Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 traça diretrizes para consolidar o protagonismo do Brasil na transição energética, priorizando fontes renováveis como solar e eólica nos próximos dez anos.
O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou nesta quarta-feira (9/04) o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, documento que define metas e diretrizes para os próximos dez anos no setor energético nacional. O plano reforça o papel do Brasil na transição energética, com foco na ampliação do uso de energias renováveis, especialmente energia solar e eólica. A proposta foi publicada no Diário Oficial da União por meio da Portaria nº 831/2025 e foi elaborada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O documento servirá como referência estratégica para políticas públicas, investimentos e ações voltadas à sustentabilidade, à segurança no fornecimento de energia e à ampliação do o à eletricidade no país.
Documento orienta planejamento energético até 2034
O PDE 2034 foi construído com base em estudos técnicos e projeções detalhadas, abrangendo o período de 2025 a 2034. De acordo com o MME, o plano é essencial para garantir uma transição segura, inclusiva e sustentável do sistema energético brasileiro. A estratégia busca assegurar que a população tenha o à energia de forma estável, com qualidade e menor impacto ambiental.
-
A China vai comprar o Brasil? Chineses agora estão de olho na Eletrobras, a principal empresa de energia brasileiras
-
China deixa o mundo sem palavras ao produzir energia lançando água de uma altura equivalente à metade do Everest
-
China conectou a maior turbina eólica do mundo: esse monstro de 15 MW tem hélices que medem 131 metros e está alterando o microclima da região
-
Investimentos em energia renovável movimentam mais de R$ 580 milhões no Nordeste e transformam comunidades locais
A iniciativa também dialoga com metas sociais, como o combate à pobreza energética, e econômicas, como a atração de investimentos para projetos ligados a energias renováveis e tecnologias de baixo carbono.
Energias renováveis ganham espaço na matriz
O PDE 2034 projeta que o Brasil continuará com uma matriz elétrica predominantemente renovável, mantendo a participação de fontes limpas acima de 85%. Um dos focos do plano é o crescimento da geração de energia solar e eólica, incluindo a ampliação da geração distribuída — sistemas que permitem ao consumidor gerar sua própria energia, como painéis solares instalados em telhados.
Essas fontes são apontadas como fundamentais para a transição energética, por sua disponibilidade, custo competitivo e baixo impacto ambiental. O plano também prevê expansão no uso de biocombustíveis, hidrogênio de baixa emissão e outras alternativas sustentáveis.
Capítulo exclusivo detalha a transição energética
Pela primeira vez, o plano decenal apresenta um capítulo dedicado exclusivamente à transição energética. O trecho detalha as ações necessárias para uma mudança gradual, segura e equitativa na matriz energética brasileira, considerando tanto aspectos técnicos quanto sociais.
O capítulo está alinhado à Política Nacional da Transição Energética, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em agosto de 2024. Segundo Thiago Barral, secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, a nova seção amplia a compreensão sobre os desafios e as oportunidades envolvidas nesse processo.
“O documento se consolida como referência para antecipar tendências e atrair investimentos”, afirmou.
Previsão de R$ 3,2 trilhões em investimentos
De acordo com o MME, serão necessários aproximadamente R$ 3,2 trilhões em investimentos até 2034 para garantir a ampliação da oferta de energia. Esse montante deverá atender tanto ao crescimento da demanda doméstica quanto à expansão da capacidade de exportação, especialmente para mercados interessados em energias renováveis.
O plano estima um aumento de cerca de 25% na oferta interna de energia, o que exigirá melhorias na infraestrutura de geração, transmissão e distribuição. A ampliação da energia solar e eólica, bem como o fortalecimento das redes elétricas, está entre as prioridades para ar essa expansão.
MME reforça importância de políticas inclusivas
O PDE 2034 também destaca a importância de programas como o Luz para Todos, o Marco Legal do Hidrogênio e a Lei do Combustível do Futuro. Essas iniciativas integram a estratégia nacional para garantir que a transição energética ocorra de forma justa, beneficiando inclusive as populações mais vulneráveis.
A inclusão energética e a redução das desigualdades no o à eletricidade são temas centrais no planejamento. A geração de empregos e a formação de mão de obra especializada em tecnologias de energia solar e eólica também estão entre os objetivos do plano.
Fonte: Portal Gov.br