“Tarifaço” de Trump altera a dinâmica de compras internacionais e eleva os custos para os consumidores americanos
O que muitos consumidores temiam finalmente se concretizou: a Shein e a Temu anunciaram que, a partir do dia 25 de abril de 2025, seus preços sofrerão um aumento significativo. A principal razão para essa mudança é o chamado “tarifaço” de 145% sobre produtos importados da China, imposto pelo ex-presidente Donald Trump.
Além disso, a isenção alfandegária para compras abaixo de US$ 800 foi eliminada, afetando diretamente as importações desses sites para os Estados Unidos, de acordo com o site
Mudanças imediatas para os consumidores
A partir do dia 25 de abril, as compras realizadas nessas plataformas não contarão mais com a isenção de taxas, o que tornará os produtos consideravelmente mais caros. O novo imposto, de 145%, será aplicado sobre todos os itens importados da China, afetando diretamente o preço final pago pelo consumidor.
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Para quem ainda deseja aproveitar os preços baixos, é importante destacar que as compras feitas até o dia 24 de abril ainda serão cobertas pelas regras atuais e, portanto, não terão o aumento de preço.
O impacto financeiro para os consumidores
As empresas já se manifestaram e confirmaram que os custos das tarifas serão reados diretamente ao consumidor. Inicialmente, a previsão era de um aumento de cerca de 30% ou US$ 25 por item, a partir de maio. No entanto, esse valor já aumentou significativamente. Em junho, os custos poderiam chegar a US$ 50 por item, e, com a implementação do imposto de 145%, o aumento poderá alcançar até US$ 75 por produto.
Essa mudança representa um grande impacto no bolso dos consumidores, que, até então, aproveitavam as ofertas de produtos a preços mais baixos, com grande atratividade, especialmente nos Estados Unidos.
Pressão das grandes empresas americanas
De acordo com fontes da Casa Branca, grandes varejistas americanos, como Amazon, Walmart e Forever 21, vinham pressionando o governo para tomar medidas contra plataformas de importação chinesas, como Shein e Temu. Em 2023, o número de remessas de produtos importados por essas plataformas saltou de 140 milhões para 1 bilhão, o que acendeu um alerta em Washington sobre a concorrência com o mercado interno e seus impactos no comércio local.
A gigante de varejo Forever 21, por exemplo, responsabilizou a concorrência de empresas como a Shein pelos seus problemas financeiros, o que a levou a entrar pela segunda vez com pedido de recuperação judicial para lidar com uma dívida de US$ 1,51 bilhão.
A recomendação das empresas: compre agora ou pague mais depois
Em seus comunicados oficiais, tanto a Shein quanto a Temu incentivaram os consumidores a realizarem suas compras antes da implementação do novo imposto, pois os preços atuais, que ainda são íveis, irão mudar. Com a mudança iminente, as empresas destacaram a urgência para quem deseja aproveitar as condições anteriores.
A mudança nos Estados Unidos pode ter repercussões internacionais, incluindo no Brasil. Já se discute a possibilidade de aplicar impostos semelhantes sobre plataformas estrangeiras que operam no país, o que pode afetar a dinâmica de compras online de produtos importados, principalmente em sites como Shein e Temu.