Fiat suspende vendas de câmbio manual nos modelos Argo 1.3 MT, Pulse só automático e Cronos câmbio CVT; entenda as mudanças na linha Fiat 2026 e os motivos da retirada.
A Fiat promoveu uma mudança significativa na linha de seus modelos Argo, Pulse e Cronos ao anunciar a suspensão temporária das versões equipadas com motor 1.3 Firefly e câmbio manual. A decisão já pode ser observada nos configuradores oficiais dos veículos no site da montadora, onde essas opções simplesmente desapareceram do portfólio.
Com isso, o consumidor que desejar um dos modelos com o motor 1.3, mais potente que o 1.0, será automaticamente direcionado às versões com câmbio automático do tipo CVT, que simulam até sete marchas. A Fiat confirmou a mudança à imprensa, mas não deu detalhes sobre os motivos oficiais da suspensão.
Versões manuais 1.3 da Fiat deixam de ser oferecidas
Embora a Fiat não tenha explicado diretamente a razão por trás da retirada das versões com câmbio manual, a medida está alinhada com uma tendência de mercado já observada nos últimos anos: a queda na procura por modelos com transmissão manual, principalmente quando há opção automática com preço competitivo.
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O Argo 1.3 MT, por exemplo, já havia perdido espaço nas concessionárias antes mesmo do lançamento da linha 2026, que chegou recentemente ao mercado com mudanças visuais, novos equipamentos e uma oferta mais enxuta. As versões Endurance 1.3 MT e Trekking 1.3 MT foram descontinuadas silenciosamente.
Cronos 1.3 também só com câmbio automático
O sedã Cronos, que será reestilizado em breve, também já não conta mais com versões 1.3 com câmbio manual. Agora, todas as configurações com motor 1.3 Firefly (de 107 cv e 13,7 kgfm) são equipadas exclusivamente com transmissão CVT, seguindo o mesmo padrão adotado no Argo.
Para quem ainda prefere o câmbio manual, a única opção a a ser o motor 1.0 Firefly, mais modesto em desempenho, mas ainda disponível com transmissão manual de cinco marchas tanto no Argo quanto no Cronos.
Pulse a a ter apenas versões automáticas
A mudança afeta diretamente também o SUV compacto Pulse, que não será mais vendido com câmbio manual em nenhuma versão. O modelo a a ser comercializado apenas com transmissão automática, que pode ser:
- CVT, nas versões com motor 1.3 Firefly ou 1.0 turbo flex de 130 cv
- Automática de seis marchas, na versão Abarth, que utiliza motor 1.3 turbo flex de 185 cv
A decisão parece ter como base não apenas a baixa demanda pelas versões manuais, mas também uma padronização do catálogo, tornando o Pulse um modelo exclusivamente automático. Isso segue uma tendência já adotada por outros SUVs compactos no Brasil.
O que motivou a retirada do câmbio manual?
Embora a Fiat não tenha explicado oficialmente, o que se observa é um movimento natural do mercado. Nos últimos anos, os modelos com câmbio automático aram a representar a maior parte das vendas em diversos segmentos, incluindo hatchbacks e sedãs compactos.
Com custos de produção otimizados e menor complexidade logística, as montadoras preferem concentrar suas ofertas em versões que vendem mais. A própria popularização do câmbio CVT em modelos de entrada ajudou a reduzir o preço das versões automáticas, tornando a diferença em relação ao manual cada vez menos relevante para o consumidor.
Além disso, o câmbio CVT costuma agradar quem busca conforto, principalmente no uso urbano, cenário em que o público mais jovem e o público feminino costumam dar preferência a carros automáticos. Essa mudança de perfil de consumo também influencia decisões como essa.
Quais opções com câmbio manual ainda restam?
Com a saída das versões manuais 1.3, restam poucas opções com câmbio manual na linha da Fiat. No caso do Argo e do Cronos, apenas as versões equipadas com o motor 1.0 Firefly permanecem com transmissão manual de cinco marchas.
O Pulse, por sua vez, deixa de oferecer completamente a transmissão manual, tornando-se um modelo 100% automático — o que, para muitos consumidores, agrega valor percebido ao produto, mesmo com um preço inicial mais elevado.
O que muda para o consumidor?
Para quem busca um modelo com motor 1.3 e câmbio manual, a Fiat deixa de ser uma opção, pelo menos por enquanto. As alternativas am a se concentrar em outros fabricantes, como Hyundai (HB20), Renault (Stepway, dependendo da versão) e Volkswagen (Polo Track, ainda com opções manuais).
Já para os consumidores que já estavam inclinados ao câmbio automático, nada muda — exceto o fato de que agora essas versões se tornam única escolha com motorização 1.3, o que pode, inclusive, simplificar o processo de decisão na hora da compra.
A suspensão das vendas de versões manuais não parece ser um movimento isolado. A tendência é que outras montadoras sigam o mesmo caminho, especialmente em modelos de maior volume. O motivo é simples: com a popularização das transmissões automáticas, o câmbio manual tem perdido espaço de forma consistente.
Com exceção de modelos esportivos, picapes e carros voltados para nichos específicos, a transmissão automática já se tornou a preferência nacional, inclusive entre veículos de entrada
Fonte: AutoEsporte