Multinacionais asiáticas apostam no crescimento industrial brasileiro com fábricas próprias, acordos com varejistas e investimentos bilionários em eletrodomésticos e eletrônicos
Nos últimos anos, marcas chinesas de eletroeletrônicos vêm conquistando espaço no Brasil. Empresas como Hisense, Midea e Gree intensificaram ações para alcançar o consumidor brasileiro. A expansão segue em ritmo firme. A Hisense iniciou, em abril de 2024, a produção de TVs e ar-condicionados em Manaus, por meio de parcerias com Multi e Friovix. Isso fortalece sua presença industrial no Brasil. A Midea está construindo sua terceira unidade em Pouso Alegre (MG), prevista para o fim de 2024. Essa fábrica ampliará sua capacidade de produção e presença regional. A Gree já possui duas fábricas no Brasil e mais de mil autorizadas. Seu portfólio inclui ar-condicionado, refrigeradores e soluções de comunicação, com foco em inovação. A TCL opera no Brasil desde 2016 e, desde 2020, lidera sua t venture com a Semp. Em 2023, ampliou sua linha por meio da Multi e fortaleceu seu alcance no país.
Estratégias adaptadas ao perfil do consumidor brasileiro
Essas marcas utilizam estratégias específicas para o mercado nacional. Desde março de 2023, a Hisense ou a vender lava e seca e fornos em lojas físicas da Via. Boa parte desses produtos é importada da Europa e Ásia. Isso permite uma resposta mais rápida às preferências locais com modelos e preço competitivo. A Gree aproveitou o calor recorde em 2024 para destacar seus climatizadores. Sua rede de autorizadas permitiu rápida entrega e e técnico aos clientes. Além disso, acordos com varejistas nacionais garantem maior visibilidade e agilidade. Isso facilita a disputa com marcas tradicionais e fortalece a presença no Brasil.
Investimentos bilionários confirmam o potencial do setor de eletroeletrônicos
Conforme a Eletros, os investimentos ultraaram R$ 5 bilhões entre 2022 e 2024. Esse volume moderniza o setor e gera milhares de empregos. Até 2025, pelo menos quatro novas multinacionais asiáticas devem operar no país. A estimativa foi divulgada por Jorge Nascimento, presidente da Eletros. As vendas de ar-condicionado aumentaram 88% no primeiro semestre de 2024. O Brasil se tornou o segundo maior polo mundial de produção desses equipamentos. Com incentivos da Zona Franca de Manaus, produzir localmente se tornou mais vantajoso. Isso reduz impostos e melhora a eficiência logística das marcas.
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Parcerias com varejistas e produção nacional impulsionam competitividade
As marcas chinesas priorizam acordos com redes varejistas. A Via, por exemplo, é parceira importante da Hisense e outras empresas asiáticas no Brasil. A produção local, além disso, permite ajustar modelos e tecnologias ao gosto brasileiro. Como resultado, melhora significativamente a aceitação da marca entre consumidores de todas as regiões. Com isso, preços íveis e design moderno impulsionam o rápido crescimento dessas empresas. Por essa razão, a expectativa é que, até 2026, ocupem uma fatia ainda maior do setor nacional. Ademais, cada nova fábrica fortalece a indústria com tecnologia de ponta. Consequentemente, isso não apenas gera empregos, mas também estimula a economia das cidades envolvidas.