BR-282, vital para estado brasileiro, sofre com falta de investimentos e só tem 4 km duplicados em quase 680 km! Cansado do descaso do Governo Federal, o governador quer assumir a rodovia para transformá-la.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, solicitou ao Governo Federal a transferência da gestão da BR-282 para o estado, argumentando que a istração estadual poderia implementar as melhorias necessárias de forma mais ágil e eficiente.
A BR-282 é uma rodovia vital que corta Santa Catarina de leste a oeste, conectando o litoral ao extremo oeste, na fronteira com a Argentina, e desempenha um papel crucial no escoamento da produção agrícola e industrial, além de ser uma rota importante para o turismo.
Problemas enfrentados pela BR-282
Atualmente, a BR-282 possui apenas 4 km de duplicação em seus quase 680 km de extensão, representando meros 0,5% do total.
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Essa limitação contribui para congestionamentos e aumenta o risco de acidentes.
Dados da Polícia Rodoviária Federal indicam que, entre 2017 e 2022, ocorreram 8.451 acidentes na rodovia, resultando em 572 colisões fatais e 9.428 feridos.
Especialistas em infraestrutura alertam que a falta de investimentos contínuos na manutenção da via tem sido um dos principais problemas enfrentados por motoristas e transportadores.
Muitos trechos da rodovia apresentam sinalização precária, buracos e falta de acostamento seguro, aumentando os riscos de acidentes.
Além disso, a estrada é uma das principais rotas para o transporte de cargas do agronegócio, setor fundamental para a economia de Santa Catarina.
Sem melhorias estruturais, os atrasos no transporte de produtos podem comprometer a competitividade do estado no mercado nacional e internacional.
Impacto econômico da BR-282 para Santa Catarina
A BR-282 é uma das principais vias de escoamento da produção agrícola e industrial de Santa Catarina.
A rodovia permite a conexão entre cidades do interior e grandes centros urbanos, como Florianópolis, além de facilitar a exportação de mercadorias pelo Porto de Itajaí.
Estima-se que cerca de 70% da produção agropecuária do estado a pela BR-282, o que evidencia sua importância para a economia catarinense.
Com a precariedade da infraestrutura, muitos empresários do setor de transporte relatam prejuízos devido ao desgaste acelerado dos veículos e ao aumento no tempo de deslocamento.
Isso gera um impacto direto nos custos de operação e pode refletir no preço final dos produtos para os consumidores.
Investimentos e projetos anunciados
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) tem anunciado iniciativas para melhorar a infraestrutura da BR-282.
Em setembro de 2024, o DNIT autorizou a elaboração de estudos e projetos para a duplicação de um trecho de 96,1 km entre Irani e Chapecó, com investimento de R$ 7 milhões.
Em outubro do mesmo ano, foi assinado um contrato para estudos em outro trecho de 110,6 km entre Campos Novos e Irani, com investimento de R$ 14,4 milhões.
Mais recentemente, em janeiro de 2025, foi iniciada a elaboração de projetos para a duplicação de 117,8 km entre Chapecó e São Miguel do Oeste, com aporte de R$ 8 milhões.
Proposta do governador Jorginho Mello
Apesar dessas iniciativas, o governador Jorginho Mello considera que as ações federais são insuficientes diante das necessidades da rodovia.
Ele propõe que o estado assuma a gestão da BR-282, desde que os recursos atualmente destinados à sua manutenção sejam transferidos para a istração estadual.
Mello enfatiza que, sob gestão estadual, seria possível priorizar intervenções em áreas urbanas críticas e acelerar processos de duplicação e revitalização.
Comparação com outras rodovias estaduais e federais
A BR-282 não é a única rodovia no Brasil que enfrenta desafios estruturais.
Outras rodovias federais que cruzam estados com forte atividade econômica também enfrentam problemas semelhantes.
A BR-101, por exemplo, que corta o Brasil de norte a sul, recebeu concessões privadas para a sua manutenção e duplicação em alguns estados, o que acelerou a modernização da via.
Enquanto isso, rodovias estaduais como a SC-283 e a SC-155, ambas em Santa Catarina, demonstram que a istração estadual pode, em certos casos, garantir obras de melhoria mais rápidas do que as federais.
Diante disso, a proposta de estadualizar a BR-282 levanta um debate sobre a viabilidade e eficiência dessa mudança.
Debate sobre estadualização da rodovia
A proposta de estadualização da BR-282 levanta debates sobre a eficiência na gestão de rodovias e a capacidade dos governos estaduais em assumir tais responsabilidades.
Enquanto isso, a população e o setor produtivo catarinense aguardam por soluções que garantam a segurança e a eficiência no transporte pela rodovia.
Especialistas em infraestrutura apontam que, independentemente da esfera de istração, o mais importante é garantir investimentos contínuos, planejamento estratégico e fiscalização rigorosa para que as obras saiam do papel e tragam benefícios reais aos motoristas e à economia regional.
Diante desse cenário, você acredita que a transferência da gestão da BR-282 para o governo estadual resultaria em melhorias mais rápidas e eficazes para a rodovia? Compartilhe sua opinião nos comentários.