 116.990.
A versão Audace T200 Hybrid, já com o sistema híbrido-leve, parte de R$ 129.990.
Já a versão Impetus T200 Hybrid, mais completa e equipada, custa R$ 144.990.
Por fim, a esportiva Abarth T270, equipada com motor 1.3 turbo e apelo de performance, é oferecida por R$ 152.990.
Essas configurações mostram que a Fiat pretende manter a diversidade dentro da linha Pulse, equilibrando opções de entrada com modelos mais sofisticados, sem abrir mão da eletrificação.
Consumo e desempenho do modelo híbrido
Os números de consumo de combustível do Pulse T200 Hybrid variam conforme o tipo de combustível utilizado, mantendo-se dentro de uma faixa competitiva para o segmento.
Com etanol, o modelo faz 9,3 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada.
Abastecido com gasolina, o consumo melhora para 13,4 km/l em áreas urbanas e 14,4 km/l em trajetos rodoviários.
Apesar de ainda não representar um salto revolucionário, a eficiência energética conquistada pelo sistema híbrido-leve permite que o modelo seja mais econômico sem comprometer o desempenho, especialmente em usos urbanos.
Mudança reflete tendência global
A Fiat não está sozinha nessa jornada rumo à eletrificação. Montadoras de todo o mundo já têm planos consolidados para reduzir – ou eliminar – as versões exclusivamente a combustão até o fim da década.
Marcas como Toyota, Volkswagen, Renault e GM também vêm ampliando o número de veículos híbridos ou elétricos em seus catálogos.
A legislação ambiental mais rigorosa e o aumento da consciência ecológica entre os consumidores estão pressionando a indústria automotiva a se reinventar rapidamente.
Mesmo no Brasil, onde os motores flex ainda dominam, o cenário começa a se transformar com a chegada de novos modelos híbridos e elétricos de várias marcas.
A importância do Pulse na estratégia da Fiat
O Pulse representa muito mais do que um simples SUV compacto para a Fiat.
Lançado em 2021, o modelo foi o primeiro utilitário esportivo 100% desenvolvido pela marca no Brasil, e rapidamente se tornou um dos carros mais vendidos da Fiat no país.
A transição do Pulse para uma linha quase totalmente eletrificada marca um novo capítulo na história da fabricante, sinalizando que os futuros lançamentos da montadora provavelmente seguirão o mesmo caminho.
Além disso, a escolha por manter uma versão esportiva como a Abarth na linha 2025 mostra que é possível conciliar performance e eficiência ambiental, um desafio que muitas montadoras ainda enfrentam.
Em resumo, o Fiat Pulse 2025 representa a consolidação da estratégia de eletrificação da marca italiana no Brasil, deixando para trás as versões tradicionais a combustão e abrindo espaço para um portfólio mais sustentável e conectado com o futuro da mobilidade.
Com essa transição já em curso, fica a expectativa de quais serão os próximos os da Fiat no mercado brasileiro, e como o consumidor irá reagir à nova fase do SUV mais vendido da marca.
E você, acredita que a eletrificação parcial é suficiente para transformar o mercado ou acha que só os modelos 100% elétricos vão realmente revolucionar o setor automotivo?